domingo, 22 de junho de 2008

Rapidinha 16 – pronomes oblíquos átonos possessivos

Os pronomes oblíquos átonos me, te, lhe, nos, vos, lhes podem ter função possessiva, portanto

Ninguém ouvia as queixas dele equivale a

Ninguém ouvia as suas queixas, que equivale a

Ninguém lhe ouvia as queixas.

Rapidinha 15 – pronome de tratamento

Pronome de tratamento é pronome de terceira pessoa. Todos os elementos devem concordar com a terceira pessoa, portanto. Por exemplo:

Quando V. Senhoria desejar que o (e não "vos") auxilie, basta chamar pelo interfone que está sobre sua (e não "vossa") mesa.

Rapidinha 14 - Mesóclise x Próclise

Quando o verbo estiver no futuro do presente (-ei, -ás, -á, -emos, -eis, -ão) ou no futuro do pretérito (-ria, -rias, -ria, -ríamos, -ríeis, -riam) e não houver palavra atrativa alguma, ocorre, facultativamente, mesóclise (colocação do pronome oblíquo átono no meio do verbo) ou próclise (colocação do pronome oblíquo átono antes do verbo), a não ser que o verbo esteja no início da frase, onde é proibido usar próclise. Por exemplo:

  • Eles se esforçariam mais se tivessem mais estímulo.
  • Eles esforçar-se-iam mais se tivessem mais estímulo.
  • Por este processo, ter-se-iam obtido melhores resultados. Nessa frase, não há possibilidade de ocorrer próclise porque o verbo está no início da frase.

Rapidinha 13 – pronomes relativos

Os pronomes relativos (que, quem, qual...) estabelecem uma relação sintática entre o substantivo anterior a eles (ou pronome substantivo) e o verbo posterior a eles. É, portanto, obrigatória a presença de um substantivo (ou de pronome substantivo) imediatamente antes do pronome relativo, podendo haver entre eles (entre o substantivo e o pronome) somente uma preposição ou uma locução prepositiva, que proviria do verbo posterior.

Há, então, pronome relativo na frase O homem que lhe telefonou é pai de Epaminondas, porque antes do que há um substantivo (homem) e depois dele, um verbo (telefonou). Há relação sintática entre os dois: o homem telefonou. O que é, portanto, pronome relativo.

Subst.

prep. ou não

que quem qual

Verbo 

 
 

Pron relativo 

 

Exemplos:

  • A casa que comprei é linda.
  • O filme a que assisti ganhou o Oscar.
  • O aluno de quem lhe falei foi expulso.
  • A pessoa pela qual vivo é Teté

Observe que há uma relação sintática entre o substantivo anterior e o verbo posterior ao pronome relativo:

Comprei a casa; Assisti ao filme; Falei-lhe do aluno; Vivo pela pessoa.

sábado, 21 de junho de 2008

Rapidinha 11 - Próclise

Próclise: colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) antes do verbo.

No Brasil, pode-se usar próclise em qualquer circunstância, exceto em início de frase. Por exemplo:

Errado 

Certo 

Me dê um copo d'água.

Dê-me um copo d'água.

Se encontre comigo no shopping.

Encontre-se comigo no shopping.

Nos comunicamos sempre.

Comunicamo-nos sempre.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Rapidinha 10 – eu / mim (mais uma vez)

 

prep

mim ti

sem verbo

Exemplo 

Traga os relatórios

para

mim

 
 
 

prep

eu tu

infinitivo com sujeito

Exemplo 

Traga os relatórios 

para 

eu 

ler 

Ou seja, só se usam os pronomes mim e ti se forem antecedidos de preposição (de mim, para mim, a mim, em mim, por mim, contra mim, sobre mim, etc.) e se não houver verbo exigindo sujeito.

Se houver preposição e verbo no inifinitivo exigindo sujeito, devem-se usar os pronomes eu e tu (para eu fazer, de eu falar...)

Cuidado com os casos especiais:

Ser ou estar

adj 

Para ou a

Mim ti 

Infinitivo não-flexionado 

VL 

PS 

-o- 

CN 

OSSS 

Exemplos 

Está 

Difícil 

para 

mim 

Voltar 

É 

útil 

para 

mim 

Estudar 

 

Bastar faltar restar custar 

Para ou a

Mim ti 

Infinitivo não-flexionado

VTI 

-o- 

OI 

OSSS 

Exemplos 

custou 

Para 

mim

Aceitar isso

basta

para

mim

Ter Teté


VL= Verbo de ligação; PS= Predicativo do sujeito; CN= Complemento nominal; OSSS= Oração subordinada substantiva subjetiva; VTI= Verbo transitivo indireto; OI= Objeto indireto.
Os pronomes mim e ti podem ser usados antes de verbo no infinitivo quando exercerem a função de objeto indireto ou de complemento nominal.

Rapidinha 8 - Pronome si

Só se usa o pronome si em frases em que haja reflexibidade de terceira pessoa (ele, ela, eles, elas, você, vocês, etc.). Ocorre reflexibilidade quando o sujeito pratica uma ação sobre si mesmo. Por exemplo:

Ele só pensa em si próprio.

Cada um por si e Deus por todos!

Existe reflexibilidade de todas as pessoas; cada uma com seu pronome específico. Por exemplo:

Quando voltei a mim, vi minha família toda ao meu redor.

Quando tu voltaste a ti, viste tua família toda ao teu redor.

Quando ele voltou a si, viu sua família toda ao seu redor.

Rapidinha 6 – pronomes o, a, os, as

Os complementos de terceira pessoa (ele, ela, eles, elas, você, vocês, etc.) dos verbos transitivos diretos podem ser representados pelos pronomes oblíquos átonos o, a, os, as.

Verbo transitivo direto é aquele que se encaixa na seguinte tabelinha:

Quem ........ , ........ algo/alguém, em que algo/alguém, o complemento do verbo, é denominado de objeto direto. É este elemento que pode ser representado por o, a, os, as. Por exemplo:

Recebi-o em casa, porque Quem recebe, recebe alguém. Este termo (alguém) é o objeto direto, por isso pode ser representado por o, a, os, as:

Recebi-a em casa.

Recebi-os em casa.

Recebi-as em casa.

Os pronomes o, a, os, as possuem as variantes: lo, la, los, las, que se ligam a verbos terminados em R, S ou Z, terminações que desaparecem,
e no, na, nos, nas, que se ligam a verbos terminados em M, ÃO ou ÕE. Por exemplo:

Recebemo-lo em casa, pois recebemos termina em S, que desaparece.

Receberam-no em casa, pois receberam termina em M.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Oração objetiva indireta x Oração completiva nominal

Existem seis orações subordinadas substantivas: subjetiva, predicativa, objetiva direta, objetiva indireta, completiva nominal e apositiva. As objetiva indireta e completiva nominal são semelhantes, pois ambas são iniciadas por preposição. A diferença está no termo que exige a preposição:

- Se a preposição provier de um verbo transitivo indireto, a preposição iniciará uma oração subordinada substantiva objetiva indireta:

  • Precisamos de que os casos de corrupção sejam julgados. A preposição de provém do verbo precisar, que é transitivo indireto.
  • Não me oponho a que os alunos sejam suspensos. A preposição a provém do verbo opor-se, que é transitivo indireto.

