quarta-feira, 11 de junho de 2008

Maxivest II (de 15 a 28)

15- Em qual opção há erro no emprego do pronome oblíquo?

  • Eu o conheço muito bem.
  • Devemos preveni-lo do perigo.
  • Faltava-lhe experiência.
  • A mãe amava-a muito.
  • Farei tudo para livrar-lhe desta situação.

Verbo transitivo direto (VTD) é aquele que exige complemento sem preposição. Como exemplo, o verbo amar: quem ama, ama algo/alguém. Os complementos dos VTDs podem ser representados pelos pronomes oblíquos átonos o, a, os, as e suas variantes: lo, la, los, las, que se ligam a verbos terminados em R, S ou Z (essas terminações desaparecem)
e no, na, nos, nas, que se ligam a verbos terminados em M, ÃO ou ÕE.

Verbo transitivo indireto é aquele que exige complemento com preposição (a, de, para, por, em...). Como exemplo, o verbo obedecer: quem obedece, obedece a algo/alguém. Os complementos dos VTIs que egigem a preposição a podem ser representados pelos pronomes oblíquos átonos lhe, lhes.

Conhecer: quem conhece, conhece algo/alguém; é, portanto, VTD; por isso o uso do pronome o.

Prevenir: quem previne, previne alguém; é, portanto, VTD; é terminado em R; por isso o uso da variante lo.

Faltar: aquilo que falta, falta a alguém; é, portanto, VTI que exige a preposição a; por isso o uso do pronome lhe.

Amar: quem ama, ama algo/alguém; é, portanto VTD; por isso o uso do pronome a.

Livrar: quem livra, livra algo/alguém; é, portanto, VTD; está inadequado, então, o uso de lhe; o certo é usar a variante lo(s) ou la(s), já que o verbo termina em R: Farei tudo para livrá-lo desta situação.

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16- Alguém, antes que Pedro o fizesse, teve vontade de falar o que foi dito. Os pronomes em destaque dispõem-se nesta ordem:

  • De tratamento, pessoal, oblíquo, demonstrativo.
  • Indefinido, relativo, pessoal, relativo.
  • Demonstrativo, relativo, pessoal, indefinido.
  • Indefinido, relativo, demonstrativo, relativo.
  • Indefinido, demonstrativo, demonstrativo, relativo.

Alguém: é pronome indefinido, uma vez que representa uma pessoa de modo vago, impreciso.

O: é pronome demonstrativo, visto que pode ser substituído por outro pronome demonstrativo: antes que Pedro fizesse isso.

O: é pronome demonstrativo, visto que pode ser substituído por outro pronome demonstrativo: teve vontade de falar aquilo.

Que: é pronome relativo, já que sempre que o termo que estiver após um pronome demonstrativo, será pronome relativo.

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17- Na frase Chegou Pedro, Maria e o seu filho dela, o pronome possessivo está reforçado para:

  • Ênfase
  • Elegância de estilo
  • Figura de harmonia
  • Clareza
  • Concessão

Coloca-se dele(s) ou dela(s) em orações com pronome possessivo para dar clareza à frase, já que em Chegou Pedro, Maria e seu filho não há clareza quanto ao filho ser de Pedro ou de Maria.

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18- Em que opção o pronome pessoal está empregado corretamente?

  • Este é um problema para mim resolver.
  • Entre eu e tu não há mais nada.
  • A questão deve ser resolvida por eu e você.
  • Para mim, viajar de avião é um suplício.
  • Quanto voltei a si, não sabia onde me encontrava.

Só se usa eu e tu na função de sujeito. Para isso é necessária a presença de um verbo exigindo sujeito, por isso devem-se corrigir as seguintes frases: Este é um problema para eu resolver.

- Entre mim e ti não há mais nada;

- A questão deve ser resolvida por mim e você.

Só se usa si em frases em que haja reflexibidade de terceira pessoa. por isso Quando voltei a si está inadequado, já que eu voltei a mim.

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19- Onde há erro quanto ao uso dos pronomes se, si ou consigo?

  • Feriu-se quando brincava com o revólver e o virou para si.
  • Ele só cuida de si.
  • Quando V. Sa. Vier, traga consigo a informação pedida.
  • Ele se arroga o direito de vetar tais artigos.
  • Espere um momento, pois tenho de falar consigo.

A única frase que não apresenta reflexibilidade, ou seja, o sujeito de terceira pessoa praticando a ação sobre si mesmo é a última, por isso a correção: Espere um momento, pois tenho de falar com você.

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20- Este inferno de amar – como eu amo! - / Quem mo pôs aqui n'alma ... quem foi? / Esta chama que alenta e consome, / Que é a vida – e que a vida destrói - / Como é que se veio a atear, / Quando / ai quando se há-de apagar? (Almeida Garret)

No texto, os pronomes eu, quem e este são respectivamente

  • Indefinido – pessoal – indefinido
  • Pessoal – interrogativo – demonstrativo
  • Pessoal – indefinido – demonstrativo
  • Interrogativo – pessoal – indefinido
  • Indefinido – pessoal – interrogativo

Eu: sempre é pronome pessoal do caso reto.

Quem: em início de frase interrogativa, sempre é pronome interrogativo.

Este: sempre é pronome demonstrativo.

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21- O auxiliar judiciário discutiu ................... mesmos a respeito de possíveis desentendimentos entre .................. e ....................... .

