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quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Caderno Complementar II (de 11 a 22)

11- Em "O casal de índios levou-os à sua aldeia, que estava deserta, onde ofereceu frutas aos convidados", há o seguinte:

  • Dois pronomes possessivos e dois pronomes pessoais
  • Um pronome pessoal, um pronome possessivo e dois pronomes relativos.
  • Dois pronomes pessoais e dois pronomes relativos.
  • Um pronome pessoal, um pronome possessivo, um pronome relativo e um pronome interrogativo.
  • Dois pronomes possessivos e dois pronomes relativos.

Os: pronome pessoal do caso oblíquo átono que complementa verbo transitivo direto (quem leva, leva alguém).

Sua: pronome possessivo.

Que: pronome relativo: há o substantivo aldeia antes dele e o verbo estar depois dele. Entre eles há relação sintática: a aldeia estava deserta.

Onde: pronome relativo: há o substantivo aldeia antes dele e o verbo oferecer depois dele. Entre eles há relação sintática: ofereceu frutas aos convidados na aldeia. O pronome relativo onde sempre exerce a função sintática de adjunto adverbial de lugar.


 

12- Ao comparar diversos rios do mundo com o Amazonas, defendia com azedume e paixão a proeminência ........................ sobre cada um ............... .

  • desse, daquele
  • daquele, destes
  • deste, daqueles
  • deste, desse
  • deste, desses

- Em enumeração de dois elementos, substitui-se o primeiro deles pelo pronome demonstrativo aquele(s) ou aquela(s); o último, por este(s) ou esta(s). Na frase apresentada, o primeiro elemento da enumeração é diversos rios do mundo; o último, Amazonas. A frase, portanto, tem de ser assim estruturada: Ao comparar diversos rios do mundo com o Amazonas, defendia com azedume e paixão a proeminência deste sobre cada um daqueles.

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13- Em qual opção onde é pronome relativo?

  • Não sei onde eles estão.
  • Onde estás que não respondes?
  • A instituição onde estudo é a UEPG.
  • Ele me deixou onde está a catedral.
  • Pergunto onde ele conheceu esta teoria.

O advérbio onde tem os seguintes usos:

  • Em frase interrogativa direta ou indireta: Onde estás que não respondes? / Pergunto onde ele conheceu esta teoria.
  • Como elemento que estabelece relação de subordinação entre termos ou entre orações: Não sei onde eles estão. / Pergunto onde ele conheceu esta teoria.
  • Como substituto de um circunstante locativo, em conseqüência de seu valor advérbio relativo: A instituição onde estudo é a UEPG. Nesse caso, também é considerado pronome relativo. Quando for pronome relativo, será antecedido de substantivo: instituição onde estudo.

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14- A maxila e os dentes denotavam a decrepitude do burrinho; ......................, porém, estavam mais gastos que ................ .

  • esses, aquela
  • estes aquela
  • estes, esses
  • aqueles esta
  • esses, estes

- Em enumeração de dois elementos, substitui-se o primeiro deles pelo pronome demonstrativo aquele(s) ou aquela(s); o último, por este(s) ou esta(s). Na frase apresentada, o primeiro elemento da enumeração é a maxila o último, os dentes. A frase, portanto, tem de ser assim estruturada: A maxila e os dentes denotavam a decrepitude do burrinho; estes, porém, estavam mais gastos que aquela.

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15- Foram divididos .................... próprios os trabalhos que ................................ em equipe.

  • conosco – se devem realizar
  • com nós – devem-se realizar
  • conosco – devem realizar-se
  • com nós – se devem realizar
  • conosco – devem-se realizar

- Usa-se com nós e com vós, no lugar de conosco e de convosco, quando à frente do pronome surgir uma palavra ou uma expressão que indique quem somos nós ou quem sois vós. Na frase apresentada, há o pronome demonstrativo de reforço próprios. Deve-se, portanto, usar "com nós próprios".

- Em locução verbal cujo verbo principal esteja no infinitivo, o pronome oblíquo átono pode ser colocado tanto depois do infinitivo – ênclise – (realizar-se) quanto junto ao verbo auxiliar. Na frase apresentada, como há o pronome relativo que, que é palavra atrativa, deve ocorrer próclise no auxiliar: que se devem. Há, portanto, duas possibilidades: "os trabalhos que se deve realizar em equipe" e "os trabalhos que devem realizar-e em equipe".

