15- Em qual opção há erro no emprego do pronome oblíquo?
- Eu o conheço muito bem.
- Devemos preveni-lo do perigo.
- Faltava-lhe experiência.
- A mãe amava-a muito.
- Farei tudo para livrar-lhe desta situação.
Verbo transitivo direto (VTD) é aquele que exige complemento sem preposição. Como exemplo, o verbo amar: quem ama, ama algo/alguém. Os complementos dos VTDs podem ser representados pelos pronomes oblíquos átonos o, a, os, as e suas variantes: lo, la, los, las, que se ligam a verbos terminados em R, S ou Z (essas terminações desaparecem)
e no, na, nos, nas, que se ligam a verbos terminados em M, ÃO ou ÕE.
Verbo transitivo indireto é aquele que exige complemento com preposição (a, de, para, por, em...). Como exemplo, o verbo obedecer: quem obedece, obedece a algo/alguém. Os complementos dos VTIs que egigem a preposição a podem ser representados pelos pronomes oblíquos átonos lhe, lhes.
Conhecer: quem conhece, conhece algo/alguém; é, portanto, VTD; por isso o uso do pronome o.
Prevenir: quem previne, previne alguém; é, portanto, VTD; é terminado em R; por isso o uso da variante lo.
Faltar: aquilo que falta, falta a alguém; é, portanto, VTI que exige a preposição a; por isso o uso do pronome lhe.
Amar: quem ama, ama algo/alguém; é, portanto VTD; por isso o uso do pronome a.
Livrar: quem livra, livra algo/alguém; é, portanto, VTD; está inadequado, então, o uso de lhe; o certo é usar a variante lo(s) ou la(s), já que o verbo termina em R: Farei tudo para livrá-lo desta situação.
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16- Alguém, antes que Pedro o fizesse, teve vontade de falar o que foi dito. Os pronomes em destaque dispõem-se nesta ordem:
- De tratamento, pessoal, oblíquo, demonstrativo.
- Indefinido, relativo, pessoal, relativo.
- Demonstrativo, relativo, pessoal, indefinido.
- Indefinido, relativo, demonstrativo, relativo.
- Indefinido, demonstrativo, demonstrativo, relativo.
Alguém: é pronome indefinido, uma vez que representa uma pessoa de modo vago, impreciso.
O: é pronome demonstrativo, visto que pode ser substituído por outro pronome demonstrativo: antes que Pedro fizesse isso.
O: é pronome demonstrativo, visto que pode ser substituído por outro pronome demonstrativo: teve vontade de falar aquilo.
Que: é pronome relativo, já que sempre que o termo que estiver após um pronome demonstrativo, será pronome relativo.
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17- Na frase Chegou Pedro, Maria e o seu filho dela, o pronome possessivo está reforçado para:
- Ênfase
- Elegância de estilo
- Figura de harmonia
- Clareza
- Concessão
Coloca-se dele(s) ou dela(s) em orações com pronome possessivo para dar clareza à frase, já que em Chegou Pedro, Maria e seu filho não há clareza quanto ao filho ser de Pedro ou de Maria.
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18- Em que opção o pronome pessoal está empregado corretamente?
- Este é um problema para mim resolver.
- Entre eu e tu não há mais nada.
- A questão deve ser resolvida por eu e você.
- Para mim, viajar de avião é um suplício.
- Quanto voltei a si, não sabia onde me encontrava.
Só se usa eu e tu na função de sujeito. Para isso é necessária a presença de um verbo exigindo sujeito, por isso devem-se corrigir as seguintes frases: Este é um problema para eu resolver.
- Entre mim e ti não há mais nada;
- A questão deve ser resolvida por mim e você.
Só se usa si em frases em que haja reflexibidade de terceira pessoa. por isso Quando voltei a si está inadequado, já que eu voltei a mim.
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19- Onde há erro quanto ao uso dos pronomes se, si ou consigo?
- Feriu-se quando brincava com o revólver e o virou para si.
- Ele só cuida de si.
- Quando V. Sa. Vier, traga consigo a informação pedida.
- Ele se arroga o direito de vetar tais artigos.
- Espere um momento, pois tenho de falar consigo.
A única frase que não apresenta reflexibilidade, ou seja, o sujeito de terceira pessoa praticando a ação sobre si mesmo é a última, por isso a correção: Espere um momento, pois tenho de falar com você.
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20- Este inferno de amar – como eu amo! - / Quem mo pôs aqui n'alma ... quem foi? / Esta chama que alenta e consome, / Que é a vida – e que a vida destrói - / Como é que se veio a atear, / Quando / ai quando se há-de apagar? (Almeida Garret)
No texto, os pronomes eu, quem e este são respectivamente
- Indefinido – pessoal – indefinido
- Pessoal – interrogativo – demonstrativo
- Pessoal – indefinido – demonstrativo
- Interrogativo – pessoal – indefinido
- Indefinido – pessoal – interrogativo
Eu: sempre é pronome pessoal do caso reto.
Quem: em início de frase interrogativa, sempre é pronome interrogativo.
Este: sempre é pronome demonstrativo.
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21- O auxiliar judiciário discutiu ................... mesmos a respeito de possíveis desentendimentos entre .................. e ....................... .