- Se a preposição provier de um substantivo abstrato, de um adjetivo ou de um advérbio, ou seja, se provier de um termo que não seja verbo, iniciará uma oração subordinada substantiva completiva nominal:

  • Tenho certeza de que os casos de corrupção serão julgados. A preposição a provém do substantivo abstrato certeza.
  • Sou favorável a que os alunos sejam suspensos. A preposição a provém do adjetivo favorável.

Porque: conjunção explicativa, causal, final.

O vocábulo porque é uma conjunção que possui três valores:

- Conjunção coordenativa explicativa: liga duas orações na segunda das quais se esclarece a idéia contida na primeira. São elas: pois, que, porque, etc.

  • Fique alegre, meu amor, porque você tem saúde = Fique alegre, meu amor, pois você tem saúde = Fique alegre, meu amor, que você tem saúde.

- Conjunção subordinativa causal: inicia uma oração subordinada denotadora de causa. São elas: porque, porquanto, já que, visto que, se, como (só no início de frase), uma vez que.

  • Foi de táxi para a festa porque estava atrasado = Foi de táxi para a festa já que estava atrasado = Como estava atrasado, foi de táxi para a festa.

- Conjunção subordinativa final: inicia uma oração que indica a finalidade da oração principal. São elas: porque, a fim de que, para que.

Agiu daquela maneira porque o inimigo o visse e se assustasse com sua fúria = Agiu daquela maneira a fim de que o inimigo o visse e se assustasse com sua fúria = Agiu daquela maneira para que o inimigo o visse e se assustasse com sua fúria.

“Que não seja imortal posto que é chama”

Vinícius de Moraes escreveu os seguintes versos:

"Eu possa me dizer do amor (que tive)

Que não seja imortal posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure".

Determinando o significado dos versos de Vinícius, chegamos à conclusão de que ele pretendia estabelecer uma indicação de causa: o amor não é imortal porque é chama (fogo), ou seja, já que o amor é chama, morre.

O que ocorre, porém, é que a locução posto que não é causal, e sim concessiva, ou seja, inicia uma oração subordinada que exprime oposição ao que é dito na oração principal, não sendo capaz, porém, de anular ou impedir o fato mencionado. As conjunções e as locuções conjuntivas concessivas são as seguintes: embora, conquanto, inobstante, não obstante, apesar de que, se bem que, mesmo que, ainda que, em que pese, por mais que, posto que.

Vinícius se utilizou do que chamamos de licença poética, que é a liberdade que toma o poeta, algumas vezes, de transgredir as normas da poética ou da gramática. Caso ele não se utilizasse dessa prerrogativa e quisesse escrever dentro das normas cultas da Língua Portuguesa, teria de usar uma conjunção (ou uma locução conjuntiva) causal, que são as seguintes: porque, porquanto, já que, visto que, se, como (só no início de frase), uma vez que. Teria, então, de fazer isto, dentre outras possibilidades:

Eu possa me dizer do amor (que tive)

Que não seja imortal visto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure.

À medida que o tempo passa, envelhecemos = Na medida em que o tempo passa, envelhecemos?

Apesar de as duas frases serem muito parecidas, semanticamente, segundo a norma culta da Língua Portuguesa, são completamente diferentes.

- À medida que é uma locução conjuntiva proporcional, que tem o mesmo valor que à
proporção que. Os gramáticos puristas preferem esta àquela, ou seja, os puristas preferem o uso de à proporção que em vez de à medida que.

  • À medida que a distância entre eles diminuía, seu coração acelerava.
  • À proporção que a distância entre eles diminuía, seu coração acelerava.

- Na medida em que é uma locução conjuntiva causal, que tem o mesmo valor que porque, já que, uma vez que, visto que.

  • Na medida em que a distância entre eles diminuía, seu coração acelerava.
  • Seu coração acelerava porque a distância entre eles diminuía.

As frases apresentadas no início da coluna não são, portanto, equivalentes:

À medida que o tempo passa, envelhecemos = À proporção que o tempo passa, envelhecemos.

Na medida em que o tempo passa, envelhecemos = Envelhecemos porque o tempo passa.

Caderno Complementar II (de 01 a 16)

01- Em qual opção não há erro?

  • Quando recebo-o em minha casa, fico feliz.
  • Tudo fez-se como você mandou.
  • Por este processo, teriam-se obtido melhores resultados.
  • Em se tratando disto, podemos contar com ele.
  • Me levantei assim que você saiu.

A próclise (colocação do pronome oblíquo átono antes do verbo) será obrigatória quanto houver uma palavra atrativa. As palavras atrativas são as seguintes:

- Advérbios;

- Pronomes: relativos, indefinidos, interrogativos e demonstrativos neutros (isto, isso, aquilo). Tudo é pronome indefinido; próclise obrigatória: Tudo se fez como você mandou.

- Conjunções subordinativas: inicia uma oração indicativa de circunstância de causa, concessão, condição, conformidade, tempo ou finalidade. Quando é conjunção subordinativa indicativa de tempo; próclise obrigatória: Quando o recebo em casa, fico feliz.

- A palavra que, a menos que seja conjunção coordenativa aditiva (Ex.: Fala que fala e ninguém o entende) ou conjunção coordenativa explicativa (Ex.: Cuidado, que o piso está escorregadio.)

Outros casos de atração:

- Em frases exclamativas.

- Em frases com a preposição em + gerúndio: Em se tratando disto, podemos contar com ele.

- Em frases com preposição + infinitivo flexionado.

Obs. 1: Jamais pode ocorrer próclise em início de frase: Levantei-me assim que você saiu.

Obs. 2: Quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito e não houver palavra atrativa alguma, ocorre mesóclise (colocação do pronome no meio do verbo: Por este processo, ter-se-iam obtido melhores resultados.

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02- O resultado das combinações: põe + o, reténs + as e deduz + a é:

  • pões-lo, reténs-las, dedu-la
  • põe-no, retém-nas, dedu-la
  • pões-lo, retém-las, deduz-la
  • põe-no, retém-las, dedu-la
  • põe-lo, retém-las, dedu-la

Verbo transitivo direto (VTD) é aquele que exige complemento sem preposição. Como exemplo, o verbo amar: quem ama, ama algo/alguém. Os complementos dos VTDs podem ser representados pelos pronomes oblíquos átonos o, a, os, as e suas variantes: lo, la, los, las, que se ligam a estruturas verbais terminadas em R, S ou Z (essas terminações desaparecem)
e no, na, nos, nas, que se ligam a estruturas verbais terminadas em M, ÃO ou ÕE.

Põe + o, então, resulta põe-no, já que o verbo termina em ÕE.

Reténs + as resulta retém-las, já que o verbo termina em S.

Deduz + a resulta dedu-la, já que o verbo termina em Z.

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03- Ninguém atinge a perfeição alicerçado na busca de valores materiais, nem mesmo os que consideram tal atitude um privilégio dado pela existência.

Os pronomes destacados no período acima classificam-se, respectivamente, como:

  • indefinido, demonstrativo, relativo, demonstrativo
  • indefinido, pessoal oblíquo, relativo, indefinido
  • de tratamento, demonstrativo, indefinido, demonstrativo
  • de tratamento, pessoal oblíquo, indefinido, demonstrativo
  • demonstrativo, demonstrativo, relativo, demonstrativo

Ninguém: é pronome indefinido, uma vez que representa uma pessoa de modo vago, impreciso.

