Na voz ativa, o sujeito é o termo que pratica a ação. O que a sofre é o objeto direto. Por exemplo:
- Os alunos estudaram a matéria.
Sujeito simples agente: os alunos;
Verbo transitivo direto: estudaram (Quem estuda, estuda algo);
Objeto direto: a matéria.
----------------------
Na voz passiva, o sujeito é o termo que sofre a ação. O que a pratica é o agente da passiva. Por exemplo:
- A matéria foi estudada pelos alunos.
Sujeito simples paciente: a matéria;
Locução verbal passiva: foi estudada;
Agente da passiva: pelos alunos.
-------------------
Há duas maneiras de se formar a voz passiva:
1- Voz passiva analítica: formada pelos seguintes termos:
sujeito paciente;
locução verbal passiva: verbo ser + particípio de VTD;
agente da passiva: iniciado pela preposição por ou de.
P. ex.:
- O jogador será apresentado pela diretoria do clube amanhã.
sujeito paciente: o jogador
locução verbal passiva: será apresentado
agente da passiva: pela diretoria do clube
2- Voz passiva sintética: formada pelos seguintes termos:
Verbo transitivo direto;
Partícula apassivadora (é o pronome se)
Sujeito paciente (era o objeto direto na voz passiva).
O verbo tem de concordar com o sujeito paciente.
P. ex.:
- Comprou-se muita coisa inútil.
Verbo transitivo direto: comprou (Quem compra, compra algo)
Partícula apassivadora: se
Sujeito paciente: muita coisa inútil
A passiva sintética pode ser transformada em passiva analítica:
- Muita coisa inútil foi comprada.
- Compraram-se muitas coisas inúteis.
Verbo transitivo direto: compraram (Quem compra, compra algo) – Verbo no plural, pois o sujeito está no plural.
Partícula apassivadora: se
Sujeito paciente: muitas coisas inúteis
A passiva sintética pode ser transformada em passiva analítica:
- Muitas coisas inúteis foram compradas.
--------------------
Analisemos as frases seguintes:
Não se sabe se ele disse a verdade ou não.
Verbo transitivo direto: sabe (Quem sabe, sabe algo) – Verbo no singular, pois o sujeito está no singular.
Partícula apassivadora: se
Sujeito paciente: se ele disse a verdade. É uma oração que exerce a função de sujeito, denominada de oração subordinada substantiva subjetiva. Quando houver tal oração, o outro verbo tem de ficar no singular.
Espera-se que ele chegue a tempo.
Verbo transitivo direto: espera (Quem espera, espera algo) – Verbo no singular, pois o sujeito está no singular.
Partícula apassivadora: se
Sujeito paciente: que ele chegue a tempo. Oração subordinada substantiva subjetiva. Quando houver tal oração, o outro verbo tem de ficar no singular.
A torcida sentia que era chegada a hora de substituir o atacante.
Não há o pronome se nem o verbo ser. A oração, portanto, não está na voz passiva, e sim na ativa.
Sujeito simples agente: a torcida;
Verbo transitivo direto: sentia (Quem sente, sente algo);
Objeto direto: que era chegada a hora... . É uma oração, denominada de oração subordinada substantiva objetiva direta.
Via-se que o deputado era corrupto.
Verbo transitivo direto: via (Quem vê, vê algo) – Verbo no singular, pois o sujeito está no singular.
Partícula apassivadora: se
Sujeito paciente: que o deputado era corrupto. Oração subordinada substantiva subjetiva. Quando houver tal oração, o outro verbo tem de ficar no singular.
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sábado, 8 de novembro de 2008
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Pronomes o, a, os, as e pronomes lhe, lhes.
Em todo o estudo de regência verbal, o aluno deve estar muito atento à seguinte teoria:
Verbo Transitivo Direto é aquele que indica ação praticada pelo sujeito e sofrida pelo objeto direto. A ligação entre o verbo e o objeto é realizada diretamente, ou seja, sem preposição. O próprio verbo praticar é transitivo direto, pois Quem pratica, pratica algo. Por exemplo:
Pratico tênis todas as semanas.
