Os pronomes oblíquos átonos me, te, lhe, nos, vos, lhes podem ter função possessiva, portanto
Ninguém ouvia as queixas dele equivale a
Ninguém ouvia as suas queixas, que equivale a
Ninguém lhe ouvia as queixas.
Os pronomes oblíquos átonos me, te, lhe, nos, vos, lhes podem ter função possessiva, portanto
Ninguém ouvia as queixas dele equivale a
Ninguém ouvia as suas queixas, que equivale a
Ninguém lhe ouvia as queixas.
Pronome de tratamento é pronome de terceira pessoa. Todos os elementos devem concordar com a terceira pessoa, portanto. Por exemplo:
Quando V. Senhoria desejar que o (e não "vos") auxilie, basta chamar pelo interfone que está sobre sua (e não "vossa") mesa.
Quando o verbo estiver no futuro do presente (-ei, -ás, -á, -emos, -eis, -ão) ou no futuro do pretérito (-ria, -rias, -ria, -ríamos, -ríeis, -riam) e não houver palavra atrativa alguma, ocorre, facultativamente, mesóclise (colocação do pronome oblíquo átono no meio do verbo) ou próclise (colocação do pronome oblíquo átono antes do verbo), a não ser que o verbo esteja no início da frase, onde é proibido usar próclise. Por exemplo:
Os pronomes relativos (que, quem, qual...) estabelecem uma relação sintática entre o substantivo anterior a eles (ou pronome substantivo) e o verbo posterior a eles. É, portanto, obrigatória a presença de um substantivo (ou de pronome substantivo) imediatamente antes do pronome relativo, podendo haver entre eles (entre o substantivo e o pronome) somente uma preposição ou uma locução prepositiva, que proviria do verbo posterior.
Há, então, pronome relativo na frase O homem que lhe telefonou é pai de Epaminondas, porque antes do que há um substantivo (homem) e depois dele, um verbo (telefonou). Há relação sintática entre os dois: o homem telefonou. O que é, portanto, pronome relativo.
Subst. | prep. ou não | que quem qual | Verbo | |
Pron relativo |
Exemplos:
Observe que há uma relação sintática entre o substantivo anterior e o verbo posterior ao pronome relativo:
Comprei a casa; Assisti ao filme; Falei-lhe do aluno; Vivo pela pessoa.
Próclise: colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) antes do verbo.
No Brasil, pode-se usar próclise em qualquer circunstância, exceto em início de frase. Por exemplo:
Errado | Certo |
Me dê um copo d'água. | Dê-me um copo d'água. |
Se encontre comigo no shopping. | Encontre-se comigo no shopping. |
Nos comunicamos sempre. | Comunicamo-nos sempre. |
prep | mim ti | sem verbo | |
Exemplo | |||
Traga os relatórios | para | mim | |
prep | eu tu | infinitivo com sujeito | |
Exemplo | |||
Traga os relatórios | para | eu | ler |
Ou seja, só se usam os pronomes mim e ti se forem antecedidos de preposição (de mim, para mim, a mim, em mim, por mim, contra mim, sobre mim, etc.) e se não houver verbo exigindo sujeito.
Se houver preposição e verbo no inifinitivo exigindo sujeito, devem-se usar os pronomes eu e tu (para eu fazer, de eu falar...)
Cuidado com os casos especiais:
Ser ou estar | adj | Para ou a | Mim ti | Infinitivo não-flexionado |
VL | PS | -o- | CN | OSSS |
Exemplos | ||||
Está | Difícil | para | mim | Voltar |
É | útil | para | mim | Estudar |
Bastar faltar restar custar | Para ou a | Mim ti | Infinitivo não-flexionado | |
VTI | -o- | OI | OSSS | |
Exemplos | ||||
custou | Para | mim | Aceitar isso | |
basta | para | mim | Ter Teté |
VL= Verbo de ligação; PS= Predicativo do sujeito; CN= Complemento nominal; OSSS= Oração subordinada substantiva subjetiva; VTI= Verbo transitivo indireto; OI= Objeto indireto.
Os pronomes mim e ti podem ser usados antes de verbo no infinitivo quando exercerem a função de objeto indireto ou de complemento nominal.
Só se usa o pronome si em frases em que haja reflexibidade de terceira pessoa (ele, ela, eles, elas, você, vocês, etc.). Ocorre reflexibilidade quando o sujeito pratica uma ação sobre si mesmo. Por exemplo:
Ele só pensa em si próprio.
Cada um por si e Deus por todos!
Existe reflexibilidade de todas as pessoas; cada uma com seu pronome específico. Por exemplo:
Quando voltei a mim, vi minha família toda ao meu redor.
Quando tu voltaste a ti, viste tua família toda ao teu redor.
Quando ele voltou a si, viu sua família toda ao seu redor.
Os complementos de terceira pessoa (ele, ela, eles, elas, você, vocês, etc.) dos verbos transitivos diretos podem ser representados pelos pronomes oblíquos átonos o, a, os, as.
Verbo transitivo direto é aquele que se encaixa na seguinte tabelinha:
Quem ........ , ........ algo/alguém, em que algo/alguém, o complemento do verbo, é denominado de objeto direto. É este elemento que pode ser representado por o, a, os, as. Por exemplo:
Recebi-o em casa, porque Quem recebe, recebe alguém. Este termo (alguém) é o objeto direto, por isso pode ser representado por o, a, os, as:
Recebi-a em casa.
Recebi-os em casa.
Recebi-as em casa.