Os: é pronome demonstrativo, visto que pode ser substituído por outro pronome demonstrativo: ...nem mesmo aqueles que consideram...

Que: é pronome relativo, já que sempre que o termo que estiver após um pronome demonstrativo, será pronome relativo.

Tal: é pronome demonstrativo, visto que pode ser substituído por outro pronome demonstrativo: ...consideram essa atitude um privilégio...

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04- Toda pessoa deve responder pelos compromissos assumidos.

A palavra destacada é:

  • pronome adjetivo indefinido
  • pronome substantivo indefinido
  • pronome adjetivo demonstrativo
  • pronome substantivo demonstrativo
  • nenhum das alternativas acima é correta.

Pronome substantivo é aquele que substitui um substantivo.

Pronome adjetivo é aquele que acompanha um substantivo.

Na frase Toda pessoa..., o pronome acompanha o substantivo pessoa; é, portanto, pronome adjetivo. Toda é pronome indefinido, uma vez que representa uma pessoa de modo vago, impreciso.

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05- Quando V. Senhoria ..................... que .................. auxilie, basta chamar-me pelo interfone que está sobre a ................... mesa.

  • desejardes – vos, vossa
  • desejar – o – vossa
  • desejardes – vos – sua
  • desejar – vos – vossa
  • desejar – o – sua

Pronome de tratamento é pronome de terceira pessoa. Todos os elementos devem concordar com a terceira pessoa, portanto: Quando V. Senhoria desejar que o auxilie, basta chamar pelo interfone que está sobre a sua mesa.

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06- Em que opção o emprego do pronome não obedece à norma culta brasileira?

  • Fizeram tudo para eu ir lá.
  • Ninguém lhe ouvia as queixas.
  • O vento trouxe consigo a tempestade.
  • Trouxemos um presente para si.
  • Não vá sem mim.

Eu ir: usa-se eu quando este pronome exercer a função de sujeito. Para isso, há a necessidade de um verbo que exija sujeito. É o que ocorre na frase: eu é sujeito de ir.

Lhe ouvia as queixas: os pronomes oblíquos átonos podem ter função possessiva: Ninguém ouvia as queixas dele = Ninguém ouvia as suas queixas = Ninguém lhe ouvia as queixas.

Trouxe consigo: os pronomes si e consigo têm uso exclusivamente reflexivo, ou seja, um sujeito de terceira pessoa pratica a ação sobre si mesmo: O vento trouxe consigo

Presente para si: os pronomes si e consigo têm uso exclusivamente reflexivo, ou seja, um sujeito de terceira pessoa pratica a ação sobre si mesmo. Na frase apresentada não ocorre isso, uma vez que o sujeito é nós: Trouxemos um presente para ele (ou ela ou você)

Sem mim: como não há verbo exigindo sujeito, não se usa eu, e sim mim.

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07- Em que opção há erro?

  • O ministro não teve muitos escrúpulos naquela hora = O ministro não teve-os naquela hora.
  • Ele estava pronto para salvar a Itália = Ele estava pronto para salvá-la.
  • Eles terminaram as provas hoje = Eles terminaram-nas hoje.
  • Todos queriam que o professor entregasse o livro ao melhor aluno = Todos queriam que o professor lhe entregasse o livro.
  • Ele nunca perdoaria ao irmão aquela omissão = Ele nunca lhe perdoaria aquela omissão.

Os termos não, que e nunca são palavras atrativas, pois são, respectivamente, advérbio, conjunção subordinativa integrante e advérbio:

- O ministro não os teve naquela hora.

- Todos queriam que o professor lhe entregasse o livro. Obs.: O sujeito não anula a atração de elemento anterior a si.

- Ele nunca lhe perdoaria aquela omissão.

Quando houver preposição + infinitivo não flexionado, é facultativo o uso de próclise ou de ênclise: Ele estava pronto para salvá-la ou Ele estava pronto para a salvar.

O termo eles não é palavra atrativa, portanto o uso de próclise não é obrigatório; é facultativo o uso de próclise ou de ênclise: Eles terminaram-nas hoje ou Eles as terminaram hoje.

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08- Em que opção há erro?

  • O governo deu ênfase às questões econômicas = O governo deu ênfase a elas.
  • Os ministros defenderam o plano de estabilização = Os ministros defenderam-no.
  • A companhia recebeu os avisos = A companhia recebeu-os.
  • Ele diz as frases em tom bem baixo = Ele diz-las em tom baixo.
  • Ele recusou a dar maiores explicações = Ele recusou a dá-las.

Verbo transitivo direto (VTD) é aquele que exige complemento sem preposição. Como exemplo, o verbo amar: quem ama, ama algo/alguém. Os complementos dos VTDs podem ser representados pelos pronomes oblíquos átonos o, a, os, as e suas variantes: lo, la, los, las, que se ligam a estruturas verbais terminadas em R, S ou Z (essas terminações desaparecem)
e no, na, nos, nas, que se ligam a estruturas verbais terminadas em M, ÃO ou ÕE.

- defenderam-no, porque defenderam termina em M.

- recebeu-os, porque recebeu termina em vogal.

- di-las, porque o verbo termina em Z.

- dá-las, porque o verbo termina em R.

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09- Em qual opção há erro?

  • Nunca lhe diria mentira.
  • Ter-lhe-iam falado a meu respeito?
  • Louvemos-lhe, porque ele o merece.
  • De Fernando só lhe conhecia a fama.
  • Sei que não lhe agrada essa conversa.

Verbo transitivo indireto é aquele que exige complemento com preposição (a, de, para, por, em...). Como exemplo, o verbo obedecer: quem obedece, obedece a algo/alguém. Os complementos dos VTIs que exigem a preposição a podem ser representados pelos pronomes oblíquos átonos lhe, lhes.

- Dizer: quem diz, diz algo a alguém: Nunca diria mentira a alguém = Nunca diria mentira a ele = Nunca lhe diria mentira.

- Falar: quem fala, fala algo a alguém: Teriam falado algo a meu respeito a alguém? = Teriam falado algo a meu respeito a ele? = Ter-lhe-iam falado a meu respeito?

- Agradar: aquilo que agrada, agrada a alguém: Sei que essa conversa não agrada a alguém = Sei que essa conversa não agrada a ele = Se que essa conversa não lhe agrada.

- Louvar: quem louva, louva algo/alguém. Louvemos alguém. Não é VTI; o pronome lhe, portanto, não pode ser usado. Em seu lugar, deve-se usar o, a, os, as, que funcionam como OD: Louvemo-lo, porque ele o merece. Como o verbo termina em S, esta terminação desaparece, e o pronome o se transforma em lo.

O pronome lhe(s) pode ainda ter função possessiva: só conhecia a fama dele = só conhecia a sua fama = só lhe conhecia a fama.

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10- Em que opção há erro?

  • Uma auto-avaliação bem feita sempre lhe trará algum benefício.
  • O auto-retrato parece que lhe significou críticas severas.
  • Ao motorista que se torna um selvagem, ninguém lhe quer bem.
  • Numa análise rápida, acharam-lhe inteligente e alegre.
  • Ao brasileiro, não lhe agrada a falta injustificada ao trabalho.

Verbo transitivo indireto é aquele que exige complemento com preposição (a, de, para, por, em...). Como exemplo, o verbo obedecer: quem obedece, obedece a algo/alguém. Os complementos dos VTIs que exigem a preposição a podem ser representados pelos pronomes oblíquos átonos lhe, lhes.