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16- Na voz passiva, escreve-se Deu-me as lições em uma só das intragáveis ternuras, da seguinte forma:

  • As lições me são dadas...
  • As lições me eram dadas...
  • As lições me foram dadas...
  • A mim deu-me ele as lições...
  • A mim as lições deu-as ele...

Para passar uma oração da voz ativa para a passiva, procede-se da seguinte forma:

- Transforma-se o objeto direto em sujeito paciente;

- Transforma-se o sujeito agente em agente da passiva, encabeçado pela preposição por ou de;

- Forma-se uma locução verbal, acrescentando-se, no mesmo tempo e modo da VTD da voz ativa, o verbo ser como auxiliar do VTD, que ficará no particípio.

A frase apresentada tem os seguintes termos na voz ativa:

  • Sujeito agente: Ele (oculto)
  • VTD: deu (no pretérito perfeito do indicativo)
  • OD: as lições

Passando para a voz passiva:

  • As lições: OD que se transformou em sujeito paciente;
  • foram dadas: locução verbal, em que se acrescentou, no mesmo tempo e modo da VTD da voz ativa, o verbo ser como auxiliar do VTD, que fica no particípio
  • por ele: sujeito agente que se transformou em agente da passiva.
  • me:
    o objeto indireto (OI) da voz ativa se mantém o mesmo na voz passiva.

A frase fica assim então: As lições me foram dadas por ele...

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17- Ele .................. que a sensatez dos convidados ..................... a euforia geral e ....................... as dúvidas.

  • supusera – freasse – desfizesse
  • supora – freasse – desfizesse
  • supusera – freiasse – desfazesse
  • supora – freiasse – desfizesse
  • supora – freiasse – desfazesse

- O verbo supor é derivado do verbo pôr, pois todos os verbos terminados em –por o são. Sua conjugação é, portanto, idêntica à do verbo pôr. A questão pede que o aluno conjugue o verbo supor no pretérito mais-que-perfeito do indicativo, tempo que indica ação passada à do pretérito perfeito do indicativo. O pret. mais-que-perf. é um tempo derivado da terceira pessoa do plural do pretérito perfeito, retirando-se as letras –am: A terceira pessoa do plural do pretérito perfeito é a seguinte: Ontem eles puseram; retirando-se as letras –am, sobre a base do pretérito mais-que-perfeito do indicativo: pusera. O mesmo acontece com o verbo supor: supusera.

- Os verbos terminados em –EAR só têm a letra i acrescida depois do radical nas formas rizotônicas, que são as seguintes: eu, tu, ele e eles do presente do indicativo e eu, tu, ele e eles do presente do subjuntivo. A questão apresenta o verbo frear conjugado no pretérito imperfeito do subjuntivo; não há, portanto, a letra i: freasse.

- O verbo desfazer é derivado do verbo fazer e como este é conjugado. O adequado é Se ele fizesse; portanto, também o é Se ele desfizesse.

A frase fica assim: Ele supusera que a sensatez dos convidados freasse a euforia geral e desfizesse as dúvidas.

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18- Tendo ...................... na operação, os funcionários se ............................. a serviços essenciais e executaram as tarefas que lhes .......................... .

  • intervido – ativeram – caberam
  • intervido – ateram – couberam
  • intervindo – ateram – caberam
  • intervindo – ativeram – couberam
  • intervido – ativeram – couberam

- O verbo intervir é derivado de vir: Eu venho – Eu intervenho. Toda sua conjugação, portanto, é idêntica à do verbo vir: Tendo vindo – Tendo intervindo.

- O verbo ater-se é derivado de ter: Eu tenho – Eu me atenho. Toda sua conjugação, portanto, é idêntica à do verbo ter: Os funcionários tiveram – Os funcionários se ativeram.

- O verbo caber tem a seguinte conjugação no pretérito perfeito do indicativo: eu coube, tu coubeste, ele coube, nós coubemos, vós coubestes, eles couberam.

A frase fica assim: Tendo intervindo na operação, os funcionários se ativeram a serviços essenciais e executaram as tarefas que lhes couberam.