Os objetos diretos podem ser representados pelos pronomes o, a, os, as quando estiverem na terceira pessoa do singular ou do plural. Por exemplo:
* Quanto ao carro que comprou, se não o pagar até amanhã, será processado. (Pagar algo)
* Ela me entregou o convite pessoalmente. Agradeci-o comovido. (agradecer algo)
* Queridos alunos, informo-os de que a prova será difícil. (Informar alguém de algo)
* Levei sua bolsa para casa e a esqueci lá. (Esquecer algo)
* Você conhece a Isaurinha? Eu também a conheço. (Conhecer alguém)
Verbo transitivo indireto é aquele que indica ação praticada pelo sujeito e recebida pelo objeto indireto ou fato ativo também praticado pelo sujeito e recebido pelo objeto indireto. A ligação entre o verbo e o objeto é realizada mediante uma preposição. Por exemplo, o verbo obedecer, pois Quem obedece, obedece A algo (ou A alguém):
Não obedecerei a esses regulamentos por serem absurdos.
Os objetos indiretos encabeçados pela preposição a podem ser representados pelos pronomes lhe, lhes quando estiverem na terceira pessoa do singular ou do plural. Por exemplo:
* Fala-se muito das leis, mas ninguém lhes obedece. (Obedecer A algo)
* Ela me entregou o convite pessoalmente. Agradeci-lhe comovido. (Agradecer A alguém)
* Queridos alunos, informo-lhes que a prova será difícil. (Informar algo A alguém)
* Custou-lhe acreditar em mim. (Custar A alguém algo)
* Conversei com a Isaurinha e solicitei-lhe que me desse algumas informações. (Solicitar algo A alguém)
Há, porém, exceções. Alguns verbos transitivos indiretos que exigem a preposição a não admitem o uso de lhe, lhes como seus complementos, mas sim a ele, a ela, a eles, a elas). Eis alguns deles:
* Anuir (= dar consentimento, aprovação; estar de acordo)
* Visar (= almejar)
* Aspirar (= almejar)
* Assistir (= ver)
* Referir-se
* Aludir (= referir-se)
Eis alguns exemplos:
* Quanto ao casamento de nossa filha, não posso anuir a ele jamais! (e não anuir-lhe)
* Cada vaga em Medicina é almejada por centenas de milhares de jovens anualmente; visem a ela com determinação, portanto. (e não visem-lhe)
* Cada vaga em Medicina é almejada por centenas de milhares de jovens anualmente; aspirem a ela com determinação, portanto. (e não aspirem-lhe)
* Se esse filme é tão maravilhoso assim, assistamos a ele , então! (e não assistamos-lhe)
* Você diz que não citei sua aprovação, mas me referi a ela ontem mesmo. (e não me referi-lhe)
* Você diz que não citei sua aprovação, mas aludi a ela ontem mesmo. (e não aludi-lhe)
Dúvidas? Mande-me um e-mail.
Verbo Transitivo Direto é aquele que indica ação praticada pelo sujeito e sofrida pelo objeto direto. A ligação entre o verbo e o objeto é realizada diretamente, ou seja, sem preposição. O próprio verbo praticar é transitivo direto, pois Quem pratica, pratica algo. Por exemplo:
Pratico tênis todas as semanas.
Os objetos diretos podem ser representados pelos pronomes o, a, os, as quando estiverem na terceira pessoa do singular ou do plural. Por exemplo:
* Quanto ao carro que comprou, se não o pagar até amanhã, será processado. (Pagar algo)
* Ela me entregou o convite pessoalmente. Agradeci-o comovido. (agradecer algo)
* Queridos alunos, informo-os de que a prova será difícil. (Informar alguém de algo)
* Levei sua bolsa para casa e a esqueci lá. (Esquecer algo)
* Você conhece a Isaurinha? Eu também a conheço. (Conhecer alguém)
Verbo transitivo indireto é aquele que indica ação praticada pelo sujeito e recebida pelo objeto indireto ou fato ativo também praticado pelo sujeito e recebido pelo objeto indireto. A ligação entre o verbo e o objeto é realizada mediante uma preposição. Por exemplo, o verbo obedecer, pois Quem obedece, obedece A algo (ou A alguém):
Não obedecerei a esses regulamentos por serem absurdos.