- Trazer: aquilo que traz, traz algo a alguém: sempre trará algum benefício a alguém = sempre trará algum benefício a ele = sempre lhe trará algum benefício.

- Significar: aquilo que significa, significa algo a alguém: parece que significou críticas severas a alguém = parece que significou críticas severas a ele = parece que lhe significou críticas severas.

- Querer: quem quer, quer algo a alguém: ninguém quer bem a alguém = ninguém quer bem a ele = ninguém lhe quer bem.

- Agradar: quem agrada, agrada a alguém, no sentido de ser agradável: a falta ao trabalho não agrada a alguém = a falta ao trabalho não agrada a ele = a falta ao trabalho não lhe agrada.

- Achar: quem acha, acha algo: acharam alguém inteligente e alegre. Não é VTI; o pronome lhe, portanto, não pode ser usado. Em seu lugar, deve-se usar o, a, os, as, que funcionam como OD: ...acharam-no inteligente e alegre. Como o verbo termina em M, o pronome o se transforma em no.

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11- Em "O casal de índios levou-os à sua aldeia, que estava deserta, onde ofereceu frutas aos convidados", há o seguinte:

  • Dois pronomes possessivos e dois pronomes pessoais
  • Um pronome pessoal, um pronome possessivo e dois pronomes relativos.
  • Dois pronomes pessoais e dois pronomes relativos.
  • Um pronome pessoal, um pronome possessivo, um pronome relativo e um pronome interrogativo.
  • Dois pronomes possessivos e dois pronomes relativos.

Os: pronome pessoal do caso oblíquo átono que complementa verbo transitivo direto (quem leva, leva alguém).

Sua: pronome possessivo.

Que: pronome relativo: há o substantivo aldeia antes dele e o verbo estar depois dele. Entre eles há relação sintática: a aldeia estava deserta.

Onde: pronome relativo: há o substantivo aldeia antes dele e o verbo oferecer depois dele. Entre eles há relação sintática: ofereceu frutas aos convidados na aldeia. O pronome relativo onde sempre exerce a função sintática de adjunto adverbial de lugar.

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12- Ao comparar diversos rios do mundo com o Amazonas, defendia com azedume e paixão a proeminência ...................... sobre cada um ...................... .

  • desse, daqueles
  • daquele, destes
  • deste, daqueles
  • deste, desse
  • deste, desses

Em uma enumeração de dois elementos, substitui-se o primeiro por aquele(a) e o último por este(a): Ele defendia a proeminência do Amazonas sobre os diversos rios do mundo, portanto Ao comparar diversos rios do mundo com o Amazonas, defendia com azedume e paixão a proeminência deste sobre cada um daqueles.

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13- Em qual opção a palavra onde é pronome relativo?

  • Não sei onde eles estão.
  • Onde estás que não respondes?
  • A instituição onde estudarei é a UFMT.
  • Ele me deixou onde está a catedral.
  • Pergunto onde ele conheceu esta teoria.

Onde será pronome relativo quando houver relação de lugar entre o verbo posterior a ele e o substantivo anterior a ele. Para ser pronome relativo, portanto, há de haver um substantivo antecedendo onde: A instituição onde estudarei é a UFMT: estudarei na instituição. Nas outras frases, onde é advérbio em Não sei onde eles estão e em Ele me deixou onde está a catedral e advérbio interrogativo em Onde estás que não respondes? E Pergunto onde ele conheceu esta teoria.

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14- A maxila e os dentes denotavam a decrepitude do burrinho; ................., porém, estavam mais gastos que .................... .

  • esses aquela
  • estes, aquela
  • estes, esses
  • aqueles, esta
  • estes, esses

Em uma enumeração de dois elementos, substitui-se o primeiro por aquele(a) e o último por este(a): os dentes estavam mais gastos que a maxila, portanto, A maxila e os dentes denotavam a decrepitude do burrinho; estes, porém, estavam mais gastos que aquela.

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15- Foram divididos ....................... próprios os trabalhos que ...................... em equipe.

  • conosco – se devem realizar
  • com nós – devem-se realizar
  • conosco – devem realizar-se
  • com nós – se devem realizar
  • conosco – devem-se realizar

Usa-se com nós e com vós no lugar de conosco e convosco quando à frente desses pronomes surgir alguma palavra (mesmos, próprios, alguns, todos, um numeral, um substantivo...) ou expressão (oração subordinada adjetiva...) que indique quem somos nós ou quem sois vós. É o que ocorre na frase apresentada: Foram divididos com nós próprios.

Em locução verbal, o pronome oblíquo átono pode ligar-se ao verbo auxiliar ou ao verbo principal. Se antes do verbo auxiliar houver palavra atrativa, o uso da próclise a ele é possível: os trabalhos que se devem realizar. Se o verbo principal estiver no infinitivo ou no gerúndio, poderá ocorrer ênclise a ele: os trabalhos que devem realizar-se.

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16- Na voz passiva, escreve-se Deu-me as lições sem uma só das intragáveis ternuras, da seguinte forma:

  • As lições me são dadas
  • As lições me eram dadas
  • As lições me foram dadas
  • A mim deu-me ele as lições
  • A mim as lições deu-as ele

Para passar da voz ativa para a voz passiva, faz-se o seguinte:

- O sujeito da voz ativa se transforma em agente da passiva, que é encabeçado pela preposição por ou de:

- O objeto direto da voz ativa se transforma em sujeito.

- A verbo transitivo direto é acrescido o verbo ser, no mesmo tempo e modo do VTD da ativa, formando locução verbal passiva. O verbo ser passa a concordar com o sujeito da passiva.

- Se houver objeto indireto, ele se mantém o mesmo.

Ele deu-me as lições = as lições me foram dadas por ele.

Deu-me as lições = as lições me foram dadas.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas...

Qual o sujeito do verbo ouvir, que consta do primeiro verso do Hino Nacional?


Nos versos do Hino Nacional ocorre uma inversão extraordinária:
"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas / de um povo heróico o brado retumbante" em ordem direta fica da seguinte maneira:
As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico. Analisando-se sintaticamente essa oração:
Sujeito: Quem é que ouviu?
Resposta: As margens plácidas do Ipiranga; sujeito simples, pois apresenta um só núcleo: margens.
Verbo transitivo direto: ouviu, pois quem ouve, ouve algo/alguém.
Objeto direto: o brado retumbante de um povo heróico, pois as margens ouviram o quê? Resposta: o brado retumbante....

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Maxivest II (de 15 a 28)

15- Em qual opção há erro no emprego do pronome oblíquo?

  • Eu o conheço muito bem.
  • Devemos preveni-lo do perigo.
  • Faltava-lhe experiência.
  • A mãe amava-a muito.
  • Farei tudo para livrar-lhe desta situação.

Verbo transitivo direto (VTD) é aquele que exige complemento sem preposição. Como exemplo, o verbo amar: quem ama, ama algo/alguém. Os complementos dos VTDs podem ser representados pelos pronomes oblíquos átonos o, a, os, as e suas variantes: lo, la, los, las, que se ligam a verbos terminados em R, S ou Z (essas terminações desaparecem)
e no, na, nos, nas, que se ligam a verbos terminados em M, ÃO ou ÕE.

