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sábado, 7 de março de 2009

Iode, vau, diérese e sinérese

Encontro vocálico o agrupamento de vogais e semivogais. Há três tipos de encontros vocálicos:

Hiato = É o agrupamento de duas vogais, cada uma em uma sílaba diferente.

Lu-a-na, a-fi-a-do, pi-a-da

Ditongo = É o agrupamento de uma vogal e uma semivogal, em uma mesma sílaba. Quando a vogal estiver antes da semivogal, chamaremos de Ditongo Decrescente, e, quando a vogal estiver depois da semivogal, de Ditongo Crescente. Chamaremos ainda de oral e nasal, conforme ocorrer a saída do ar pelas narinas ou pela boca.

Cai-xa = Ditongo decrescente oral.

Cin-quen-ta = Ditongo crescente nasal, com a ocorrência do Ressoo Nasal.

Tritongo = É o agrupamento de uma vogal e duas semivogais. Também pode ser oral ou nasal.

A-guei = Tritongo oral.

Á-guem = Tritongo nasal, com a ocorrência da semivogal m.

Além desse três, há outros encontros vocálicos importantes:

O agrupamento de uma semivogal entre duas vogais. São os grupos aia, eia, oia, uia, aie, eie, oie, uie, aio, eio, oio, uio, uiu, em qualquer lugar da palavra - começo, meio ou fim. Denominam-se esses encontros de iode. Eis alguns exemplos de iode:

praia, ideia, joia, imbuia, arreio, arroio, balaio, feio, tuiuiú.

Foneticamente, ocorre duplo ditongo ou tritongo + ditongo, conforme o número de semivogais.

Representa-se o som de i com duplo Y: ay-ya, ey-ya, representando o "y-y" um fonema apenas, e não dois como parece. A pronúncia do i é contínua em ambas as sílabas, sem o silêncio que caracteriza a mudança de sílaba.

A palavra vaia, então, tem quatro letras (v - a - i - a) e quatro fonemas (/v/ /a/ /y/ /a/), sendo que o "y" pertence às duas sílabas, não havendo, no entanto, silêncio entre as duas no momento de pronunciar a palavra. Foneticamente, há, então, dois ditongos: ay e ya. Já em sequóia, há um tritongo (woy) e um ditongo (ya).

Na separação silábica, o i ficará na sílaba anterior: prai-a, mei-
a, joi-o, mai-o, fei-o, im-bui-a, tui-ui-ú.




O mesmo ocorre com a semivogal W: aua, aue, aui...

Pi-au-í = Representação fonética: Pi-aw-wi. Com o "w" ocorre o mesmo que ocorreu com o "y", ou seja, representa um fonema apenas e pertence a ambas as sílabas, não havendo o silêncio entre elas no momento de pronunciar a palavra. Denominam-se esses encontros de vau.


Ocorrem, também, na Língua Portuguesa, encontros vocálicos que ora são pronunciados como ditongo, ora como hiato. São eles:

Sinérese = São os agrupamentos ae, ao, ea, eo,
ia, ie, io, oa, oe, ua, ue, uo.

Ca-e-ta-no, Cae-ta-no; ge-a-da, gea-da; Na-tá-li-a, Na-tá-lia; du-e-lo, due-lo.

Diérese = São os agrupamentos ai, au, ei, eu, iu, oi, ui.

re-in-te-grar, rein-te-grar; re-u-nir, reu-nir; di-u-tur-no, diu-tur-no.


Obs.: Há palavras que, mesmo contendo esses agrupamentos não sofrem sinérese nem diérese. Há de ter bom senso, no momento de se separarem as sílabas. Nas palavras rua, tia, magoa, por exemplo, é claro que só há hiato.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Fonética

Fonética é o estudo dos fonemas, que são os sons emitidos por nós para efetivarmos a comunicação. Há os seguintes fonemas:

Vogal: É a base da sílaba. Não existe sílaba sem vogal, e cada sílaba só possui uma vogal. Portanto a palavra paixão, uma vez que tem duas sílabas, só possui duas vogais, que são as pronunciadas com mais força: a, a. As outras duas (i, o) não são vogais, e sim semivogais.