Os objetos indiretos encabeçados pela preposição a podem ser representados pelos pronomes lhe, lhes quando estiverem na terceira pessoa do singular ou do plural. Por exemplo:
* Fala-se muito das leis, mas ninguém lhes obedece. (Obedecer A algo)
* Ela me entregou o convite pessoalmente. Agradeci-lhe comovido. (Agradecer A alguém)
* Queridos alunos, informo-lhes que a prova será difícil. (Informar algo A alguém)
* Custou-lhe acreditar em mim. (Custar A alguém algo)
* Conversei com a Isaurinha e solicitei-lhe que me desse algumas informações. (Solicitar algo A alguém)
Há, porém, exceções. Alguns verbos transitivos indiretos que exigem a preposição a não admitem o uso de lhe, lhes como seus complementos, mas sim a ele, a ela, a eles, a elas). Eis alguns deles:
* Anuir (= dar consentimento, aprovação; estar de acordo)
* Visar (= almejar)
* Aspirar (= almejar)
* Assistir (= ver)
* Referir-se
* Aludir (= referir-se)
Eis alguns exemplos:
* Quanto ao casamento de nossa filha, não posso anuir a ele jamais! (e não anuir-lhe)
* Cada vaga em Medicina é almejada por centenas de milhares de jovens anualmente; visem a ela com determinação, portanto. (e não visem-lhe)
* Cada vaga em Medicina é almejada por centenas de milhares de jovens anualmente; aspirem a ela com determinação, portanto. (e não aspirem-lhe)
* Se esse filme é tão maravilhoso assim, assistamos a ele , então! (e não assistamos-lhe)
* Você diz que não citei sua aprovação, mas me referi a ela ontem mesmo. (e não me referi-lhe)
* Você diz que não citei sua aprovação, mas aludi a ela ontem mesmo. (e não aludi-lhe)
Dúvidas? Mande-me um e-mail.
domingo, 15 de abril de 2007
Beija eu, beija eu, beija eu, me beija.
Arnaldo Antunes escreveu a poesia e a transformou em música. Marisa Monte a interpretou. Harmonicamente perfeita! Ambos foram magistrais. Antunes usou, porém, o que chamamos de licença poética para escrever seus versos. É sabido que licença poética é a liberdade que toma o poeta de transgredir as normas da poética ou da gramática, a fim de trabalhar com a rima, com a métrica, com a harmonia, despreocupadamente. Ele sabe Gramática. Já mostrou isso em outras composições. Não houve erro, portanto. Houve o uso deliberado de inadequações à Gramática padrão. Não corrigirei Arnaldo Antunes; apresentarei o que consideramos certo, de acordo com o Português culto. Alguns exames vestibulares podem apresentar tal composição e pedir que os jovens apresentem a forma adequada. Vamos a ela, então:
Os pronomes pessoais eu, tu, ele(a) nós, vós e eles(as) são denominados de pronomes retos e exercem somente uma função sintática em orações: sujeito, termo que pratica a ação de um verbo ativo (p. ex. vender), que sofre a ação de um verbo passivo (p. ex. receber) e que possui uma qualidade quando o verbo é predicativo (p. ex. ser). Uma maneira prática de descobrir quem é o sujeito é perguntar ao verbo Quem é que.......? A resposta é o sujeito do verbo.