Verbo transitivo indireto é aquele que exige complemento com preposição (a, de, para, por, em...). Como exemplo, o verbo obedecer: quem obedece, obedece a algo/alguém. Os complementos dos VTIs que egigem a preposição a podem ser representados pelos pronomes oblíquos átonos lhe, lhes.

Conhecer: quem conhece, conhece algo/alguém; é, portanto, VTD; por isso o uso do pronome o.

Prevenir: quem previne, previne alguém; é, portanto, VTD; é terminado em R; por isso o uso da variante lo.

Faltar: aquilo que falta, falta a alguém; é, portanto, VTI que exige a preposição a; por isso o uso do pronome lhe.

Amar: quem ama, ama algo/alguém; é, portanto VTD; por isso o uso do pronome a.

Livrar: quem livra, livra algo/alguém; é, portanto, VTD; está inadequado, então, o uso de lhe; o certo é usar a variante lo(s) ou la(s), já que o verbo termina em R: Farei tudo para livrá-lo desta situação.

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16- Alguém, antes que Pedro o fizesse, teve vontade de falar o que foi dito. Os pronomes em destaque dispõem-se nesta ordem:

  • De tratamento, pessoal, oblíquo, demonstrativo.
  • Indefinido, relativo, pessoal, relativo.
  • Demonstrativo, relativo, pessoal, indefinido.
  • Indefinido, relativo, demonstrativo, relativo.
  • Indefinido, demonstrativo, demonstrativo, relativo.

Alguém: é pronome indefinido, uma vez que representa uma pessoa de modo vago, impreciso.

O: é pronome demonstrativo, visto que pode ser substituído por outro pronome demonstrativo: antes que Pedro fizesse isso.

O: é pronome demonstrativo, visto que pode ser substituído por outro pronome demonstrativo: teve vontade de falar aquilo.

Que: é pronome relativo, já que sempre que o termo que estiver após um pronome demonstrativo, será pronome relativo.

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17- Na frase Chegou Pedro, Maria e o seu filho dela, o pronome possessivo está reforçado para:

  • Ênfase
  • Elegância de estilo
  • Figura de harmonia
  • Clareza
  • Concessão

Coloca-se dele(s) ou dela(s) em orações com pronome possessivo para dar clareza à frase, já que em Chegou Pedro, Maria e seu filho não há clareza quanto ao filho ser de Pedro ou de Maria.

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18- Em que opção o pronome pessoal está empregado corretamente?

  • Este é um problema para mim resolver.
  • Entre eu e tu não há mais nada.
  • A questão deve ser resolvida por eu e você.
  • Para mim, viajar de avião é um suplício.
  • Quanto voltei a si, não sabia onde me encontrava.

Só se usa eu e tu na função de sujeito. Para isso é necessária a presença de um verbo exigindo sujeito, por isso devem-se corrigir as seguintes frases: Este é um problema para eu resolver.

- Entre mim e ti não há mais nada;

- A questão deve ser resolvida por mim e você.

Só se usa si em frases em que haja reflexibidade de terceira pessoa. por isso Quando voltei a si está inadequado, já que eu voltei a mim.

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19- Onde há erro quanto ao uso dos pronomes se, si ou consigo?

  • Feriu-se quando brincava com o revólver e o virou para si.
  • Ele só cuida de si.
  • Quando V. Sa. Vier, traga consigo a informação pedida.
  • Ele se arroga o direito de vetar tais artigos.
  • Espere um momento, pois tenho de falar consigo.

A única frase que não apresenta reflexibilidade, ou seja, o sujeito de terceira pessoa praticando a ação sobre si mesmo é a última, por isso a correção: Espere um momento, pois tenho de falar com você.

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20- Este inferno de amar – como eu amo! - / Quem mo pôs aqui n'alma ... quem foi? / Esta chama que alenta e consome, / Que é a vida – e que a vida destrói - / Como é que se veio a atear, / Quando / ai quando se há-de apagar? (Almeida Garret)

No texto, os pronomes eu, quem e este são respectivamente

  • Indefinido – pessoal – indefinido
  • Pessoal – interrogativo – demonstrativo
  • Pessoal – indefinido – demonstrativo
  • Interrogativo – pessoal – indefinido
  • Indefinido – pessoal – interrogativo

Eu: sempre é pronome pessoal do caso reto.

Quem: em início de frase interrogativa, sempre é pronome interrogativo.

Este: sempre é pronome demonstrativo.

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21- O auxiliar judiciário discutiu ................... mesmos a respeito de possíveis desentendimentos entre .................. e ....................... .

  • Conosco – eu – ti
  • Com nós – mim – tu
  • Com nós – mim – ti
  • Conosco – eu – tu
  • Conosco – mim – ti

Usa-se com nós e com vós no lugar de conosco e convosco quando à frente desses pronomes surgir alguma palavra (mesmos, próprios, alguns, todos, um numeral, um substantivo...) ou expressão (oração subordinada adjetiva...) que indique quem somos nós ou quem sois vós. É o que ocorre na frase apresentada: discutiu com nós mesmos.

Não há verbo exigindo eu e tu como sujeito; usa-se, portanto, mim e ti.

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22- V. Excelência ................ fazer o que ............. for possível, para que .............. prestígio se mantenha.

  • Deveis – vos – vosso
  • Deveis – lhe – seu
  • Deveis – lhe – vosso
  • Deve – vos – seu
  • Deve – lhe – seu

Pronome de tratamento é pronome de terceira pessoa. Todos os elementos devem concordar com a terceira pessoa, portanto: V. Excelência deve fazer o que lhe for possível, para que seu prestígio se mantenha.

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23- Traga os relatórios ainda hoje, para .................... com vagar.

  • eu lê-los
  • mim ler-los
  • mim lê-los
  • mim ler-lhes
  • eu ler-los

Há verbo exigindo sujeito: ler; por isso deve-se usar o pronome eu. O verbo ler é VTD, pois quem lê lê algo. Deve-se usar, então, o pronome o. Como o verbo termina em R, usa-se a variante lo: Traga os relatórios, para eu lê-los.

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24- Os projetos que ................... estão em ordem; ...................... ainda hoje, conforme ..................... .

  • enviaram-me – devolvê-los-ei – lhes prometi.
  • enviaram-me – os devolverei – lhes prometi.
  • enviaram-me – os devolverei – prometi-lhes.
  • me enviaram – os devolverei – prometi-lhes.
  • me enviaram – devolvê-los-ei – lhes prometi.

Próclise: uso do pronome oblíquo átono (me, te, se, o, a, nos, vos, os, as) antes do verbo. Na Língua Portuguesa do Brasil, pode-se usar próclise em qualquer circunstância, menos no início de frase. Na segunda lacuna, portanto, não se deve usar próclise; o certo, então, é devolvê-los-ei.

Usa-se próclise obrigatoriamente quando houver uma palavra atrativa. Exemplos de palavra atrativa: pronome relativo e conjunção subordinativa, aquela que inicia uma oração indicativa de circunstância de causa, concessão, condição, conformidade, tempo ou finalidade. É o que ocorre na frase apresentada: que é pronome relativo, já que indica uma relação sintática entre o substantivo antecedente e o verbo posterior (os projetos estão em ordem), e conforme é conjunção subordinativa conformativa: Os projetos que me enviaram...; conforme lhes prometi.

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25- Quando ................... as provas, ............................ imediatamente.