Os pronomes o, a, os, as possuem as variantes: lo, la, los, las, que se ligam a verbos terminados em R, S ou Z, terminações que desaparecem,
e no, na, nos, nas, que se ligam a verbos terminados em M, ÃO ou ÕE. Por exemplo:
Recebemo-lo em casa, pois recebemos termina em S, que desaparece.
Receberam-no em casa, pois receberam termina em M.
Existem seis orações subordinadas substantivas: subjetiva, predicativa, objetiva direta, objetiva indireta, completiva nominal e apositiva. As objetiva indireta e completiva nominal são semelhantes, pois ambas são iniciadas por preposição. A diferença está no termo que exige a preposição:
- Se a preposição provier de um verbo transitivo indireto, a preposição iniciará uma oração subordinada substantiva objetiva indireta:
- Se a preposição provier de um substantivo abstrato, de um adjetivo ou de um advérbio, ou seja, se provier de um termo que não seja verbo, iniciará uma oração subordinada substantiva completiva nominal:
O vocábulo porque é uma conjunção que possui três valores:
- Conjunção coordenativa explicativa: liga duas orações na segunda das quais se esclarece a idéia contida na primeira. São elas: pois, que, porque, etc.
- Conjunção subordinativa causal: inicia uma oração subordinada denotadora de causa. São elas: porque, porquanto, já que, visto que, se, como (só no início de frase), uma vez que.
- Conjunção subordinativa final: inicia uma oração que indica a finalidade da oração principal. São elas: porque, a fim de que, para que.
Agiu daquela maneira porque o inimigo o visse e se assustasse com sua fúria = Agiu daquela maneira a fim de que o inimigo o visse e se assustasse com sua fúria = Agiu daquela maneira para que o inimigo o visse e se assustasse com sua fúria.
Vinícius de Moraes escreveu os seguintes versos:
"Eu possa me dizer do amor (que tive)
Que não seja imortal posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure".
Determinando o significado dos versos de Vinícius, chegamos à conclusão de que ele pretendia estabelecer uma indicação de causa: o amor não é imortal porque é chama (fogo), ou seja, já que o amor é chama, morre.
O que ocorre, porém, é que a locução posto que não é causal, e sim concessiva, ou seja, inicia uma oração subordinada que exprime oposição ao que é dito na oração principal, não sendo capaz, porém, de anular ou impedir o fato mencionado. As conjunções e as locuções conjuntivas concessivas são as seguintes: embora, conquanto, inobstante, não obstante, apesar de que, se bem que, mesmo que, ainda que, em que pese, por mais que, posto que.
Vinícius se utilizou do que chamamos de licença poética, que é a liberdade que toma o poeta, algumas vezes, de transgredir as normas da poética ou da gramática. Caso ele não se utilizasse dessa prerrogativa e quisesse escrever dentro das normas cultas da Língua Portuguesa, teria de usar uma conjunção (ou uma locução conjuntiva) causal, que são as seguintes: porque, porquanto, já que, visto que, se, como (só no início de frase), uma vez que. Teria, então, de fazer isto, dentre outras possibilidades:
Eu possa me dizer do amor (que tive)
Que não seja imortal visto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Apesar de as duas frases serem muito parecidas, semanticamente, segundo a norma culta da Língua Portuguesa, são completamente diferentes.
- À medida que é uma locução conjuntiva proporcional, que tem o mesmo valor que à
proporção que. Os gramáticos puristas preferem esta àquela, ou seja, os puristas preferem o uso de à proporção que em vez de à medida que.
- Na medida em que é uma locução conjuntiva causal, que tem o mesmo valor que porque, já que, uma vez que, visto que.
As frases apresentadas no início da coluna não são, portanto, equivalentes:
À medida que o tempo passa, envelhecemos = À proporção que o tempo passa, envelhecemos.
Na medida em que o tempo passa, envelhecemos = Envelhecemos porque o tempo passa.
01- Em qual opção não há erro?
A próclise (colocação do pronome oblíquo átono antes do verbo) será obrigatória quanto houver uma palavra atrativa. As palavras atrativas são as seguintes:
- Advérbios;
- Pronomes: relativos, indefinidos, interrogativos e demonstrativos neutros (isto, isso, aquilo). Tudo é pronome indefinido; próclise obrigatória: Tudo se fez como você mandou.
- Conjunções subordinativas: inicia uma oração indicativa de circunstância de causa, concessão, condição, conformidade, tempo ou finalidade. Quando é conjunção subordinativa indicativa de tempo; próclise obrigatória: Quando o recebo em casa, fico feliz.
- A palavra que, a menos que seja conjunção coordenativa aditiva (Ex.: Fala que fala e ninguém o entende) ou conjunção coordenativa explicativa (Ex.: Cuidado, que o piso está escorregadio.)
Outros casos de atração:
- Em frases exclamativas.
- Em frases com a preposição em + gerúndio: Em se tratando disto, podemos contar com ele.
- Em frases com preposição + infinitivo flexionado.
Obs. 1: Jamais pode ocorrer próclise em início de frase: Levantei-me assim que você saiu.
Obs. 2: Quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito e não houver palavra atrativa alguma, ocorre mesóclise (colocação do pronome no meio do verbo: Por este processo, ter-se-iam obtido melhores resultados.
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02- O resultado das combinações: põe + o, reténs + as e deduz + a é:
Verbo transitivo direto (VTD) é aquele que exige complemento sem preposição. Como exemplo, o verbo amar: quem ama, ama algo/alguém. Os complementos dos VTDs podem ser representados pelos pronomes oblíquos átonos o, a, os, as e suas variantes: lo, la, los, las, que se ligam a estruturas verbais terminadas em R, S ou Z (essas terminações desaparecem)
e no, na, nos, nas, que se ligam a estruturas verbais terminadas em M, ÃO ou ÕE.
