01- Em qual opção não há erro?
- Quando recebo-o em minha casa, fico feliz.
- Tudo fez-se como você mandou.
- Por este processo, teriam-se obtido melhores resultados.
- Em se tratando disto, podemos contar com ele.
- Me levantei assim que você saiu.
A próclise (colocação do pronome oblíquo átono antes do verbo) será obrigatória quanto houver uma palavra atrativa. As palavras atrativas são as seguintes:
- Advérbios;
- Pronomes: relativos, indefinidos, interrogativos e demonstrativos neutros (isto, isso, aquilo). Tudo é pronome indefinido; próclise obrigatória: Tudo se fez como você mandou.
- Conjunções subordinativas: inicia uma oração indicativa de circunstância de causa, concessão, condição, conformidade, tempo ou finalidade. Quando é conjunção subordinativa indicativa de tempo; próclise obrigatória: Quando o recebo em casa, fico feliz.
- A palavra que, a menos que seja conjunção coordenativa aditiva (Ex.: Fala que fala e ninguém o entende) ou conjunção coordenativa explicativa (Ex.: Cuidado, que o piso está escorregadio.)
Outros casos de atração:
- Em frases exclamativas.
- Em frases com a preposição em + gerúndio: Em se tratando disto, podemos contar com ele.
- Em frases com preposição + infinitivo flexionado.
Obs. 1: Jamais pode ocorrer próclise em início de frase: Levantei-me assim que você saiu.
Obs. 2: Quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito e não houver palavra atrativa alguma, ocorre mesóclise (colocação do pronome no meio do verbo: Por este processo, ter-se-iam obtido melhores resultados.
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02- O resultado das combinações: põe + o, reténs + as e deduz + a é:
- pões-lo, reténs-las, dedu-la
- põe-no, retém-nas, dedu-la
- pões-lo, retém-las, deduz-la
- põe-no, retém-las, dedu-la
- põe-lo, retém-las, dedu-la
Verbo transitivo direto (VTD) é aquele que exige complemento sem preposição. Como exemplo, o verbo amar: quem ama, ama algo/alguém. Os complementos dos VTDs podem ser representados pelos pronomes oblíquos átonos o, a, os, as e suas variantes: lo, la, los, las, que se ligam a estruturas verbais terminadas em R, S ou Z (essas terminações desaparecem)
e no, na, nos, nas, que se ligam a estruturas verbais terminadas em M, ÃO ou ÕE.
Põe + o, então, resulta põe-no, já que o verbo termina em ÕE.
Reténs + as resulta retém-las, já que o verbo termina em S.
Deduz + a resulta dedu-la, já que o verbo termina em Z.
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03- Ninguém atinge a perfeição alicerçado na busca de valores materiais, nem mesmo os que consideram tal atitude um privilégio dado pela existência.
Os pronomes destacados no período acima classificam-se, respectivamente, como:
- indefinido, demonstrativo, relativo, demonstrativo
- indefinido, pessoal oblíquo, relativo, indefinido
- de tratamento, demonstrativo, indefinido, demonstrativo
- de tratamento, pessoal oblíquo, indefinido, demonstrativo
- demonstrativo, demonstrativo, relativo, demonstrativo
Ninguém: é pronome indefinido, uma vez que representa uma pessoa de modo vago, impreciso.
Os: é pronome demonstrativo, visto que pode ser substituído por outro pronome demonstrativo: ...nem mesmo aqueles que consideram...
Que: é pronome relativo, já que sempre que o termo que estiver após um pronome demonstrativo, será pronome relativo.
Tal: é pronome demonstrativo, visto que pode ser substituído por outro pronome demonstrativo: ...consideram essa atitude um privilégio...
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04- Toda pessoa deve responder pelos compromissos assumidos.
A palavra destacada é:
- pronome adjetivo indefinido
- pronome substantivo indefinido
- pronome adjetivo demonstrativo
- pronome substantivo demonstrativo
- nenhum das alternativas acima é correta.
Pronome substantivo é aquele que substitui um substantivo.
Pronome adjetivo é aquele que acompanha um substantivo.