  • lhes entregarem – corrijam-nas

    lLhes entregarem – corrijam

  • lhes entregarem – corrijam-nas
  • entregarem-lhes – corrijam-as
  • entregarem-lhes – as corrijam

Quando é conjunção subordinativa temporal; próclise, portanto: Quando lhes entregarem.

Não se usa próclise depois de vírgula, a não ser que esta apenas isole um termo na oração; não é o que ocorre na frase apresentada: corrijam-nas.

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26- Qual sentença deve ser corrigida?

  • Poderá resolver-se o caso imediatamente.
  • Sabes o que se deverá dizer ao professor?
  • Poder-se-á resolver o caso imediatamente.
  • Sabe o que deverá dizer-se ao professor?
  • Poderá-se resolver o caso imediatamente.

Em locução verbal, o pronome oblíquo átono pode ligar-se ao verbo auxiliar ou ao verbo principal.

Se antes do verbo auxiliar houver palavra atrativa, o uso da próclise a ele é possível: o que se deverá.

Se o verbo principal estiver no infinitivo ou no gerúndio, sempre poderá ocorrer próclise a ele: resolver-se; dizer-se.

Quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, ocorrerá mesóclise (pronome átono no meio do verbo: poder-se-á; ou próclise (o
que se deverá dizer); só não pode ocorrer ênclise (pronome átono depois do verbo). É, portanto, errado, poderá-se.

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27- Em qual opção há erro no emprego dos pronomes?

  • Vossa Excelência e seus convidados.
  • Mandou-me embora mais cedo.
  • Vou estar consigo amanhã.
  • Vós e vossa família estais convidados para a festa.
  • Deixei-o encarregado da turma.

Só se usa o pronome consigo quando houver reflexibilidade de terceira pessoa. Está errado, portanto, Vou estar consigo.

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28- Observe os períodos e aponte os certos:

I- Nunca soubemos quem roubava-nos nas medidas.

II- Pouco se sabe a respeito de novas fontes energéticas.

III- Nada chegava a impressioná-lo na juventude.

IV- Dar-lhe-emos novas oportunidades.

V- Eles apressaram-se a convidar-nos para a festa.

I- Errado, pois quem, pronome relativo indefinido, é palavra atrativa: quem nos roubava.

II- Certo, pois pouco, pronome indefinido,
é palavra atrativa.

III- Certo, pois sempre se pode usar ênclise diante de verbo no infinitivo não flexionado.

IV- Certo, pois o verbo está no futuro do presente em início de frase.

V- Certo, pois eles, pronome pessoal do caso reto, não é palavra atrativa.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Maxivest II (de 07 a 14)

07- Estamos certos de que V. Exa. __________ merecedor da consideração que _________ dispensam ___________ funcionários.

  • é – lhe – vossos
  • é – lhe - seus
  • e – vos - vossos
  • sois – lhe – seus
  • sois – vos vossos

V. Exa. é a abreviação do pronome de tratamento Vossa Excelência. Pronome de tratamento é o modo cerimonioso como se trata determinadas pessoas. Por exemplo: cidadãos importantes na sociedade, principalmente em linguagem comercial, devem ser tratados de Vossa Senhoria; políticos e ministros de estado: Vossa Excelência; reitores de universidade: Vossa Magnificência; príncipes: Vossa Alteza; reis: Vossa Majestade; o papa: Vossa Santidade; Deus: Vossa Onipotência.

Usa-se Vossa ..., quando se fala com a pessoa e Sua ..., quando se fala da pessoa. Por exemplo: Presidente, quando Vossa Excelência se encontrar com Sua Santidade, o protocolo deve ser seguido à risca. Nessa frase, usa-se Vossa Excelência porque o interlocutor está conversando com o Presidente; e usa-se Sua Santidade porque fala do Papa.

Todo pronome de tratamento representa a terceira pessoa, portanto todos os termos que se referem ao pronome de tratamento devem concordar na terceira pessoa: verbos, pronomes, etc.

A frase adequada, portanto, é a seguinte: Estamos certos de que V. Exa. é merecedor da consideração que lhe dispensam seus funcionários.

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08- Qual a opção inadequada?

  • Receba Vossa Excelência os cumprimentos de seus subordinados.
  • Sua Excelência, o Ministro da Justiça, chegou acompanhado de outras autoridades.
  • Reiteramos nosso apreço a Vossa Senhoria e vossos subordinados.
  • Solicitamos a Sua Senhoria que encaminhasse suas sugestões por escrito.
  • Concordamos com Vossa Excelência e com seus subordinados.

Todo pronome de tratamento representa a terceira pessoa, portanto todos os termos que se referem ao pronome de tratamento devem concordar na terceira pessoa: verbos, pronomes, etc.

A frase inadequada, portanto, é a seguinte: Reiteramos nosso apreço a Vossa Senhoria e vossos subordinados. O pronome possessivo de terceira pessoa é seu(s), sua(s). A frase, então, tem de ser assim corrigida: Reiteramos nosso apreço a Vossa Senhoria e seus subordinados.

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09- Qual a opção com erro?

  • Não consegui entendê-lo naquela confusão.
  • É para mim fiscalizar aqueles volumes.
  • Tudo ficou esclarecido entre mim e ti.
  • Por favor, mande-o entrar e sentar-se.
  • Fizeram-no esperar demais hoje.

- o, a, os, as: verbo transitivo direto é aquele que exige complemento não preposicionado, denominado de objeto direto. Por exemplo, o verbo amar: quem ama, ama, algo/alguém. O objeto direto será representado por o, a, os, as quando for de terceira pessoa: Não o entendia naquela confusão: Quem entende, entende algo/alguém. Os pronomes o, a, os, as podem ser substituídos por variantes:

- no, na, nos, nas: quando o verbo terminar em M, ÃO ou ÕE, usa-se no, na, nos, nas no lugar de o, a, os, as. Por exemplo:
As motos estavam à venda; eles compraram-nas por pouco dinheiro;
Eles oferecem os brindes e dão-nos só aos amigos;
Eles pegam os sapatos e põe-nos.

- lo, la, los, las: quando o verbo transitivo direto terminar em R, S ou Z, usa-se lo, la, los, las no lugar de o, a, os, as. As terminações R, S, Z desaparecem. Por exemplo:
Vou escrever a música e cantá-la a vocês;
Essa música, tu canta-la?;
O padre pega as crianças com seu carro e condu-las até a igreja;
Não consegui entendê-lo.

- Eu / tu: usam-se esses pronomes somente quando exercerem a função de sujeito: É para eu fiscalizar aqueles volumes.

- Mim / ti: usam-se esses pronomes quando não exercerem a função de sujeito:
Tudo ficou esclarecido entre mim e ti.

Esses pronomes (mim / ti) podem ser usados antes de verbo no infinitivo, caso exerçam a função de complemento de verbo transitivo indireto (custar para ou a alguém; bastar para ou a alguém; restar para ou a alguém; faltar para ou a alguém) ou a função de complemento de adjetivo que acompanha verbo de ligação (ser ou estar, principalmente):
Custou para mim aceitar a situação;
Basta para mim ter você ao meu lado;
Resta para mim pagar as dívidas;
Falta para mim trazer alguns documentos
.