Os pronomes pessoais me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as e lhes são denominados de pronomes oblíquos átonos e exercem várias funções sintáticas em orações. Hoje nos ateremos à função de complemento de verbo, que são os seguintes:
Objeto direto: complemento de verbo transitivo direto, verbo de sentido incompleto, que, por isso, necessita de um complemento, ao qual se liga sem intermédio de preposição. Por exemplo, o verbo vender: Quem vende, vende algo. É transitivo direto, pois necessita de complemento (algo ou alguém), denominado de objeto direto.
Os pronomes oblíquos átonos que exercem a função se objeto direto são os seguintes: me, te, se, o, a, nos, vos, os, as. Por exemplo:
Conhecer: Quem conhece, conhece algo ou alguém. É verbo transitivo direto, portanto, podemos usar os pronomes apresentados como complemento:
Ela não me conhece. Eu também não a conheço.
Ela te conhece. Nós nos conhecemos.
Objeto indireto: complemento de verbo transitivo indireto, verbo de sentido incompleto, que, por isso, necessita de um complemento, ao qual se liga por meio de preposição (por, para, a, de, em, com...). Por exemplo, o verbo obedecer: Quem obedece, obedece A algo ou A alguém. É transitivo indireto, pois necessita de complemento (algo ou alguém), denominado de objeto indireto, ao qual se liga por meio da preposição A.
Os pronomes oblíquos átonos que exercem a função se objeto indireto são os seguintes: me, te, se, lhe, nos, vos, lhes. Por exemplo:
Ela não me obedeceu. Eu também não lhe obedeci.
Ela não te obedece. Nós nos obedecemos.
Os pronomes pessoais mim, ti, si, ele(a), nós, vós eles(as) são denominados de oblíquos tônicos e exercem as mesmas funções sintáticas dos oblíquos átonos. Podem, então, exercer as funções de objeto direto ou objeto indireto. A diferença entre os oblíquos átonos e os tônicos é que estes só são usados COM preposição. Obrigatoriamente, esses pronomes são usados sempre com preposição: a mim, de mim, por mim, para mim, sem mim, em mim, etc. Quando, então, eles exercerem a função de objeto direto, complemento de verbo que não é usado com preposição, obrigatoriamente têm de ser antecedidos da preposição A. A preposição não pertence ao verbo, e sim ao próprio pronome. Por exemplo:
Ela não conhece a mim. Eu também não conheço a ela.
Ela conhece a ti. Elas conhecem a nós.
Voltemos, agora, à poesia de Arnaldo Antunes:
Beija eu, beija eu, beija eu, me beija.
Observe que Antunes brinca com os pronomes eu e me harmonicamente. Você sabe, porém, que somente um está adequado ao padrão culto. Qual deles? Vejamos (Hoje não nos ateremos à colocação pronominal me beija):
Qual o sujeito do verbo beijar? Quem é que beija? Sou eu? Não. Tu que beijas. Beija é o imperativo referente à segunda pessoa, tu; esse é o sujeito de beijar, então. Se o sujeito fosse a terceira pessoa, você, o verbo seria conjugado assim: beije.
Quem beija, beija alguém. Tu beijas quem? Qual o objeto direto do verbo beijar? Eu? Sim, porém o pronome eu não exerce a função de objeto direto, e sim o pronome me, ou mim, com a preposição A: Beija-me ou Beija a mim, caso o sujeito seja a segunda pessoa, tu. Beije-me ou Beije a mim, caso o sujeito seja a terceira pessoa, você.
Pronto. Essa é a explicação. Um pouco extensa, mas completa. Se Arnaldo Antunes quisesse escrever dentro do padrão culto do nosso idioma, escreveria assim:
Beija-me ou Beija a mim, se quisesse se dirigir ao sujeito tu.
Beije-me ou Beije a mim, se quisesse se dirigir ao sujeito você.
Os pronomes pessoais eu, tu, ele(a) nós, vós e eles(as) são denominados de pronomes retos e exercem somente uma função sintática em orações: sujeito, termo que pratica a ação de um verbo ativo (p. ex. vender), que sofre a ação de um verbo passivo (p. ex. receber) e que possui uma qualidade quando o verbo é predicativo (p. ex. ser). Uma maneira prática de descobrir quem é o sujeito é perguntar ao verbo Quem é que.......? A resposta é o sujeito do verbo.