Na frase Toda pessoa..., o pronome acompanha o substantivo pessoa; é, portanto, pronome adjetivo. Toda é pronome indefinido, uma vez que representa uma pessoa de modo vago, impreciso.
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05- Quando V. Senhoria ..................... que .................. auxilie, basta chamar-me pelo interfone que está sobre a ................... mesa.
- desejardes – vos, vossa
- desejar – o – vossa
- desejardes – vos – sua
- desejar – vos – vossa
- desejar – o – sua
Pronome de tratamento é pronome de terceira pessoa. Todos os elementos devem concordar com a terceira pessoa, portanto: Quando V. Senhoria desejar que o auxilie, basta chamar pelo interfone que está sobre a sua mesa.
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06- Em que opção o emprego do pronome não obedece à norma culta brasileira?
- Fizeram tudo para eu ir lá.
- Ninguém lhe ouvia as queixas.
- O vento trouxe consigo a tempestade.
- Trouxemos um presente para si.
- Não vá sem mim.
Eu ir: usa-se eu quando este pronome exercer a função de sujeito. Para isso, há a necessidade de um verbo que exija sujeito. É o que ocorre na frase: eu é sujeito de ir.
Lhe ouvia as queixas: os pronomes oblíquos átonos podem ter função possessiva: Ninguém ouvia as queixas dele = Ninguém ouvia as suas queixas = Ninguém lhe ouvia as queixas.
Trouxe consigo: os pronomes si e consigo têm uso exclusivamente reflexivo, ou seja, um sujeito de terceira pessoa pratica a ação sobre si mesmo: O vento trouxe consigo
Presente para si: os pronomes si e consigo têm uso exclusivamente reflexivo, ou seja, um sujeito de terceira pessoa pratica a ação sobre si mesmo. Na frase apresentada não ocorre isso, uma vez que o sujeito é nós: Trouxemos um presente para ele (ou ela ou você)
Sem mim: como não há verbo exigindo sujeito, não se usa eu, e sim mim.
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07- Em que opção há erro?
- O ministro não teve muitos escrúpulos naquela hora = O ministro não teve-os naquela hora.
- Ele estava pronto para salvar a Itália = Ele estava pronto para salvá-la.
- Eles terminaram as provas hoje = Eles terminaram-nas hoje.
- Todos queriam que o professor entregasse o livro ao melhor aluno = Todos queriam que o professor lhe entregasse o livro.
- Ele nunca perdoaria ao irmão aquela omissão = Ele nunca lhe perdoaria aquela omissão.
Os termos não, que e nunca são palavras atrativas, pois são, respectivamente, advérbio, conjunção subordinativa integrante e advérbio:
- O ministro não os teve naquela hora.
- Todos queriam que o professor lhe entregasse o livro. Obs.: O sujeito não anula a atração de elemento anterior a si.
- Ele nunca lhe perdoaria aquela omissão.
Quando houver preposição + infinitivo não flexionado, é facultativo o uso de próclise ou de ênclise: Ele estava pronto para salvá-la ou Ele estava pronto para a salvar.
O termo eles não é palavra atrativa, portanto o uso de próclise não é obrigatório; é facultativo o uso de próclise ou de ênclise: Eles terminaram-nas hoje ou Eles as terminaram hoje.
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08- Em que opção há erro?
- O governo deu ênfase às questões econômicas = O governo deu ênfase a elas.
- Os ministros defenderam o plano de estabilização = Os ministros defenderam-no.
- A companhia recebeu os avisos = A companhia recebeu-os.
- Ele diz as frases em tom bem baixo = Ele diz-las em tom baixo.
- Ele recusou a dar maiores explicações = Ele recusou a dá-las.
Verbo transitivo direto (VTD) é aquele que exige complemento sem preposição. Como exemplo, o verbo amar: quem ama, ama algo/alguém. Os complementos dos VTDs podem ser representados pelos pronomes oblíquos átonos o, a, os, as e suas variantes: lo, la, los, las, que se ligam a estruturas verbais terminadas em R, S ou Z (essas terminações desaparecem)
e no, na, nos, nas, que se ligam a estruturas verbais terminadas em M, ÃO ou ÕE.