Põe + o, então, resulta põe-no, já que o verbo termina em ÕE.
Reténs + as resulta retém-las, já que o verbo termina em S.
Deduz + a resulta dedu-la, já que o verbo termina em Z.
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03- Ninguém atinge a perfeição alicerçado na busca de valores materiais, nem mesmo os que consideram tal atitude um privilégio dado pela existência.
Os pronomes destacados no período acima classificam-se, respectivamente, como:
Ninguém: é pronome indefinido, uma vez que representa uma pessoa de modo vago, impreciso.
Os: é pronome demonstrativo, visto que pode ser substituído por outro pronome demonstrativo: ...nem mesmo aqueles que consideram...
Que: é pronome relativo, já que sempre que o termo que estiver após um pronome demonstrativo, será pronome relativo.
Tal: é pronome demonstrativo, visto que pode ser substituído por outro pronome demonstrativo: ...consideram essa atitude um privilégio...
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04- Toda pessoa deve responder pelos compromissos assumidos.
A palavra destacada é:
Pronome substantivo é aquele que substitui um substantivo.
Pronome adjetivo é aquele que acompanha um substantivo.
Na frase Toda pessoa..., o pronome acompanha o substantivo pessoa; é, portanto, pronome adjetivo. Toda é pronome indefinido, uma vez que representa uma pessoa de modo vago, impreciso.
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05- Quando V. Senhoria ..................... que .................. auxilie, basta chamar-me pelo interfone que está sobre a ................... mesa.
Pronome de tratamento é pronome de terceira pessoa. Todos os elementos devem concordar com a terceira pessoa, portanto: Quando V. Senhoria desejar que o auxilie, basta chamar pelo interfone que está sobre a sua mesa.
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06- Em que opção o emprego do pronome não obedece à norma culta brasileira?
Eu ir: usa-se eu quando este pronome exercer a função de sujeito. Para isso, há a necessidade de um verbo que exija sujeito. É o que ocorre na frase: eu é sujeito de ir.
Lhe ouvia as queixas: os pronomes oblíquos átonos podem ter função possessiva: Ninguém ouvia as queixas dele = Ninguém ouvia as suas queixas = Ninguém lhe ouvia as queixas.
Trouxe consigo: os pronomes si e consigo têm uso exclusivamente reflexivo, ou seja, um sujeito de terceira pessoa pratica a ação sobre si mesmo: O vento trouxe consigo
Presente para si: os pronomes si e consigo têm uso exclusivamente reflexivo, ou seja, um sujeito de terceira pessoa pratica a ação sobre si mesmo. Na frase apresentada não ocorre isso, uma vez que o sujeito é nós: Trouxemos um presente para ele (ou ela ou você)
Sem mim: como não há verbo exigindo sujeito, não se usa eu, e sim mim.
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07- Em que opção há erro?
Os termos não, que e nunca são palavras atrativas, pois são, respectivamente, advérbio, conjunção subordinativa integrante e advérbio:
- O ministro não os teve naquela hora.
- Todos queriam que o professor lhe entregasse o livro. Obs.: O sujeito não anula a atração de elemento anterior a si.
- Ele nunca lhe perdoaria aquela omissão.
Quando houver preposição + infinitivo não flexionado, é facultativo o uso de próclise ou de ênclise: Ele estava pronto para salvá-la ou Ele estava pronto para a salvar.
O termo eles não é palavra atrativa, portanto o uso de próclise não é obrigatório; é facultativo o uso de próclise ou de ênclise: Eles terminaram-nas hoje ou Eles as terminaram hoje.
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08- Em que opção há erro?
Verbo transitivo direto (VTD) é aquele que exige complemento sem preposição. Como exemplo, o verbo amar: quem ama, ama algo/alguém. Os complementos dos VTDs podem ser representados pelos pronomes oblíquos átonos o, a, os, as e suas variantes: lo, la, los, las, que se ligam a estruturas verbais terminadas em R, S ou Z (essas terminações desaparecem)
e no, na, nos, nas, que se ligam a estruturas verbais terminadas em M, ÃO ou ÕE.
- defenderam-no, porque defenderam termina em M.
- recebeu-os, porque recebeu termina em vogal.
- di-las, porque o verbo termina em Z.
- dá-las, porque o verbo termina em R.
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09- Em qual opção há erro?
Verbo transitivo indireto é aquele que exige complemento com preposição (a, de, para, por, em...). Como exemplo, o verbo obedecer: quem obedece, obedece a algo/alguém. Os complementos dos VTIs que exigem a preposição a podem ser representados pelos pronomes oblíquos átonos lhe, lhes.
- Dizer: quem diz, diz algo a alguém: Nunca diria mentira a alguém = Nunca diria mentira a ele = Nunca lhe diria mentira.
- Falar: quem fala, fala algo a alguém: Teriam falado algo a meu respeito a alguém? = Teriam falado algo a meu respeito a ele? = Ter-lhe-iam falado a meu respeito?
- Agradar: aquilo que agrada, agrada a alguém: Sei que essa conversa não agrada a alguém = Sei que essa conversa não agrada a ele = Se que essa conversa não lhe agrada.
- Louvar: quem louva, louva algo/alguém. Louvemos alguém. Não é VTI; o pronome lhe, portanto, não pode ser usado. Em seu lugar, deve-se usar o, a, os, as, que funcionam como OD: Louvemo-lo, porque ele o merece. Como o verbo termina em S, esta terminação desaparece, e o pronome o se transforma em lo.
O pronome lhe(s) pode ainda ter função possessiva: só conhecia a fama dele = só conhecia a sua fama = só lhe conhecia a fama.