- Sujeito acusativo: quando um verbo no infinitivo ou no gerúndio tiver a ação dependente de verbo causativo (fazer, mandar, deixar, etc.) ou de verbo sensitivo (ver, ouvir, sentir, etc.), seu sujeito será denominado de sujeito acusativo. Este poderá ser representado por um substantivo ou por um pronome oblíquo átono (me, te, se, o, a, nos, vos, os, as), dentre outros. Jamais o sujeito acusativo pode ser representado por um pronome do caso reto (eu, tu, ele...):
Por favor, mande-o entrar e sentar-se;
Fizeram-no esperar demais hoje
.

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10- Complete as lacunas:

  • De repente, deu um livro para .............. . (eu / mim)
  • Nada mais há entre ............. e você. (eu / mim)
  • Sempre houve entendimento entre ............ e ti. (eu / mim)
  • José, espere. Vou .............. . (consigo / contigo / com você)

Usa-se eu somente quando exercer a função de sujeito. Se não houver verbo exigindo sujeito, obviamente não se pode usar eu:
De repente, deu um livro para mim;
Nada mais há entre mim e você;
Sempre houve entendimento entre mim e ti
.

- si e consigo: pronomes que só podem ser usados reflexivamente, ou seja, somente quando o sujeito praticar a ação sobre si mesmo. Devem-se analisar os elementos identificadores do interlocutor; se este for tu, usa-se contigo; se for você, usa-se consigo caso haja reflexibilidade, e usa-se com você se não a houver. O verbo esperar, na forma espere, identifica o interlocutor: você; não há reflexibilidade, portanto, deve-se usar com você: José, espere. Vou com você.

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11- Vossa Excelência ...................... que eu ......................... traga ..................... jornal?

  • quer – lhe – vosso
  • quer – vos – seu
  • quereis – vos – vosso
  • quer – lhe – seu
  • quereis – lhe – vosso

Todo pronome de tratamento representa a terceira pessoa, portanto todos os termos que se referem ao pronome de tratamento devem concordar na terceira pessoa: verbos, pronomes, etc. A frase adequada, portanto, é a seguinte: Vossa Excelência quer que eu lhe traga seu jornal?

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12- Onde há erro no uso do pronome de tratamento?

  • Os reitores das universidades recebem o título de Vossa Magnificência.
  • Sua Excelência, o Senhor Ministro, não compareceu à reunião.
  • Senhor Deputado, peço a Vossa Excelência que conclua a sua oração.
  • Sua Eminência, o Papa Paulo VI, assistiu à solenidade.
  • Procurei o chefe da repartição, mas Sua Senhoria se recusou a ouvir minhas explicações.

Cidadãos importantes na sociedade, principalmente em linguagem comercial, devem ser tratados de Vossa Senhoria; políticos e ministros de estado: Vossa Excelência; reitores de universidade: Vossa Magnificência; príncipes: Vossa Alteza; reis: Vossa Majestade; o papa: Vossa Santidade; Deus: Vossa Onipotência.

Usa-se Vossa ..., quando se fala com a pessoa e Sua ..., quando se fala da pessoa. Por exemplo: Presidente, quando Vossa Excelência se encontrar com Sua Santidade, o protocolo deve ser seguido à risca.

O erro encontra-se na frase 4. Corrigindo-a: Sua Santidade, o Papa Paulo VI, assistiu à solenidade.

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13- Em qual opção a palavra certo é pronome indefinido?

  • Certo perdeste o juízo.
  • Certo rapaz te procurou.
  • Escolheste o rapaz certo.
  • Marque o conceito certo.
  • Não deixe o certo pelo errado.

Classes gramaticais de certo:

- adjetivo: usado depois do substantivo: rapaz certo; conceito certo.

- pronome indefinido: usado antes do substantivo: certo rapaz.

- advérbio: significa certamente ou de maneira exata: certo (= certamente) perdeste o juízo.

- substantivo: antecedido de artigo; significa coisa certa: Não deixe o certo pelo errado.

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14- Se é para ................ (eu / mim) dizer o que penso, creio que a escolha se dará entre ................... (mim e ti / mim e tu / eu e tu / eu e ti)

Usa-se eu e tu somente quando exercerem a função de sujeito. Se não houver verbo exigindo sujeito, obviamente não se pode usar eu nem tu: Se é para eu dizer o que penso, creio que a escolha se dará entre mim e ti.

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quarta-feira, 4 de junho de 2008

Rapidinha 3 – eu / mim; tu / ti

- Eu / tu: usam-se esses pronomes somente quando exercerem a função de sujeito. Por exemplo:

  • Ele entregou um texto para eu corrigir; (eu vou corrigir)
  • Isto é para eu fazer agora. (eu vou fazer)

- Mim / ti: usam-se esses pronomes quando não exercerem a função de sujeito. Por exemplo:

  • Para mim, a leitura está fácil; (mim, pois não há verbo pedindo eu como sujeito)
  • Não saia sem mim; (mim, pois não há verbo pedindo eu como sujeito)
  • Entre mim e ele há uma grande diferença. (mim, pois não há verbo pedindo eu como sujeito)

Esses pronomes (mim / ti) podem ser usados antes de verbo no infinitivo, caso exerçam a função de complemento de um destes verbos transitivos indiretos: custar, bastar, faltar, restar (custar para ou a alguém; bastar para ou a alguém; restar para ou a alguém; faltar para ou a alguém) ou a função de complemento de adjetivo que acompanha verbo de ligação (ser ou estar, principalmente). Por exemplo:

  • Custou para mim aceitar a situação; Que é que custou? Aceitar a situação. Aceitar a situação custou para quem? Para mim.
  • Basta para mim ter você ao meu lado; Que é que basta? Ter você ao meu lado. Ter você ao meu lado basta para quem? Para mim.
  • Resta para mim pagar as dívidas; Que é que resta? Pagar as dívidas. Pagar as dívidas resta para quem? Para mim.
  • Falta para mim trazer alguns documentos. Que é que falta? Trazer alguns documentos. Trazer alguns documentos falta para quem? Para mim.

Rapidinha 2 – lhe(s)

Pronomes oblíquos átonos que representam complementos verbal e nominal encabeçados pela preposição a - ou pela preposição para - exigida por verbo transitivo indireto, aquele que exige complemento preposicionado (Ex.: obedecer a algo/alguém), por substantivo abstrato (Ex.: ter respeito a algo/alguém) ou por adjetivo (Ex.: ser favorável a algo/alguém). Por exemplo:

  • Aos regulamentos, obedeço-lhes;
  • Tenho-lhe respeito;
  • Sou-lhe favorável.

Representam também elementos encabeçados pela preposição de em indicação de posse (algo de alguém). Por exemplo:

  • Cortaram-lhe os cabelos = Cortaram os cabelos dele = Cortaram os seus cabelos.

Maxivest II (de 01 a 06)

01- Em qual opção não há erro no emprego do pronome?

  • O diretor mandou eu entrar na sala.
  • Preciso falar consigo o mais rápido possível.
  • Cumprimentei-lhe assim que cheguei.
  • Ele só sabe elogiar a sim mesmo.
  • Após a prova, os candidatos conversaram entre eles.

- Sujeito acusativo: quando um verbo no infinitivo ou no gerúndio tiver a ação dependente de verbo causativo (fazer, mandar, deixar, etc.) ou de verbo sensitivo (ver, ouvir, sentir, etc.), seu sujeito será denominado de sujeito acusativo. Este poderá ser representado por um substantivo ou por um pronome oblíquo átono (me, te, se, o, a, nos, vos, os, as), dentre outros. Jamais o sujeito acusativo pode ser representado por um pronome do caso reto (eu, tu, ele...): O diretor mandou-me entrar na sala.