- Conosco – eu – ti
- Com nós – mim – tu
- Com nós – mim – ti
- Conosco – eu – tu
- Conosco – mim – ti
Usa-se com nós e com vós no lugar de conosco e convosco quando à frente desses pronomes surgir alguma palavra (mesmos, próprios, alguns, todos, um numeral, um substantivo...) ou expressão (oração subordinada adjetiva...) que indique quem somos nós ou quem sois vós. É o que ocorre na frase apresentada: discutiu com nós mesmos.
Não há verbo exigindo eu e tu como sujeito; usa-se, portanto, mim e ti.
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22- V. Excelência ................ fazer o que ............. for possível, para que .............. prestígio se mantenha.
- Deveis – vos – vosso
- Deveis – lhe – seu
- Deveis – lhe – vosso
- Deve – vos – seu
- Deve – lhe – seu
Pronome de tratamento é pronome de terceira pessoa. Todos os elementos devem concordar com a terceira pessoa, portanto: V. Excelência deve fazer o que lhe for possível, para que seu prestígio se mantenha.
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23- Traga os relatórios ainda hoje, para .................... com vagar.
- eu lê-los
- mim ler-los
- mim lê-los
- mim ler-lhes
- eu ler-los
Há verbo exigindo sujeito: ler; por isso deve-se usar o pronome eu. O verbo ler é VTD, pois quem lê lê algo. Deve-se usar, então, o pronome o. Como o verbo termina em R, usa-se a variante lo: Traga os relatórios, para eu lê-los.
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24- Os projetos que ................... estão em ordem; ...................... ainda hoje, conforme ..................... .
- enviaram-me – devolvê-los-ei – lhes prometi.
- enviaram-me – os devolverei – lhes prometi.
- enviaram-me – os devolverei – prometi-lhes.
- me enviaram – os devolverei – prometi-lhes.
- me enviaram – devolvê-los-ei – lhes prometi.
Próclise: uso do pronome oblíquo átono (me, te, se, o, a, nos, vos, os, as) antes do verbo. Na Língua Portuguesa do Brasil, pode-se usar próclise em qualquer circunstância, menos no início de frase. Na segunda lacuna, portanto, não se deve usar próclise; o certo, então, é devolvê-los-ei.
Usa-se próclise obrigatoriamente quando houver uma palavra atrativa. Exemplos de palavra atrativa: pronome relativo e conjunção subordinativa, aquela que inicia uma oração indicativa de circunstância de causa, concessão, condição, conformidade, tempo ou finalidade. É o que ocorre na frase apresentada: que é pronome relativo, já que indica uma relação sintática entre o substantivo antecedente e o verbo posterior (os projetos estão em ordem), e conforme é conjunção subordinativa conformativa: Os projetos que me enviaram...; conforme lhes prometi.
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25- Quando ................... as provas, ............................ imediatamente.
- lhes entregarem – corrijam-nas
lLhes entregarem – corrijam
- lhes entregarem – corrijam-nas
- entregarem-lhes – corrijam-as
- entregarem-lhes – as corrijam
Quando é conjunção subordinativa temporal; próclise, portanto: Quando lhes entregarem.
Não se usa próclise depois de vírgula, a não ser que esta apenas isole um termo na oração; não é o que ocorre na frase apresentada: corrijam-nas.
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26- Qual sentença deve ser corrigida?
- Poderá resolver-se o caso imediatamente.
- Sabes o que se deverá dizer ao professor?
- Poder-se-á resolver o caso imediatamente.
- Sabe o que deverá dizer-se ao professor?
- Poderá-se resolver o caso imediatamente.
Em locução verbal, o pronome oblíquo átono pode ligar-se ao verbo auxiliar ou ao verbo principal.
Se antes do verbo auxiliar houver palavra atrativa, o uso da próclise a ele é possível: o que se deverá.
Se o verbo principal estiver no infinitivo ou no gerúndio, sempre poderá ocorrer próclise a ele: resolver-se; dizer-se.
Quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, ocorrerá mesóclise (pronome átono no meio do verbo: poder-se-á; ou próclise (o
que se deverá dizer); só não pode ocorrer ênclise (pronome átono depois do verbo). É, portanto, errado, poderá-se.
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27- Em qual opção há erro no emprego dos pronomes?
- Vossa Excelência e seus convidados.
- Mandou-me embora mais cedo.
- Vou estar consigo amanhã.
- Vós e vossa família estais convidados para a festa.
- Deixei-o encarregado da turma.
Só se usa o pronome consigo quando houver reflexibilidade de terceira pessoa. Está errado, portanto, Vou estar consigo.
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28- Observe os períodos e aponte os certos:
I- Nunca soubemos quem roubava-nos nas medidas.
II- Pouco se sabe a respeito de novas fontes energéticas.
III- Nada chegava a impressioná-lo na juventude.
IV- Dar-lhe-emos novas oportunidades.
V- Eles apressaram-se a convidar-nos para a festa.
I- Errado, pois quem, pronome relativo indefinido, é palavra atrativa: quem nos roubava.
II- Certo, pois pouco, pronome indefinido,
é palavra atrativa.
III- Certo, pois sempre se pode usar ênclise diante de verbo no infinitivo não flexionado.
IV- Certo, pois o verbo está no futuro do presente em início de frase.
V- Certo, pois eles, pronome pessoal do caso reto, não é palavra atrativa.
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