Semivogal: Existem dois tipos de semivogais:

a) As letras e, i, o, u quando formam sílaba com uma vogal. Por exemplo: mãe, pai, pão, touro.
As semivogais com som de I serão representadas foneticamente pela letra Y, e as semivogais com som de U, pela letra W: mãy, pay, pãw, towro.

b) As letras M e N nas terminações de palavras –AM, -EM, -EN. Observe que nas palavras terminadas em –am, -em e –en, as letras M e N têm som de U (representada por W), em –am, e de I (representada por Y), em –em e em –en. Pronuncie as palavras seguintes, vagarosamente, estendendo o último som de cada palavra, que você perceberá isso: deixam (deyxãw), gemem (jemẽy), hífen (ifẽy).

M e N somente serão semivogais em final de palavra. E mais: somente com as três terminações apresentadas: -AM, –EM, -EN. Nas outras ocorrências de M e de N na mesma sílaba de uma vogal, posteriormente a ela, o M e o N são meros sinais de nasalização, ou seja, apenas indicam que a vogal é nasal. Elas não são, portanto, consoantes nem semivogais. Nessas junções ocorre a formação de dígrafo vocálico. Veja alguns exemplos (em cada palavra apresentada há, portanto, um dígrafo vocálico – sempre que houver dígrafo, haverá um fonema a menos em relação ao número de letras, já que o M e o N apenas indicam que a vogal é nasal): samba (sãba), canto (cãto), sempre (sẽpre), tentar (tẽtar), ímpar (ĩpar), cinto (sĩto), ombro (õbro), onde (õde).

Consoante: A consoante representa um obstáculo à saída de ar realizado pelo aparelho fonador. Não existe sílaba somente com consoante. Ela sempre acompanha uma vogal para formar sílaba. Na fonética, o que importa é o som, portanto sempre que houver o som sssssssss, ele será representado pelo fonema “s”. Por exemplo: caçar (caSar), cera (Sera), cinto (Sĩto), aço (aSo), açude (aSude).

Encontros Vocálicos.

Existem três encontros vocálicos:

1) Hiato: encontro de duas vogais evidentemente em sílabas diferentes: Sa-a-ra, Ce-a-rá, Ca-í

2) Ditongo: encontro de uma vogal com uma semivogal: cai-xa (ditongo decrescente, uma vez que o som decresce, já que a vogal,que é mais forte que a semivogal, vem antes); quar-to (ditongo crescente).
* Cuidado com palavra com Q e com G: se o U for pronunciado, haverá ditongo: tranqüilo (trãnkwilo), quarto (kwarto), cinqüenta (sĩkẽwta). Se o U não for pronunciado, ele não é semivogal, nem vogal. Haverá a formação de dígrafo consonantal. QU = K: Quilo (Kilo), quero (Kero). GU = G: sangue (sãGe)

3) Tritongo: uma vogal entre duas semivogais: sa-guão (sagwãw)

Encontros consonantais: duas consoantes com dois sons.
Existem três encontros consonantais:

1) Puro: duas consoantes na mesma sílaba: prato, bloco.

2) Impuro: duas consoantes lado a lado em sílabas diferentes: Pac-to, as-co.

3) Fonético: é a letra X com som de KS: Maxi (maksi)

Dígrafos: duas letras com um som só.
Existem dois tipos de dígrafos:

1) Dígrafos vocálicos: é o encontro de uma vogal com M ou N na mesma sílaba que ela, posteriormente a ela, apenas indicando que a vogal é nasal, como já vimos anteriormente: samba (sãba), canto (cãto), sempre (sẽpre), tentar (tẽtar), ímpar (ĩpar), cinto (sĩto), ombro (õbro), onde (õde).

2) Dígrafos consonantais: RR, SS, SC, SÇ, XC, XS, LH, NH, CH, QU, GU: carro, assar, nascer, desço, exceção, exsudar, alho, banho, cacho, quilo, guerra.

Número de fonemas: Para saber quantos fonemas uma palavra possui, basta fazer o seguinte:

Conta-se o número de letras que a palavra contém; reduz-se 1 para cada dígrafo existente; se a palavra se iniciar por H, diminui-se um também; se a palavra possuir encontro consonantal fonético, aumenta-se um. Por exemplo, peguemos este mesmo parágrafo que você está lendo: leia da primeira palavra (Conta-se) até a palavra “exemplo”. Nesse trecho, há 12 dígrafos vocálicos: conta (on), contém (on), existente (en), um (um) também (am) encontro (en, on), consonantal (on, an) aumenta-se (en), um (um), exemplo (em). Há 02 dígrafos consonantais: que (qu), possuir (ss). Para se chegar ao número de fonemas, conta-se o número de letras do trecho e diminui 14.

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