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10- Em que opção há erro?
Verbo transitivo indireto é aquele que exige complemento com preposição (a, de, para, por, em...). Como exemplo, o verbo obedecer: quem obedece, obedece a algo/alguém. Os complementos dos VTIs que exigem a preposição a podem ser representados pelos pronomes oblíquos átonos lhe, lhes.
- Trazer: aquilo que traz, traz algo a alguém: sempre trará algum benefício a alguém = sempre trará algum benefício a ele = sempre lhe trará algum benefício.
- Significar: aquilo que significa, significa algo a alguém: parece que significou críticas severas a alguém = parece que significou críticas severas a ele = parece que lhe significou críticas severas.
- Querer: quem quer, quer algo a alguém: ninguém quer bem a alguém = ninguém quer bem a ele = ninguém lhe quer bem.
- Agradar: quem agrada, agrada a alguém, no sentido de ser agradável: a falta ao trabalho não agrada a alguém = a falta ao trabalho não agrada a ele = a falta ao trabalho não lhe agrada.
- Achar: quem acha, acha algo: acharam alguém inteligente e alegre. Não é VTI; o pronome lhe, portanto, não pode ser usado. Em seu lugar, deve-se usar o, a, os, as, que funcionam como OD: ...acharam-no inteligente e alegre. Como o verbo termina em M, o pronome o se transforma em no.
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11- Em "O casal de índios levou-os à sua aldeia, que estava deserta, onde ofereceu frutas aos convidados", há o seguinte:
Os: pronome pessoal do caso oblíquo átono que complementa verbo transitivo direto (quem leva, leva alguém).
Sua: pronome possessivo.
Que: pronome relativo: há o substantivo aldeia antes dele e o verbo estar depois dele. Entre eles há relação sintática: a aldeia estava deserta.
Onde: pronome relativo: há o substantivo aldeia antes dele e o verbo oferecer depois dele. Entre eles há relação sintática: ofereceu frutas aos convidados na aldeia. O pronome relativo onde sempre exerce a função sintática de adjunto adverbial de lugar.
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12- Ao comparar diversos rios do mundo com o Amazonas, defendia com azedume e paixão a proeminência ...................... sobre cada um ...................... .
Em uma enumeração de dois elementos, substitui-se o primeiro por aquele(a) e o último por este(a): Ele defendia a proeminência do Amazonas sobre os diversos rios do mundo, portanto Ao comparar diversos rios do mundo com o Amazonas, defendia com azedume e paixão a proeminência deste sobre cada um daqueles.
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13- Em qual opção a palavra onde é pronome relativo?
Onde será pronome relativo quando houver relação de lugar entre o verbo posterior a ele e o substantivo anterior a ele. Para ser pronome relativo, portanto, há de haver um substantivo antecedendo onde: A instituição onde estudarei é a UFMT: estudarei na instituição. Nas outras frases, onde é advérbio em Não sei onde eles estão e em Ele me deixou onde está a catedral e advérbio interrogativo em Onde estás que não respondes? E Pergunto onde ele conheceu esta teoria.
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14- A maxila e os dentes denotavam a decrepitude do burrinho; ................., porém, estavam mais gastos que .................... .
Em uma enumeração de dois elementos, substitui-se o primeiro por aquele(a) e o último por este(a): os dentes estavam mais gastos que a maxila, portanto, A maxila e os dentes denotavam a decrepitude do burrinho; estes, porém, estavam mais gastos que aquela.
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15- Foram divididos ....................... próprios os trabalhos que ...................... em equipe.
Usa-se com nós e com vós no lugar de conosco e convosco quando à frente desses pronomes surgir alguma palavra (mesmos, próprios, alguns, todos, um numeral, um substantivo...) ou expressão (oração subordinada adjetiva...) que indique quem somos nós ou quem sois vós. É o que ocorre na frase apresentada: Foram divididos com nós próprios.
Em locução verbal, o pronome oblíquo átono pode ligar-se ao verbo auxiliar ou ao verbo principal. Se antes do verbo auxiliar houver palavra atrativa, o uso da próclise a ele é possível: os trabalhos que se devem realizar. Se o verbo principal estiver no infinitivo ou no gerúndio, poderá ocorrer ênclise a ele: os trabalhos que devem realizar-se.
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16- Na voz passiva, escreve-se Deu-me as lições sem uma só das intragáveis ternuras, da seguinte forma:
Para passar da voz ativa para a voz passiva, faz-se o seguinte:
- O sujeito da voz ativa se transforma em agente da passiva, que é encabeçado pela preposição por ou de:
- O objeto direto da voz ativa se transforma em sujeito.
- A verbo transitivo direto é acrescido o verbo ser, no mesmo tempo e modo do VTD da ativa, formando locução verbal passiva. O verbo ser passa a concordar com o sujeito da passiva.
- Se houver objeto indireto, ele se mantém o mesmo.
Ele deu-me as lições = as lições me foram dadas por ele.
Deu-me as lições = as lições me foram dadas.
15- Em qual opção há erro no emprego do pronome oblíquo?
Verbo transitivo direto (VTD) é aquele que exige complemento sem preposição. Como exemplo, o verbo amar: quem ama, ama algo/alguém. Os complementos dos VTDs podem ser representados pelos pronomes oblíquos átonos o, a, os, as e suas variantes: lo, la, los, las, que se ligam a verbos terminados em R, S ou Z (essas terminações desaparecem)
e no, na, nos, nas, que se ligam a verbos terminados em M, ÃO ou ÕE.