- defenderam-no, porque defenderam termina em M.
- recebeu-os, porque recebeu termina em vogal.
- di-las, porque o verbo termina em Z.
- dá-las, porque o verbo termina em R.
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09- Em qual opção há erro?
- Nunca lhe diria mentira.
- Ter-lhe-iam falado a meu respeito?
- Louvemos-lhe, porque ele o merece.
- De Fernando só lhe conhecia a fama.
- Sei que não lhe agrada essa conversa.
Verbo transitivo indireto é aquele que exige complemento com preposição (a, de, para, por, em...). Como exemplo, o verbo obedecer: quem obedece, obedece a algo/alguém. Os complementos dos VTIs que exigem a preposição a podem ser representados pelos pronomes oblíquos átonos lhe, lhes.
- Dizer: quem diz, diz algo a alguém: Nunca diria mentira a alguém = Nunca diria mentira a ele = Nunca lhe diria mentira.
- Falar: quem fala, fala algo a alguém: Teriam falado algo a meu respeito a alguém? = Teriam falado algo a meu respeito a ele? = Ter-lhe-iam falado a meu respeito?
- Agradar: aquilo que agrada, agrada a alguém: Sei que essa conversa não agrada a alguém = Sei que essa conversa não agrada a ele = Se que essa conversa não lhe agrada.
- Louvar: quem louva, louva algo/alguém. Louvemos alguém. Não é VTI; o pronome lhe, portanto, não pode ser usado. Em seu lugar, deve-se usar o, a, os, as, que funcionam como OD: Louvemo-lo, porque ele o merece. Como o verbo termina em S, esta terminação desaparece, e o pronome o se transforma em lo.
O pronome lhe(s) pode ainda ter função possessiva: só conhecia a fama dele = só conhecia a sua fama = só lhe conhecia a fama.
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10- Em que opção há erro?
- Uma auto-avaliação bem feita sempre lhe trará algum benefício.
- O auto-retrato parece que lhe significou críticas severas.
- Ao motorista que se torna um selvagem, ninguém lhe quer bem.
- Numa análise rápida, acharam-lhe inteligente e alegre.
- Ao brasileiro, não lhe agrada a falta injustificada ao trabalho.
Verbo transitivo indireto é aquele que exige complemento com preposição (a, de, para, por, em...). Como exemplo, o verbo obedecer: quem obedece, obedece a algo/alguém. Os complementos dos VTIs que exigem a preposição a podem ser representados pelos pronomes oblíquos átonos lhe, lhes.
- Trazer: aquilo que traz, traz algo a alguém: sempre trará algum benefício a alguém = sempre trará algum benefício a ele = sempre lhe trará algum benefício.
- Significar: aquilo que significa, significa algo a alguém: parece que significou críticas severas a alguém = parece que significou críticas severas a ele = parece que lhe significou críticas severas.
- Querer: quem quer, quer algo a alguém: ninguém quer bem a alguém = ninguém quer bem a ele = ninguém lhe quer bem.
- Agradar: quem agrada, agrada a alguém, no sentido de ser agradável: a falta ao trabalho não agrada a alguém = a falta ao trabalho não agrada a ele = a falta ao trabalho não lhe agrada.
- Achar: quem acha, acha algo: acharam alguém inteligente e alegre. Não é VTI; o pronome lhe, portanto, não pode ser usado. Em seu lugar, deve-se usar o, a, os, as, que funcionam como OD: ...acharam-no inteligente e alegre. Como o verbo termina em M, o pronome o se transforma em no.
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11- Em "O casal de índios levou-os à sua aldeia, que estava deserta, onde ofereceu frutas aos convidados", há o seguinte:
- Dois pronomes possessivos e dois pronomes pessoais
- Um pronome pessoal, um pronome possessivo e dois pronomes relativos.
- Dois pronomes pessoais e dois pronomes relativos.
- Um pronome pessoal, um pronome possessivo, um pronome relativo e um pronome interrogativo.
- Dois pronomes possessivos e dois pronomes relativos.
Os: pronome pessoal do caso oblíquo átono que complementa verbo transitivo direto (quem leva, leva alguém).