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19- Transpondo para a voz passiva a frase O auxiliar judiciário estava organizando os arquivos, obtém-se a forma verbal:

  • foram sendo organizados
  • estavam sendo organizados
  • foram organizados
  • tinham sido organizados
  • eram organizados

Para passar uma oração da voz ativa para a passiva, procede-se da seguinte forma:

- Transforma-se o objeto direto em sujeito paciente;

- Transforma-se o sujeito agente em agente da passiva, encabeçado pela preposição por ou de;

- Forma-se uma locução verbal, acrescentando-se, no mesmo tempo e modo da VTD da voz ativa, o verbo ser como auxiliar do VTD, que ficará no particípio.

A frase apresentada tem os seguintes termos na voz ativa:

  • Sujeito agente: O auxiliar judiciário
  • VTD: estava organizando (é uma locução verbal)
  • OD: os arquivos

Passando para a voz passiva:

  • Os arquivos: OD que se transformou em sujeito paciente;
  • estavam sendo organizados: locução verbal, em que se acrescentou, na mesma forma nominal (gerúndio) da VTD da voz ativa, o verbo ser como auxiliar do VTD, que fica no particípio
  • pelo auxiliar judiciário: sujeito agente que se transformou em agente da passiva.

A frase fica assim então: Os arquivos estavam sendo organizados pelo auxiliar judiciário.

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20- Transpondo para a voz ativa a frase Os pretendentes ao cargo teriam sido cadastrados pelo coordenador, obtém-se a forma:

  • cadastraria
  • teria cadastrado
  • terá cadastrado
  • tinha cadastrado
  • seriam cadastrado

Para passar uma oração da voz ativa para a passiva, procede-se da seguinte forma:

- Transforma-se o sujeito paciente em objeto direto;

- Transforma-se o agente da passiva em sujeito agente;

- Retira-se da oração o verbo ser e passa o VTD da voz ativa para o mesmo tempo e modo do verbo ser.

A frase apresentada tem os seguintes termos na voz ativa:

  • Sujeito paciente: Os pretendentes ao cargo
  • Locução verbal passiva: teriam sido cadastrados
  • Agente da passiva: pelo coordenador

Passando para a voz passiva:

  • O coordenador: Agente da passiva que se transformou em sujeito agente;
  • teria cadastrado: retira-se o verbo ser e coloca-se o VTD na mesma forma nominal (particípio).
  • Os pretendentes ao cargo: sujeito paciente que se transformou em objeto direto.

A frase fica assim então: O coordenador teria cadastrado os pretendentes ao cargo.

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21- Não se ................... e .............................. bem cada palavra que .......................... .

  • precipite – pesa – pronunciares
  • precipite – pese – pronunciar
  • precipita – pesa – pronunciar
  • precipita – peses – pronunciares
  • precipite – peses – pronunciar

Os verbos precipitar-se e pesar estão conjugados no modo imperativo, pois indicam conselho. Forma-se o imperativo da seguinte maneira:

Imperativo afirmativo:

- tu e vós: provêm do presente do indicativo, retirando-se a letra s da forma verbal;

- você, nós e vocês: provêm do presente do subjuntivo.

Imperativo negativo:

- Todas as pessoas provêm do presente do subjuntivo

O presente do indicativo é caracterizado pela expressão Todos os dias...

O presente do subjuntivo, pela expressão Espero que...

Na frase apresentada, o verbo apresentar-se esta no imperativo negativo, e pesar no imperativo afirmativo. Conjugam-se, então, assim:

Espero que você não se precipite.

Espero que você pese.

- O verbo pronunciar, na terceira pessoa do singular, é conjugado pronunciar, e não
pronunciares, que é a conjugação da segunda pessoa do singular, tu.

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22- Assim que .................... encaminhados ao arquivo e ......................... colhido todos os dados, é provável que já ..................... prontos para iniciar o trabalho.

  • sermos – termos – estejamos
  • formos – tivermos – estejamos
  • formos – tivermos – estejemos
  • formos – termos – estejamos
  • sermos – tivermos – estejemos

- A locução assim que indica acontecimento imediatamente após outro. Na frase, o acontecimento imediato não é fato, e sim hipótese futura. O tempo em que o verbo ser tem de ser conjugado, portanto, é o futuro do subjuntivo, tempo que deriva da terceira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo (Ontem eles...), retirando-se as letras –am: Ontem eles foram; retirando-se as letras am: for é a base do futuro do subjuntivo do verbo ser. A primeira pessoa do plural fica formos.