Verbo transitivo indireto é aquele que exige complemento com preposição (a, de, para, por, em...). Como exemplo, o verbo obedecer: quem obedece, obedece a algo/alguém. Os complementos dos VTIs que egigem a preposição a podem ser representados pelos pronomes oblíquos átonos lhe, lhes.
Conhecer: quem conhece, conhece algo/alguém; é, portanto, VTD; por isso o uso do pronome o.
Prevenir: quem previne, previne alguém; é, portanto, VTD; é terminado em R; por isso o uso da variante lo.
Faltar: aquilo que falta, falta a alguém; é, portanto, VTI que exige a preposição a; por isso o uso do pronome lhe.
Amar: quem ama, ama algo/alguém; é, portanto VTD; por isso o uso do pronome a.
Livrar: quem livra, livra algo/alguém; é, portanto, VTD; está inadequado, então, o uso de lhe; o certo é usar a variante lo(s) ou la(s), já que o verbo termina em R: Farei tudo para livrá-lo desta situação.
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16- Alguém, antes que Pedro o fizesse, teve vontade de falar o que foi dito. Os pronomes em destaque dispõem-se nesta ordem:
Alguém: é pronome indefinido, uma vez que representa uma pessoa de modo vago, impreciso.
O: é pronome demonstrativo, visto que pode ser substituído por outro pronome demonstrativo: antes que Pedro fizesse isso.
O: é pronome demonstrativo, visto que pode ser substituído por outro pronome demonstrativo: teve vontade de falar aquilo.
Que: é pronome relativo, já que sempre que o termo que estiver após um pronome demonstrativo, será pronome relativo.
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17- Na frase Chegou Pedro, Maria e o seu filho dela, o pronome possessivo está reforçado para:
Coloca-se dele(s) ou dela(s) em orações com pronome possessivo para dar clareza à frase, já que em Chegou Pedro, Maria e seu filho não há clareza quanto ao filho ser de Pedro ou de Maria.
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18- Em que opção o pronome pessoal está empregado corretamente?
Só se usa eu e tu na função de sujeito. Para isso é necessária a presença de um verbo exigindo sujeito, por isso devem-se corrigir as seguintes frases: Este é um problema para eu resolver.
- Entre mim e ti não há mais nada;
- A questão deve ser resolvida por mim e você.
Só se usa si em frases em que haja reflexibidade de terceira pessoa. por isso Quando voltei a si está inadequado, já que eu voltei a mim.
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19- Onde há erro quanto ao uso dos pronomes se, si ou consigo?
A única frase que não apresenta reflexibilidade, ou seja, o sujeito de terceira pessoa praticando a ação sobre si mesmo é a última, por isso a correção: Espere um momento, pois tenho de falar com você.
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20- Este inferno de amar – como eu amo! - / Quem mo pôs aqui n'alma ... quem foi? / Esta chama que alenta e consome, / Que é a vida – e que a vida destrói - / Como é que se veio a atear, / Quando / ai quando se há-de apagar? (Almeida Garret)
No texto, os pronomes eu, quem e este são respectivamente
Eu: sempre é pronome pessoal do caso reto.
Quem: em início de frase interrogativa, sempre é pronome interrogativo.
Este: sempre é pronome demonstrativo.
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21- O auxiliar judiciário discutiu ................... mesmos a respeito de possíveis desentendimentos entre .................. e ....................... .
Usa-se com nós e com vós no lugar de conosco e convosco quando à frente desses pronomes surgir alguma palavra (mesmos, próprios, alguns, todos, um numeral, um substantivo...) ou expressão (oração subordinada adjetiva...) que indique quem somos nós ou quem sois vós. É o que ocorre na frase apresentada: discutiu com nós mesmos.
Não há verbo exigindo eu e tu como sujeito; usa-se, portanto, mim e ti.
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22- V. Excelência ................ fazer o que ............. for possível, para que .............. prestígio se mantenha.
Pronome de tratamento é pronome de terceira pessoa. Todos os elementos devem concordar com a terceira pessoa, portanto: V. Excelência deve fazer o que lhe for possível, para que seu prestígio se mantenha.
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23- Traga os relatórios ainda hoje, para .................... com vagar.
Há verbo exigindo sujeito: ler; por isso deve-se usar o pronome eu. O verbo ler é VTD, pois quem lê lê algo. Deve-se usar, então, o pronome o. Como o verbo termina em R, usa-se a variante lo: Traga os relatórios, para eu lê-los.
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24- Os projetos que ................... estão em ordem; ...................... ainda hoje, conforme ..................... .
Próclise: uso do pronome oblíquo átono (me, te, se, o, a, nos, vos, os, as) antes do verbo. Na Língua Portuguesa do Brasil, pode-se usar próclise em qualquer circunstância, menos no início de frase. Na segunda lacuna, portanto, não se deve usar próclise; o certo, então, é devolvê-los-ei.
Usa-se próclise obrigatoriamente quando houver uma palavra atrativa. Exemplos de palavra atrativa: pronome relativo e conjunção subordinativa, aquela que inicia uma oração indicativa de circunstância de causa, concessão, condição, conformidade, tempo ou finalidade. É o que ocorre na frase apresentada: que é pronome relativo, já que indica uma relação sintática entre o substantivo antecedente e o verbo posterior (os projetos estão em ordem), e conforme é conjunção subordinativa conformativa: Os projetos que me enviaram...; conforme lhes prometi.
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25- Quando ................... as provas, ............................ imediatamente.
lLhes entregarem – corrijam
Quando é conjunção subordinativa temporal; próclise, portanto: Quando lhes entregarem.
Não se usa próclise depois de vírgula, a não ser que esta apenas isole um termo na oração; não é o que ocorre na frase apresentada: corrijam-nas.