Os pronomes pessoais me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as e lhes são denominados de pronomes oblíquos átonos e exercem várias funções sintáticas em orações. Hoje nos ateremos à função de complemento de verbo, que são os seguintes:
Objeto direto: complemento de verbo transitivo direto, verbo de sentido incompleto, que, por isso, necessita de um complemento, ao qual se liga sem intermédio de preposição. Por exemplo, o verbo vender: Quem vende, vende algo. É transitivo direto, pois necessita de complemento (algo ou alguém), denominado de objeto direto.
Os pronomes oblíquos átonos que exercem a função se objeto direto são os seguintes: me, te, se, o, a, nos, vos, os, as. Por exemplo:
Conhecer: Quem conhece, conhece algo ou alguém. É verbo transitivo direto, portanto, podemos usar os pronomes apresentados como complemento:
Ela não me conhece. Eu também não a conheço.
Ela te conhece. Nós nos conhecemos.
Objeto indireto: complemento de verbo transitivo indireto, verbo de sentido incompleto, que, por isso, necessita de um complemento, ao qual se liga por meio de preposição (por, para, a, de, em, com...). Por exemplo, o verbo obedecer: Quem obedece, obedece A algo ou A alguém. É transitivo indireto, pois necessita de complemento (algo ou alguém), denominado de objeto indireto, ao qual se liga por meio da preposição A.
Os pronomes oblíquos átonos que exercem a função se objeto indireto são os seguintes: me, te, se, lhe, nos, vos, lhes. Por exemplo:
Ela não me obedeceu. Eu também não lhe obedeci.
Ela não te obedece. Nós nos obedecemos.
Os pronomes pessoais mim, ti, si, ele(a), nós, vós eles(as) são denominados de oblíquos tônicos e exercem as mesmas funções sintáticas dos oblíquos átonos. Podem, então, exercer as funções de objeto direto ou objeto indireto. A diferença entre os oblíquos átonos e os tônicos é que estes só são usados COM preposição. Obrigatoriamente, esses pronomes são usados sempre com preposição: a mim, de mim, por mim, para mim, sem mim, em mim, etc. Quando, então, eles exercerem a função de objeto direto, complemento de verbo que não é usado com preposição, obrigatoriamente têm de ser antecedidos da preposição A. A preposição não pertence ao verbo, e sim ao próprio pronome. Por exemplo:
Ela não conhece a mim. Eu também não conheço a ela.
Ela conhece a ti. Elas conhecem a nós.
Voltemos, agora, à poesia de Arnaldo Antunes:
Beija eu, beija eu, beija eu, me beija.
Observe que Antunes brinca com os pronomes eu e me harmonicamente. Você sabe, porém, que somente um está adequado ao padrão culto. Qual deles? Vejamos (Hoje não nos ateremos à colocação pronominal me beija):
Qual o sujeito do verbo beijar? Quem é que beija? Sou eu? Não. Tu que beijas. Beija é o imperativo referente à segunda pessoa, tu; esse é o sujeito de beijar, então. Se o sujeito fosse a terceira pessoa, você, o verbo seria conjugado assim: beije.
Quem beija, beija alguém. Tu beijas quem? Qual o objeto direto do verbo beijar? Eu? Sim, porém o pronome eu não exerce a função de objeto direto, e sim o pronome me, ou mim, com a preposição A: Beija-me ou Beija a mim, caso o sujeito seja a segunda pessoa, tu. Beije-me ou Beije a mim, caso o sujeito seja a terceira pessoa, você.
Pronto. Essa é a explicação. Um pouco extensa, mas completa. Se Arnaldo Antunes quisesse escrever dentro do padrão culto do nosso idioma, escreveria assim:
Beija-me ou Beija a mim, se quisesse se dirigir ao sujeito tu.
Beije-me ou Beije a mim, se quisesse se dirigir ao sujeito você.
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