  • Conosco – eu – ti
  • Com nós – mim – tu
  • Com nós – mim – ti
  • Conosco – eu – tu
  • Conosco – mim – ti

Usa-se com nós e com vós no lugar de conosco e convosco quando à frente desses pronomes surgir alguma palavra (mesmos, próprios, alguns, todos, um numeral, um substantivo...) ou expressão (oração subordinada adjetiva...) que indique quem somos nós ou quem sois vós. É o que ocorre na frase apresentada: discutiu com nós mesmos.

Não há verbo exigindo eu e tu como sujeito; usa-se, portanto, mim e ti.

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22- V. Excelência ................ fazer o que ............. for possível, para que .............. prestígio se mantenha.

  • Deveis – vos – vosso
  • Deveis – lhe – seu
  • Deveis – lhe – vosso
  • Deve – vos – seu
  • Deve – lhe – seu

Pronome de tratamento é pronome de terceira pessoa. Todos os elementos devem concordar com a terceira pessoa, portanto: V. Excelência deve fazer o que lhe for possível, para que seu prestígio se mantenha.

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23- Traga os relatórios ainda hoje, para .................... com vagar.

  • eu lê-los
  • mim ler-los
  • mim lê-los
  • mim ler-lhes
  • eu ler-los

Há verbo exigindo sujeito: ler; por isso deve-se usar o pronome eu. O verbo ler é VTD, pois quem lê lê algo. Deve-se usar, então, o pronome o. Como o verbo termina em R, usa-se a variante lo: Traga os relatórios, para eu lê-los.

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24- Os projetos que ................... estão em ordem; ...................... ainda hoje, conforme ..................... .

  • enviaram-me – devolvê-los-ei – lhes prometi.
  • enviaram-me – os devolverei – lhes prometi.
  • enviaram-me – os devolverei – prometi-lhes.
  • me enviaram – os devolverei – prometi-lhes.
  • me enviaram – devolvê-los-ei – lhes prometi.

Próclise: uso do pronome oblíquo átono (me, te, se, o, a, nos, vos, os, as) antes do verbo. Na Língua Portuguesa do Brasil, pode-se usar próclise em qualquer circunstância, menos no início de frase. Na segunda lacuna, portanto, não se deve usar próclise; o certo, então, é devolvê-los-ei.

Usa-se próclise obrigatoriamente quando houver uma palavra atrativa. Exemplos de palavra atrativa: pronome relativo e conjunção subordinativa, aquela que inicia uma oração indicativa de circunstância de causa, concessão, condição, conformidade, tempo ou finalidade. É o que ocorre na frase apresentada: que é pronome relativo, já que indica uma relação sintática entre o substantivo antecedente e o verbo posterior (os projetos estão em ordem), e conforme é conjunção subordinativa conformativa: Os projetos que me enviaram...; conforme lhes prometi.

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25- Quando ................... as provas, ............................ imediatamente.

  • lhes entregarem – corrijam-nas

    lLhes entregarem – corrijam

  • lhes entregarem – corrijam-nas
  • entregarem-lhes – corrijam-as
  • entregarem-lhes – as corrijam

Quando é conjunção subordinativa temporal; próclise, portanto: Quando lhes entregarem.

Não se usa próclise depois de vírgula, a não ser que esta apenas isole um termo na oração; não é o que ocorre na frase apresentada: corrijam-nas.

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26- Qual sentença deve ser corrigida?

  • Poderá resolver-se o caso imediatamente.
  • Sabes o que se deverá dizer ao professor?
  • Poder-se-á resolver o caso imediatamente.
  • Sabe o que deverá dizer-se ao professor?
  • Poderá-se resolver o caso imediatamente.

Em locução verbal, o pronome oblíquo átono pode ligar-se ao verbo auxiliar ou ao verbo principal.

Se antes do verbo auxiliar houver palavra atrativa, o uso da próclise a ele é possível: o que se deverá.

Se o verbo principal estiver no infinitivo ou no gerúndio, sempre poderá ocorrer próclise a ele: resolver-se; dizer-se.

Quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, ocorrerá mesóclise (pronome átono no meio do verbo: poder-se-á; ou próclise (o
que se deverá dizer); só não pode ocorrer ênclise (pronome átono depois do verbo). É, portanto, errado, poderá-se.

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27- Em qual opção há erro no emprego dos pronomes?

  • Vossa Excelência e seus convidados.
  • Mandou-me embora mais cedo.
  • Vou estar consigo amanhã.
  • Vós e vossa família estais convidados para a festa.
  • Deixei-o encarregado da turma.

Só se usa o pronome consigo quando houver reflexibilidade de terceira pessoa. Está errado, portanto, Vou estar consigo.

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28- Observe os períodos e aponte os certos:

I- Nunca soubemos quem roubava-nos nas medidas.

II- Pouco se sabe a respeito de novas fontes energéticas.

III- Nada chegava a impressioná-lo na juventude.

IV- Dar-lhe-emos novas oportunidades.

V- Eles apressaram-se a convidar-nos para a festa.

I- Errado, pois quem, pronome relativo indefinido, é palavra atrativa: quem nos roubava.

II- Certo, pois pouco, pronome indefinido,
é palavra atrativa.

III- Certo, pois sempre se pode usar ênclise diante de verbo no infinitivo não flexionado.

IV- Certo, pois o verbo está no futuro do presente em início de frase.

V- Certo, pois eles, pronome pessoal do caso reto, não é palavra atrativa.

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