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26- Qual sentença deve ser corrigida?
Em locução verbal, o pronome oblíquo átono pode ligar-se ao verbo auxiliar ou ao verbo principal.
Se antes do verbo auxiliar houver palavra atrativa, o uso da próclise a ele é possível: o que se deverá.
Se o verbo principal estiver no infinitivo ou no gerúndio, sempre poderá ocorrer próclise a ele: resolver-se; dizer-se.
Quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, ocorrerá mesóclise (pronome átono no meio do verbo: poder-se-á; ou próclise (o
que se deverá dizer); só não pode ocorrer ênclise (pronome átono depois do verbo). É, portanto, errado, poderá-se.
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27- Em qual opção há erro no emprego dos pronomes?
Só se usa o pronome consigo quando houver reflexibilidade de terceira pessoa. Está errado, portanto, Vou estar consigo.
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28- Observe os períodos e aponte os certos:
I- Nunca soubemos quem roubava-nos nas medidas.
II- Pouco se sabe a respeito de novas fontes energéticas.
III- Nada chegava a impressioná-lo na juventude.
IV- Dar-lhe-emos novas oportunidades.
V- Eles apressaram-se a convidar-nos para a festa.
I- Errado, pois quem, pronome relativo indefinido, é palavra atrativa: quem nos roubava.
II- Certo, pois pouco, pronome indefinido,
é palavra atrativa.
III- Certo, pois sempre se pode usar ênclise diante de verbo no infinitivo não flexionado.
IV- Certo, pois o verbo está no futuro do presente em início de frase.
V- Certo, pois eles, pronome pessoal do caso reto, não é palavra atrativa.
07- Estamos certos de que V. Exa. __________ merecedor da consideração que _________ dispensam ___________ funcionários.
V. Exa. é a abreviação do pronome de tratamento Vossa Excelência. Pronome de tratamento é o modo cerimonioso como se trata determinadas pessoas. Por exemplo: cidadãos importantes na sociedade, principalmente em linguagem comercial, devem ser tratados de Vossa Senhoria; políticos e ministros de estado: Vossa Excelência; reitores de universidade: Vossa Magnificência; príncipes: Vossa Alteza; reis: Vossa Majestade; o papa: Vossa Santidade; Deus: Vossa Onipotência.
Usa-se Vossa ..., quando se fala com a pessoa e Sua ..., quando se fala da pessoa. Por exemplo: Presidente, quando Vossa Excelência se encontrar com Sua Santidade, o protocolo deve ser seguido à risca. Nessa frase, usa-se Vossa Excelência porque o interlocutor está conversando com o Presidente; e usa-se Sua Santidade porque fala do Papa.
Todo pronome de tratamento representa a terceira pessoa, portanto todos os termos que se referem ao pronome de tratamento devem concordar na terceira pessoa: verbos, pronomes, etc.
A frase adequada, portanto, é a seguinte: Estamos certos de que V. Exa. é merecedor da consideração que lhe dispensam seus funcionários.
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08- Qual a opção inadequada?
Todo pronome de tratamento representa a terceira pessoa, portanto todos os termos que se referem ao pronome de tratamento devem concordar na terceira pessoa: verbos, pronomes, etc.
A frase inadequada, portanto, é a seguinte: Reiteramos nosso apreço a Vossa Senhoria e vossos subordinados. O pronome possessivo de terceira pessoa é seu(s), sua(s). A frase, então, tem de ser assim corrigida: Reiteramos nosso apreço a Vossa Senhoria e seus subordinados.
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09- Qual a opção com erro?
- o, a, os, as: verbo transitivo direto é aquele que exige complemento não preposicionado, denominado de objeto direto. Por exemplo, o verbo amar: quem ama, ama, algo/alguém. O objeto direto será representado por o, a, os, as quando for de terceira pessoa: Não o entendia naquela confusão: Quem entende, entende algo/alguém. Os pronomes o, a, os, as podem ser substituídos por variantes:
- no, na, nos, nas: quando o verbo terminar em M, ÃO ou ÕE, usa-se no, na, nos, nas no lugar de o, a, os, as. Por exemplo:
As motos estavam à venda; eles compraram-nas por pouco dinheiro;
Eles oferecem os brindes e dão-nos só aos amigos;
Eles pegam os sapatos e põe-nos.
- lo, la, los, las: quando o verbo transitivo direto terminar em R, S ou Z, usa-se lo, la, los, las no lugar de o, a, os, as. As terminações R, S, Z desaparecem. Por exemplo:
Vou escrever a música e cantá-la a vocês;
Essa música, tu canta-la?;
O padre pega as crianças com seu carro e condu-las até a igreja;
Não consegui entendê-lo.
- Eu / tu: usam-se esses pronomes somente quando exercerem a função de sujeito: É para eu fiscalizar aqueles volumes.
- Mim / ti: usam-se esses pronomes quando não exercerem a função de sujeito:
Tudo ficou esclarecido entre mim e ti.
Esses pronomes (mim / ti) podem ser usados antes de verbo no infinitivo, caso exerçam a função de complemento de verbo transitivo indireto (custar para ou a alguém; bastar para ou a alguém; restar para ou a alguém; faltar para ou a alguém) ou a função de complemento de adjetivo que acompanha verbo de ligação (ser ou estar, principalmente):
Custou para mim aceitar a situação;
Basta para mim ter você ao meu lado;
Resta para mim pagar as dívidas;
Falta para mim trazer alguns documentos.