- O verbo ter também tem de estar no futuro do subjuntivo, uma vez que a conjunção aditiva e une as duas orações; os dois verbos têm de estar no mesmo tempo verbal, portanto: Ontem eles tiveram; retirando-se as letras am: tiver. Primeira pessoa do plural: tivermos.

- A expressão é provável que indica hipótese presente, portanto o verbo estar tem de ser conjugado no presente do subjuntivo: Espero que nós estejamos.

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quarta-feira, 18 de junho de 2008

Caderno Complementar II (de 01 a 16)

01- Em qual opção não há erro?

  • Quando recebo-o em minha casa, fico feliz.
  • Tudo fez-se como você mandou.
  • Por este processo, teriam-se obtido melhores resultados.
  • Em se tratando disto, podemos contar com ele.
  • Me levantei assim que você saiu.

A próclise (colocação do pronome oblíquo átono antes do verbo) será obrigatória quanto houver uma palavra atrativa. As palavras atrativas são as seguintes:

- Advérbios;

- Pronomes: relativos, indefinidos, interrogativos e demonstrativos neutros (isto, isso, aquilo). Tudo é pronome indefinido; próclise obrigatória: Tudo se fez como você mandou.

- Conjunções subordinativas: inicia uma oração indicativa de circunstância de causa, concessão, condição, conformidade, tempo ou finalidade. Quando é conjunção subordinativa indicativa de tempo; próclise obrigatória: Quando o recebo em casa, fico feliz.

- A palavra que, a menos que seja conjunção coordenativa aditiva (Ex.: Fala que fala e ninguém o entende) ou conjunção coordenativa explicativa (Ex.: Cuidado, que o piso está escorregadio.)

Outros casos de atração:

- Em frases exclamativas.

- Em frases com a preposição em + gerúndio: Em se tratando disto, podemos contar com ele.

- Em frases com preposição + infinitivo flexionado.

Obs. 1: Jamais pode ocorrer próclise em início de frase: Levantei-me assim que você saiu.

Obs. 2: Quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito e não houver palavra atrativa alguma, ocorre mesóclise (colocação do pronome no meio do verbo: Por este processo, ter-se-iam obtido melhores resultados.

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02- O resultado das combinações: põe + o, reténs + as e deduz + a é:

  • pões-lo, reténs-las, dedu-la
  • põe-no, retém-nas, dedu-la
  • pões-lo, retém-las, deduz-la
  • põe-no, retém-las, dedu-la
  • põe-lo, retém-las, dedu-la

Verbo transitivo direto (VTD) é aquele que exige complemento sem preposição. Como exemplo, o verbo amar: quem ama, ama algo/alguém. Os complementos dos VTDs podem ser representados pelos pronomes oblíquos átonos o, a, os, as e suas variantes: lo, la, los, las, que se ligam a estruturas verbais terminadas em R, S ou Z (essas terminações desaparecem)
e no, na, nos, nas, que se ligam a estruturas verbais terminadas em M, ÃO ou ÕE.

Põe + o, então, resulta põe-no, já que o verbo termina em ÕE.

Reténs + as resulta retém-las, já que o verbo termina em S.

Deduz + a resulta dedu-la, já que o verbo termina em Z.

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03- Ninguém atinge a perfeição alicerçado na busca de valores materiais, nem mesmo os que consideram tal atitude um privilégio dado pela existência.

Os pronomes destacados no período acima classificam-se, respectivamente, como:

  • indefinido, demonstrativo, relativo, demonstrativo
  • indefinido, pessoal oblíquo, relativo, indefinido
  • de tratamento, demonstrativo, indefinido, demonstrativo
  • de tratamento, pessoal oblíquo, indefinido, demonstrativo
  • demonstrativo, demonstrativo, relativo, demonstrativo

Ninguém: é pronome indefinido, uma vez que representa uma pessoa de modo vago, impreciso.

Os: é pronome demonstrativo, visto que pode ser substituído por outro pronome demonstrativo: ...nem mesmo aqueles que consideram...

Que: é pronome relativo, já que sempre que o termo que estiver após um pronome demonstrativo, será pronome relativo.

Tal: é pronome demonstrativo, visto que pode ser substituído por outro pronome demonstrativo: ...consideram essa atitude um privilégio...