- si, consigo: esses pronomes são sempre reflexivos ou recíprocos, ou seja, só podem ser usados se o sujeito praticar a ação sobre si mesmo (reflexivo) ou quando o sujeito estiver no plural e representar ação recíproca: Ele só sabe elogiar a si mesmo; Após a prova, os candidatos conversaram entre si. Não sendo reflexivo nem recíproco, deve-se usar com você(s), com ele(s), com ela(s): Preciso falar com você o mais rápido possível.

- lhe, lhes: pronomes oblíquos átonos que representam complementos verbal e nominal encabeçados pela preposição a exigida por verbo transitivo indireto, aquele que exige complemento preposicionado (Ex.: obedecer a algo/alguém), por substantivo abstrato (Ex.: ter respeito a algo/alguém) ou por adjetivo (Ex.: ser favorável a algo/alguém): Aos regulamentos, obedeço-lhes; Tenho-lhe respeito; Sou-lhe favorável.

Representam também elementos encabeçados pela preposição de em indicação de posse (algo de alguém): Cortaram-lhe os cabelos = Cortaram os cabelos dele = Cortaram os seus cabelos.

- o, a, os, as: se o verbo for transitivo direto, aquele que exige complemento não preposicionado, este não será representado por lhe, lhes, e sim por o, a, os, as: Cumprimentei-o assim que cheguei: Quem cumprimenta, cumprimenta alguém.

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02- Em qual opção houve erro no emprego do pronome?

  • Ele entregou um texto para mim corrigir.
  • Para mim, a leitura está fácil.
  • Isto é para eu fazer agora.
  • Não saia sem mim.
  • Entre mim e ele há uma grande diferença.

- Eu / tu: usam-se esses pronomes somente quando exercerem a função de sujeito: Ele entregou um texto para eu corrigir; Isto é para eu fazer agora.

- Mim / ti: usam-se esses pronomes quando não exercerem a função de sujeito: Para mim, a leitura está fácil; Não saia sem mim; Entre mim e ele há uma grande diferença.

Esses pronomes (mim / ti) podem ser usados antes de verbo no infinitivo, caso exerçam a função de complemento de verbo transitivo indireto (custar para ou a alguém; bastar para ou a alguém; restar para ou a alguém; faltar para ou a alguém) ou a função de complemento de adjetivo que acompanha verbo de ligação (ser ou estar, principalmente): Custou para mim aceitar a situação; Basta para mim ter você ao meu lado; Resta para mim pagar as dívidas; Falta para mim trazer alguns documentos.

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03- Em qual opção não pode haver próclise?

  • Não entristeças + te.
  • Deus favoreça + o.
  • Espero que faça justiça + se.
  • Meus amigos, apresentem em posição de sentido + se.
  • Ninguém faça de rogado + se.

Na Língua Portuguesa a próclise (uso do pronome oblíquo átono antes do verbo) só não pode ocorrer em início de frase. É, portanto, inadequada a próclise em Meus amigos, se apresentem em posição de sentido. A função de vocativo, por ser isolada por vírgula, não anula a próclise, e a expressão Meus amigos exerce tal função: Não te entristeça; Deus o favoreça; Espero que se faça justiça; Meus amigos, apresentem-se em posição de sentido; Ninguém se faça de rogado.

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04- Em qual opção não há pronome relativo?

  • O que queres não está aqui.
  • Temos que estudar mais.
  • A estrada por que passei é estreita.
  • A prova que faço não é difícil.
  • A festa a que assisti foi ótima.

Os pronomes relativos (que, quem, qual, onde, quanto e cujo) estabelecem uma relação sintática entre o substantivo anterior a eles (ou pronome substantivo) e o verbo posterior a eles. É, portanto, obrigatória a presença de um substantivo (ou de pronome substantivo) imediatamente antes do pronome relativo, podendo haver entre eles somente uma preposição ou uma locução prepositiva. Na frase Temos que estudar mais, o termo que não é pronome relativo por não haver um substantivo nem um pronome substantivo antes dele. Esse que não é considerado recomendável, apesar de ser bastante usado no Brasil. O mais recomendável é que se use ter de: Temos de estudar mais. O termo que, então, por estar no lugar da preposição de, funciona como preposição.

Em todas as outras frases há relação sintática entre o substantivo e o verbo: A estrada por que passei é estreita: eu passei pela estrada; A prova que faço não é difícil: a prova não é difícil; A festa a que assisti foi ótima: a festa foi ótima. Em O que queres não está aqui, o termo o é pronome demonstrativo, pois pode ser substituído por aquilo. Sempre que houver pronome demonstrativo antes de que, este será pronome relativo. O que, isso que, isto que, aquilo que, aquele que, aquela que...

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05- Em quais opções que é pronome relativo?

Conheci que (1) Madalena era boa em demasia. A culpa foi desta vida agreste que (2) me deu uma alma agreste. Procuro recordar o que (3) dizíamos. Terá realmente piado a coruja? Será a mesma que (4) piava há dois anos? Esqueço que (5) eles me deixaram e que (6) esta casa está quase deserta.

Nas opções (1), (5) e (6), não há substantivo nem pronome substantivo antes de que; não é, portanto pronome relativo em nenhuma delas.

Nas opções (2), (3) e (4):

(2): "... vida agreste que me deu uma alma agreste": Há relação sintática entre o substantivo anterior (vida) e o verbo dar: a vida agreste me deu uma alma agreste.

(3): "... o que dizíamos" = dizíamos aquilo. Sempre que houver pronome demonstrativo antes de que, este será pronome relativo.

(4): "... a mesma que piava...": mesma é um pronome demonstrativo de reforço = aquela que piava. Sempre que houver pronome demonstrativo antes de que, este será pronome relativo.

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06- Em qual opção a palavra destacada é pronome?

  • O homem que chegou é meu amigo.
  • Notei um quê de tristeza em seu rosto.
  • Importa que compareçamos.
  • Ele é que disse isso.
  • Vão ter que dizer a verdade.

Quando o que estiver antecedido de substantivo que tem relação sintática com o verbo posterior, será pronome relativo. Portanto, em O homem que chegou é meu amigo, que é pronome relativo: o homem chegou.

- quê: é substantivo, por significa alguma coisa, qualquer coisa. Quando tiver esse significado, além de ser precedido do artigo indefinido um, é acentuado: um quê.

- é que: é partícula expletiva. Quando estiver antecedido do verbo ser no singular, sem sujeito expresso, pode ser partícula expletiva. Será isso quando a expressão é que puder ser eliminada da oração sem prejuízo semântico a ela: Ele disse isso. A partícula expletiva pode ser representada somente pelo que: Ele que disse isso.

- conjunção integrante: Quando o que iniciar oração que exerce a função de sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo e complemento nominal, sempre será denominado de conjunção integrante. O mesmo acontece com o se: Importa que compareçamos: o verbo importar é intransitivo, pois aquilo que importa, importa. Para se encontrar seu sujeito, pergunta-se que é que importa? Resposta: que compareçamos. Esse é o sujeito de importar; é uma oração que funciona como sujeito, cujo nome é oração subordinada substantiva subjetiva. O que é, portanto, conjunção integrante.