- Sujeito acusativo: quando um verbo no infinitivo ou no gerúndio tiver a ação dependente de verbo causativo (fazer, mandar, deixar, etc.) ou de verbo sensitivo (ver, ouvir, sentir, etc.), seu sujeito será denominado de sujeito acusativo. Este poderá ser representado por um substantivo ou por um pronome oblíquo átono (me, te, se, o, a, nos, vos, os, as), dentre outros. Jamais o sujeito acusativo pode ser representado por um pronome do caso reto (eu, tu, ele...):
Por favor, mande-o entrar e sentar-se;
Fizeram-no esperar demais hoje.
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10- Complete as lacunas:
Usa-se eu somente quando exercer a função de sujeito. Se não houver verbo exigindo sujeito, obviamente não se pode usar eu:
De repente, deu um livro para mim;
Nada mais há entre mim e você;
Sempre houve entendimento entre mim e ti.
- si e consigo: pronomes que só podem ser usados reflexivamente, ou seja, somente quando o sujeito praticar a ação sobre si mesmo. Devem-se analisar os elementos identificadores do interlocutor; se este for tu, usa-se contigo; se for você, usa-se consigo caso haja reflexibilidade, e usa-se com você se não a houver. O verbo esperar, na forma espere, identifica o interlocutor: você; não há reflexibilidade, portanto, deve-se usar com você: José, espere. Vou com você.
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11- Vossa Excelência ...................... que eu ......................... traga ..................... jornal?
Todo pronome de tratamento representa a terceira pessoa, portanto todos os termos que se referem ao pronome de tratamento devem concordar na terceira pessoa: verbos, pronomes, etc. A frase adequada, portanto, é a seguinte: Vossa Excelência quer que eu lhe traga seu jornal?
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12- Onde há erro no uso do pronome de tratamento?
Cidadãos importantes na sociedade, principalmente em linguagem comercial, devem ser tratados de Vossa Senhoria; políticos e ministros de estado: Vossa Excelência; reitores de universidade: Vossa Magnificência; príncipes: Vossa Alteza; reis: Vossa Majestade; o papa: Vossa Santidade; Deus: Vossa Onipotência.
Usa-se Vossa ..., quando se fala com a pessoa e Sua ..., quando se fala da pessoa. Por exemplo: Presidente, quando Vossa Excelência se encontrar com Sua Santidade, o protocolo deve ser seguido à risca.
O erro encontra-se na frase 4. Corrigindo-a: Sua Santidade, o Papa Paulo VI, assistiu à solenidade.
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13- Em qual opção a palavra certo é pronome indefinido?
Classes gramaticais de certo:
- adjetivo: usado depois do substantivo: rapaz certo; conceito certo.
- pronome indefinido: usado antes do substantivo: certo rapaz.
- advérbio: significa certamente ou de maneira exata: certo (= certamente) perdeste o juízo.
- substantivo: antecedido de artigo; significa coisa certa: Não deixe o certo pelo errado.
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14- Se é para ................ (eu / mim) dizer o que penso, creio que a escolha se dará entre ................... (mim e ti / mim e tu / eu e tu / eu e ti)
Usa-se eu e tu somente quando exercerem a função de sujeito. Se não houver verbo exigindo sujeito, obviamente não se pode usar eu nem tu: Se é para eu dizer o que penso, creio que a escolha se dará entre mim e ti.
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- Eu / tu: usam-se esses pronomes somente quando exercerem a função de sujeito. Por exemplo:
- Mim / ti: usam-se esses pronomes quando não exercerem a função de sujeito. Por exemplo:
Esses pronomes (mim / ti) podem ser usados antes de verbo no infinitivo, caso exerçam a função de complemento de um destes verbos transitivos indiretos: custar, bastar, faltar, restar (custar para ou a alguém; bastar para ou a alguém; restar para ou a alguém; faltar para ou a alguém) ou a função de complemento de adjetivo que acompanha verbo de ligação (ser ou estar, principalmente). Por exemplo:
Pronomes oblíquos átonos que representam complementos verbal e nominal encabeçados pela preposição a - ou pela preposição para - exigida por verbo transitivo indireto, aquele que exige complemento preposicionado (Ex.: obedecer a algo/alguém), por substantivo abstrato (Ex.: ter respeito a algo/alguém) ou por adjetivo (Ex.: ser favorável a algo/alguém). Por exemplo:
Representam também elementos encabeçados pela preposição de em indicação de posse (algo de alguém). Por exemplo:
01- Em qual opção não há erro no emprego do pronome?
- Sujeito acusativo: quando um verbo no infinitivo ou no gerúndio tiver a ação dependente de verbo causativo (fazer, mandar, deixar, etc.) ou de verbo sensitivo (ver, ouvir, sentir, etc.), seu sujeito será denominado de sujeito acusativo. Este poderá ser representado por um substantivo ou por um pronome oblíquo átono (me, te, se, o, a, nos, vos, os, as), dentre outros. Jamais o sujeito acusativo pode ser representado por um pronome do caso reto (eu, tu, ele...): O diretor mandou-me entrar na sala.
- si, consigo: esses pronomes são sempre reflexivos ou recíprocos, ou seja, só podem ser usados se o sujeito praticar a ação sobre si mesmo (reflexivo) ou quando o sujeito estiver no plural e representar ação recíproca: Ele só sabe elogiar a si mesmo; Após a prova, os candidatos conversaram entre si. Não sendo reflexivo nem recíproco, deve-se usar com você(s), com ele(s), com ela(s): Preciso falar com você o mais rápido possível.
- lhe, lhes: pronomes oblíquos átonos que representam complementos verbal e nominal encabeçados pela preposição a exigida por verbo transitivo indireto, aquele que exige complemento preposicionado (Ex.: obedecer a algo/alguém), por substantivo abstrato (Ex.: ter respeito a algo/alguém) ou por adjetivo (Ex.: ser favorável a algo/alguém): Aos regulamentos, obedeço-lhes; Tenho-lhe respeito; Sou-lhe favorável.