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04- Toda pessoa deve responder pelos compromissos assumidos.

A palavra destacada é:

  • pronome adjetivo indefinido
  • pronome substantivo indefinido
  • pronome adjetivo demonstrativo
  • pronome substantivo demonstrativo
  • nenhum das alternativas acima é correta.

Pronome substantivo é aquele que substitui um substantivo.

Pronome adjetivo é aquele que acompanha um substantivo.

Na frase Toda pessoa..., o pronome acompanha o substantivo pessoa; é, portanto, pronome adjetivo. Toda é pronome indefinido, uma vez que representa uma pessoa de modo vago, impreciso.

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05- Quando V. Senhoria ..................... que .................. auxilie, basta chamar-me pelo interfone que está sobre a ................... mesa.

  • desejardes – vos, vossa
  • desejar – o – vossa
  • desejardes – vos – sua
  • desejar – vos – vossa
  • desejar – o – sua

Pronome de tratamento é pronome de terceira pessoa. Todos os elementos devem concordar com a terceira pessoa, portanto: Quando V. Senhoria desejar que o auxilie, basta chamar pelo interfone que está sobre a sua mesa.

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06- Em que opção o emprego do pronome não obedece à norma culta brasileira?

  • Fizeram tudo para eu ir lá.
  • Ninguém lhe ouvia as queixas.
  • O vento trouxe consigo a tempestade.
  • Trouxemos um presente para si.
  • Não vá sem mim.

Eu ir: usa-se eu quando este pronome exercer a função de sujeito. Para isso, há a necessidade de um verbo que exija sujeito. É o que ocorre na frase: eu é sujeito de ir.

Lhe ouvia as queixas: os pronomes oblíquos átonos podem ter função possessiva: Ninguém ouvia as queixas dele = Ninguém ouvia as suas queixas = Ninguém lhe ouvia as queixas.

Trouxe consigo: os pronomes si e consigo têm uso exclusivamente reflexivo, ou seja, um sujeito de terceira pessoa pratica a ação sobre si mesmo: O vento trouxe consigo

Presente para si: os pronomes si e consigo têm uso exclusivamente reflexivo, ou seja, um sujeito de terceira pessoa pratica a ação sobre si mesmo. Na frase apresentada não ocorre isso, uma vez que o sujeito é nós: Trouxemos um presente para ele (ou ela ou você)

Sem mim: como não há verbo exigindo sujeito, não se usa eu, e sim mim.

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07- Em que opção há erro?

  • O ministro não teve muitos escrúpulos naquela hora = O ministro não teve-os naquela hora.
  • Ele estava pronto para salvar a Itália = Ele estava pronto para salvá-la.
  • Eles terminaram as provas hoje = Eles terminaram-nas hoje.
  • Todos queriam que o professor entregasse o livro ao melhor aluno = Todos queriam que o professor lhe entregasse o livro.
  • Ele nunca perdoaria ao irmão aquela omissão = Ele nunca lhe perdoaria aquela omissão.

Os termos não, que e nunca são palavras atrativas, pois são, respectivamente, advérbio, conjunção subordinativa integrante e advérbio:

- O ministro não os teve naquela hora.

- Todos queriam que o professor lhe entregasse o livro. Obs.: O sujeito não anula a atração de elemento anterior a si.

- Ele nunca lhe perdoaria aquela omissão.

Quando houver preposição + infinitivo não flexionado, é facultativo o uso de próclise ou de ênclise: Ele estava pronto para salvá-la ou Ele estava pronto para a salvar.

O termo eles não é palavra atrativa, portanto o uso de próclise não é obrigatório; é facultativo o uso de próclise ou de ênclise: Eles terminaram-nas hoje ou Eles as terminaram hoje.

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08- Em que opção há erro?

  • O governo deu ênfase às questões econômicas = O governo deu ênfase a elas.
  • Os ministros defenderam o plano de estabilização = Os ministros defenderam-no.
  • A companhia recebeu os avisos = A companhia recebeu-os.
  • Ele diz as frases em tom bem baixo = Ele diz-las em tom baixo.
  • Ele recusou a dar maiores explicações = Ele recusou a dá-las.