Sua: pronome possessivo.
Que: pronome relativo: há o substantivo aldeia antes dele e o verbo estar depois dele. Entre eles há relação sintática: a aldeia estava deserta.
Onde: pronome relativo: há o substantivo aldeia antes dele e o verbo oferecer depois dele. Entre eles há relação sintática: ofereceu frutas aos convidados na aldeia. O pronome relativo onde sempre exerce a função sintática de adjunto adverbial de lugar.
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12- Ao comparar diversos rios do mundo com o Amazonas, defendia com azedume e paixão a proeminência ...................... sobre cada um ...................... .
- desse, daqueles
- daquele, destes
- deste, daqueles
- deste, desse
- deste, desses
Em uma enumeração de dois elementos, substitui-se o primeiro por aquele(a) e o último por este(a): Ele defendia a proeminência do Amazonas sobre os diversos rios do mundo, portanto Ao comparar diversos rios do mundo com o Amazonas, defendia com azedume e paixão a proeminência deste sobre cada um daqueles.
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13- Em qual opção a palavra onde é pronome relativo?
- Não sei onde eles estão.
- Onde estás que não respondes?
- A instituição onde estudarei é a UFMT.
- Ele me deixou onde está a catedral.
- Pergunto onde ele conheceu esta teoria.
Onde será pronome relativo quando houver relação de lugar entre o verbo posterior a ele e o substantivo anterior a ele. Para ser pronome relativo, portanto, há de haver um substantivo antecedendo onde: A instituição onde estudarei é a UFMT: estudarei na instituição. Nas outras frases, onde é advérbio em Não sei onde eles estão e em Ele me deixou onde está a catedral e advérbio interrogativo em Onde estás que não respondes? E Pergunto onde ele conheceu esta teoria.
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14- A maxila e os dentes denotavam a decrepitude do burrinho; ................., porém, estavam mais gastos que .................... .
- esses aquela
- estes, aquela
- estes, esses
- aqueles, esta
- estes, esses
Em uma enumeração de dois elementos, substitui-se o primeiro por aquele(a) e o último por este(a): os dentes estavam mais gastos que a maxila, portanto, A maxila e os dentes denotavam a decrepitude do burrinho; estes, porém, estavam mais gastos que aquela.
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15- Foram divididos ....................... próprios os trabalhos que ...................... em equipe.
- conosco – se devem realizar
- com nós – devem-se realizar
- conosco – devem realizar-se
- com nós – se devem realizar
- conosco – devem-se realizar
Usa-se com nós e com vós no lugar de conosco e convosco quando à frente desses pronomes surgir alguma palavra (mesmos, próprios, alguns, todos, um numeral, um substantivo...) ou expressão (oração subordinada adjetiva...) que indique quem somos nós ou quem sois vós. É o que ocorre na frase apresentada: Foram divididos com nós próprios.
Em locução verbal, o pronome oblíquo átono pode ligar-se ao verbo auxiliar ou ao verbo principal. Se antes do verbo auxiliar houver palavra atrativa, o uso da próclise a ele é possível: os trabalhos que se devem realizar. Se o verbo principal estiver no infinitivo ou no gerúndio, poderá ocorrer ênclise a ele: os trabalhos que devem realizar-se.
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16- Na voz passiva, escreve-se Deu-me as lições sem uma só das intragáveis ternuras, da seguinte forma:
- As lições me são dadas
- As lições me eram dadas
- As lições me foram dadas
- A mim deu-me ele as lições
- A mim as lições deu-as ele
Para passar da voz ativa para a voz passiva, faz-se o seguinte:
- O sujeito da voz ativa se transforma em agente da passiva, que é encabeçado pela preposição por ou de:
- O objeto direto da voz ativa se transforma em sujeito.
- A verbo transitivo direto é acrescido o verbo ser, no mesmo tempo e modo do VTD da ativa, formando locução verbal passiva. O verbo ser passa a concordar com o sujeito da passiva.
- Se houver objeto indireto, ele se mantém o mesmo.
Ele deu-me as lições = as lições me foram dadas por ele.
Deu-me as lições = as lições me foram dadas.
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