Representam também elementos encabeçados pela preposição de em indicação de posse (algo de alguém): Cortaram-lhe os cabelos = Cortaram os cabelos dele = Cortaram os seus cabelos.
- o, a, os, as: se o verbo for transitivo direto, aquele que exige complemento não preposicionado, este não será representado por lhe, lhes, e sim por o, a, os, as: Cumprimentei-o assim que cheguei: Quem cumprimenta, cumprimenta alguém.
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02- Em qual opção houve erro no emprego do pronome?
- Eu / tu: usam-se esses pronomes somente quando exercerem a função de sujeito: Ele entregou um texto para eu corrigir; Isto é para eu fazer agora.
- Mim / ti: usam-se esses pronomes quando não exercerem a função de sujeito: Para mim, a leitura está fácil; Não saia sem mim; Entre mim e ele há uma grande diferença.
Esses pronomes (mim / ti) podem ser usados antes de verbo no infinitivo, caso exerçam a função de complemento de verbo transitivo indireto (custar para ou a alguém; bastar para ou a alguém; restar para ou a alguém; faltar para ou a alguém) ou a função de complemento de adjetivo que acompanha verbo de ligação (ser ou estar, principalmente): Custou para mim aceitar a situação; Basta para mim ter você ao meu lado; Resta para mim pagar as dívidas; Falta para mim trazer alguns documentos.
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03- Em qual opção não pode haver próclise?
Na Língua Portuguesa a próclise (uso do pronome oblíquo átono antes do verbo) só não pode ocorrer em início de frase. É, portanto, inadequada a próclise em Meus amigos, se apresentem em posição de sentido. A função de vocativo, por ser isolada por vírgula, não anula a próclise, e a expressão Meus amigos exerce tal função: Não te entristeça; Deus o favoreça; Espero que se faça justiça; Meus amigos, apresentem-se em posição de sentido; Ninguém se faça de rogado.
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04- Em qual opção não há pronome relativo?
Os pronomes relativos (que, quem, qual, onde, quanto e cujo) estabelecem uma relação sintática entre o substantivo anterior a eles (ou pronome substantivo) e o verbo posterior a eles. É, portanto, obrigatória a presença de um substantivo (ou de pronome substantivo) imediatamente antes do pronome relativo, podendo haver entre eles somente uma preposição ou uma locução prepositiva. Na frase Temos que estudar mais, o termo que não é pronome relativo por não haver um substantivo nem um pronome substantivo antes dele. Esse que não é considerado recomendável, apesar de ser bastante usado no Brasil. O mais recomendável é que se use ter de: Temos de estudar mais. O termo que, então, por estar no lugar da preposição de, funciona como preposição.
Em todas as outras frases há relação sintática entre o substantivo e o verbo: A estrada por que passei é estreita: eu passei pela estrada; A prova que faço não é difícil: a prova não é difícil; A festa a que assisti foi ótima: a festa foi ótima. Em O que queres não está aqui, o termo o é pronome demonstrativo, pois pode ser substituído por aquilo. Sempre que houver pronome demonstrativo antes de que, este será pronome relativo. O que, isso que, isto que, aquilo que, aquele que, aquela que...
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05- Em quais opções que é pronome relativo?
Conheci que (1) Madalena era boa em demasia. A culpa foi desta vida agreste que (2) me deu uma alma agreste. Procuro recordar o que (3) dizíamos. Terá realmente piado a coruja? Será a mesma que (4) piava há dois anos? Esqueço que (5) eles me deixaram e que (6) esta casa está quase deserta.
Nas opções (1), (5) e (6), não há substantivo nem pronome substantivo antes de que; não é, portanto pronome relativo em nenhuma delas.
Nas opções (2), (3) e (4):
(2): "... vida agreste que me deu uma alma agreste": Há relação sintática entre o substantivo anterior (vida) e o verbo dar: a vida agreste me deu uma alma agreste.
(3): "... o que dizíamos" = dizíamos aquilo. Sempre que houver pronome demonstrativo antes de que, este será pronome relativo.
(4): "... a mesma que piava...": mesma é um pronome demonstrativo de reforço = aquela que piava. Sempre que houver pronome demonstrativo antes de que, este será pronome relativo.
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06- Em qual opção a palavra destacada é pronome?
Quando o que estiver antecedido de substantivo que tem relação sintática com o verbo posterior, será pronome relativo. Portanto, em O homem que chegou é meu amigo, que é pronome relativo: o homem chegou.
- quê: é substantivo, por significa alguma coisa, qualquer coisa. Quando tiver esse significado, além de ser precedido do artigo indefinido um, é acentuado: um quê.
- é que: é partícula expletiva. Quando estiver antecedido do verbo ser no singular, sem sujeito expresso, pode ser partícula expletiva. Será isso quando a expressão é que puder ser eliminada da oração sem prejuízo semântico a ela: Ele disse isso. A partícula expletiva pode ser representada somente pelo que: Ele que disse isso.
- conjunção integrante: Quando o que iniciar oração que exerce a função de sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo e complemento nominal, sempre será denominado de conjunção integrante. O mesmo acontece com o se: Importa que compareçamos: o verbo importar é intransitivo, pois aquilo que importa, importa. Para se encontrar seu sujeito, pergunta-se que é que importa? Resposta: que compareçamos. Esse é o sujeito de importar; é uma oração que funciona como sujeito, cujo nome é oração subordinada substantiva subjetiva. O que é, portanto, conjunção integrante.