Verbo transitivo direto (VTD) é aquele que exige complemento sem preposição. Como exemplo, o verbo amar: quem ama, ama algo/alguém. Os complementos dos VTDs podem ser representados pelos pronomes oblíquos átonos o, a, os, as e suas variantes: lo, la, los, las, que se ligam a estruturas verbais terminadas em R, S ou Z (essas terminações desaparecem)
e no, na, nos, nas, que se ligam a estruturas verbais terminadas em M, ÃO ou ÕE.

- defenderam-no, porque defenderam termina em M.

- recebeu-os, porque recebeu termina em vogal.

- di-las, porque o verbo termina em Z.

- dá-las, porque o verbo termina em R.

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09- Em qual opção há erro?

  • Nunca lhe diria mentira.
  • Ter-lhe-iam falado a meu respeito?
  • Louvemos-lhe, porque ele o merece.
  • De Fernando só lhe conhecia a fama.
  • Sei que não lhe agrada essa conversa.

Verbo transitivo indireto é aquele que exige complemento com preposição (a, de, para, por, em...). Como exemplo, o verbo obedecer: quem obedece, obedece a algo/alguém. Os complementos dos VTIs que exigem a preposição a podem ser representados pelos pronomes oblíquos átonos lhe, lhes.

- Dizer: quem diz, diz algo a alguém: Nunca diria mentira a alguém = Nunca diria mentira a ele = Nunca lhe diria mentira.

- Falar: quem fala, fala algo a alguém: Teriam falado algo a meu respeito a alguém? = Teriam falado algo a meu respeito a ele? = Ter-lhe-iam falado a meu respeito?

- Agradar: aquilo que agrada, agrada a alguém: Sei que essa conversa não agrada a alguém = Sei que essa conversa não agrada a ele = Se que essa conversa não lhe agrada.

- Louvar: quem louva, louva algo/alguém. Louvemos alguém. Não é VTI; o pronome lhe, portanto, não pode ser usado. Em seu lugar, deve-se usar o, a, os, as, que funcionam como OD: Louvemo-lo, porque ele o merece. Como o verbo termina em S, esta terminação desaparece, e o pronome o se transforma em lo.

O pronome lhe(s) pode ainda ter função possessiva: só conhecia a fama dele = só conhecia a sua fama = só lhe conhecia a fama.

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10- Em que opção há erro?

  • Uma auto-avaliação bem feita sempre lhe trará algum benefício.
  • O auto-retrato parece que lhe significou críticas severas.
  • Ao motorista que se torna um selvagem, ninguém lhe quer bem.
  • Numa análise rápida, acharam-lhe inteligente e alegre.
  • Ao brasileiro, não lhe agrada a falta injustificada ao trabalho.

Verbo transitivo indireto é aquele que exige complemento com preposição (a, de, para, por, em...). Como exemplo, o verbo obedecer: quem obedece, obedece a algo/alguém. Os complementos dos VTIs que exigem a preposição a podem ser representados pelos pronomes oblíquos átonos lhe, lhes.

- Trazer: aquilo que traz, traz algo a alguém: sempre trará algum benefício a alguém = sempre trará algum benefício a ele = sempre lhe trará algum benefício.

- Significar: aquilo que significa, significa algo a alguém: parece que significou críticas severas a alguém = parece que significou críticas severas a ele = parece que lhe significou críticas severas.

- Querer: quem quer, quer algo a alguém: ninguém quer bem a alguém = ninguém quer bem a ele = ninguém lhe quer bem.

- Agradar: quem agrada, agrada a alguém, no sentido de ser agradável: a falta ao trabalho não agrada a alguém = a falta ao trabalho não agrada a ele = a falta ao trabalho não lhe agrada.

- Achar: quem acha, acha algo: acharam alguém inteligente e alegre. Não é VTI; o pronome lhe, portanto, não pode ser usado. Em seu lugar, deve-se usar o, a, os, as, que funcionam como OD: ...acharam-no inteligente e alegre. Como o verbo termina em M, o pronome o se transforma em no.

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11- Em "O casal de índios levou-os à sua aldeia, que estava deserta, onde ofereceu frutas aos convidados", há o seguinte:

  • Dois pronomes possessivos e dois pronomes pessoais
  • Um pronome pessoal, um pronome possessivo e dois pronomes relativos.
  • Dois pronomes pessoais e dois pronomes relativos.
  • Um pronome pessoal, um pronome possessivo, um pronome relativo e um pronome interrogativo.
  • Dois pronomes possessivos e dois pronomes relativos.

Os: pronome pessoal do caso oblíquo átono que complementa verbo transitivo direto (quem leva, leva alguém).

Sua: pronome possessivo.

Que: pronome relativo: há o substantivo aldeia antes dele e o verbo estar depois dele. Entre eles há relação sintática: a aldeia estava deserta.

Onde: pronome relativo: há o substantivo aldeia antes dele e o verbo oferecer depois dele. Entre eles há relação sintática: ofereceu frutas aos convidados na aldeia. O pronome relativo onde sempre exerce a função sintática de adjunto adverbial de lugar.

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12- Ao comparar diversos rios do mundo com o Amazonas, defendia com azedume e paixão a proeminência ...................... sobre cada um ...................... .

  • desse, daqueles
  • daquele, destes
  • deste, daqueles
  • deste, desse
  • deste, desses

Em uma enumeração de dois elementos, substitui-se o primeiro por aquele(a) e o último por este(a): Ele defendia a proeminência do Amazonas sobre os diversos rios do mundo, portanto Ao comparar diversos rios do mundo com o Amazonas, defendia com azedume e paixão a proeminência deste sobre cada um daqueles.

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13- Em qual opção a palavra onde é pronome relativo?

  • Não sei onde eles estão.
  • Onde estás que não respondes?
  • A instituição onde estudarei é a UFMT.
  • Ele me deixou onde está a catedral.
  • Pergunto onde ele conheceu esta teoria.

Onde será pronome relativo quando houver relação de lugar entre o verbo posterior a ele e o substantivo anterior a ele. Para ser pronome relativo, portanto, há de haver um substantivo antecedendo onde: A instituição onde estudarei é a UFMT: estudarei na instituição. Nas outras frases, onde é advérbio em Não sei onde eles estão e em Ele me deixou onde está a catedral e advérbio interrogativo em Onde estás que não respondes? E Pergunto onde ele conheceu esta teoria.

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14- A maxila e os dentes denotavam a decrepitude do burrinho; ................., porém, estavam mais gastos que .................... .

  • esses aquela
  • estes, aquela
  • estes, esses
  • aqueles, esta
  • estes, esses

Em uma enumeração de dois elementos, substitui-se o primeiro por aquele(a) e o último por este(a): os dentes estavam mais gastos que a maxila, portanto, A maxila e os dentes denotavam a decrepitude do burrinho; estes, porém, estavam mais gastos que aquela.

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15- Foram divididos ....................... próprios os trabalhos que ...................... em equipe.

  • conosco – se devem realizar
  • com nós – devem-se realizar
  • conosco – devem realizar-se
  • com nós – se devem realizar
  • conosco – devem-se realizar

Usa-se com nós e com vós no lugar de conosco e convosco quando à frente desses pronomes surgir alguma palavra (mesmos, próprios, alguns, todos, um numeral, um substantivo...) ou expressão (oração subordinada adjetiva...) que indique quem somos nós ou quem sois vós. É o que ocorre na frase apresentada: Foram divididos com nós próprios.

Em locução verbal, o pronome oblíquo átono pode ligar-se ao verbo auxiliar ou ao verbo principal. Se antes do verbo auxiliar houver palavra atrativa, o uso da próclise a ele é possível: os trabalhos que se devem realizar. Se o verbo principal estiver no infinitivo ou no gerúndio, poderá ocorrer ênclise a ele: os trabalhos que devem realizar-se.

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16- Na voz passiva, escreve-se Deu-me as lições sem uma só das intragáveis ternuras, da seguinte forma:

  • As lições me são dadas
  • As lições me eram dadas
  • As lições me foram dadas
  • A mim deu-me ele as lições
  • A mim as lições deu-as ele

Para passar da voz ativa para a voz passiva, faz-se o seguinte:

- O sujeito da voz ativa se transforma em agente da passiva, que é encabeçado pela preposição por ou de:

- O objeto direto da voz ativa se transforma em sujeito.

- A verbo transitivo direto é acrescido o verbo ser, no mesmo tempo e modo do VTD da ativa, formando locução verbal passiva. O verbo ser passa a concordar com o sujeito da passiva.

- Se houver objeto indireto, ele se mantém o mesmo.

Ele deu-me as lições = as lições me foram dadas por ele.

Deu-me as lições = as lições me foram dadas.