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quarta-feira, 30 de julho de 2008

Maxivest II (de 80 a 105)

80- Qual a forma apropriada às frases?

1. As diferenças existentes entre homens e mulheres ................. ser um fato indiscutível.

  • parece
  • parecem

Verbo parecer + infinitivo: tanto pode o parecer concordar com o sujeito e o infinitivo não se flexionar (As diferenças parecem ser...), quanto o parecer permanecer o singular e o infinitivo flexionar-se (As diferenças parece serem...)

2. Alguns cientistas, desenvolvendo uma nova pesquisa sobre a estrutura do cérebro, os efeitos dos hormônios e a psicologia infantil, ............... que as diferenças entre homens e mulheres não se devem apenas à educação.

  • propõe
  • propõem

O sujeito de propor é o substantivo cientistas: Alguns cientistas propõem...

3. .................. diferenças cerebrais condicionadoras das aptidões tidas como tipicamente masculinas ou femininas.

  • haveria
  • haveriam

O verbo haver significando existir, acontecer ou ocorrer, ou indicando tempo decorrido, é impessoal, por isso fica no singular obrigatoriamente.

4. ................... ainda pesquisadores que consideram os machos mais agressivos, em virtude de sua constituição hormonal.

  • Existe
  • Existem

O verbo existir não é impessoal, mas sim concorda com o sujeito, que, na frase, é pesquisadores: Existem pesquisadores...

5. Como sempre, discute-se se é a força da Biologia, ou meramente a Educação, que ..................... sobre o comportamento humano.

  • predomina
  • predominam

O sujeito de predominar é o pronome relativo que. Quando o sujeito for o pronome relativo que, o verbo concordará com o elemento antecedente, que é a força da Biologia, cujo núcleo é força, substantivo no singular, por isso o verbo fica no singular. Poder-se-ia pensar também que o elemento antecedente é composto cujos núcleos são ligados pela conjunção ou. Se assim o fosse, o verbo também teria de ficar no singular, porque há exclusão: se a força da Biologia predominar sobre o comportamento humano, impede que a Educação também predomine.

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81- .................... dez horas que se .................... iniciado os trabalhos de apuração dos votos sem que se ................... quais seriam os candidatos vitoriosos.

  • Fazia, haviam, previsse
  • Faziam, haviam, prevesse
  • Fazia, havia, previsse
  • Faziam, havia, previssem
  • Fazia, haviam, prevessem

- O verbo fazer, indicando tempo decorrido, é impessoal, por isso fica na terceira pessoa do singular: Fazia.

- O verbo haver, sendo auxiliar de locução verbal cujo verbo principal esteja no particípio, tem sujeito e com ele concorda: Que é que se havia iniciado? Resposta: os trabalhos. Este é o sujeito, um substantivo no plural; o verbo fica, então, no plural: haviam. O pronome se é denominado de partícula apassivadora, que acompanha verbo transitivo direto e transforma o objeto direto em sujeito: que se haviam iniciado os trabalhos = que os trabalhos haviam sido iniciados.

- O verbo prever é derivado de ver, por isso sua conjugação é idêntica à deste: se eles vissem = se eles previssem. O pronome se é denominado de partícula apassivadora, que acompanha verbo transitivo direto e transforma o objeto direto em sujeito: sem que se previsse quais seriam os candidatos vitoriosos = sem que fosse previsto quais seriam os candidatos vitoriosos. O sujeito de prever é a oração quais seriam os candidatos vitoriosos. Quando o sujeito for representado por uma oração, o verbo fica na terceira pessoa do singular.

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82- No grupo, .................... os trabalhos.

  • sou eu que coordena
  • é eu que coordena
  • é eu quem coordena
  • é eu quem coordeno
  • sou eu quem coordena

- O verbo ser tem de concordar com o sujeito – eu: sou eu.

- Se o sujeito do verbo coordenar for o pronome relativo que, o verbo terá de concordar com o elemento antecedente: eu coordeno: sou eu que coordeno.

- Se o sujeito do verbo coordenar for o pronome relativo quem, o verbo terá de ficar na terceira pessoa do singular: quem coordena sou eu = sou eu quem coordena.

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83- O verbo está no plural porque o sujeito é composto em:

  • À autora e à maioria das pessoas não interessam as vantagens da morte.
  • Os sentimentos de gratidão e de amor só conseguem ser eternos enquanto duram.
  • Amigos e amigas, não me chamem de inesquecível.
  • Pedaços de dor e de saudade cobrem a minha alma esbagaçada.
  • Limpos estão os meus olhos e o meu coração.

Encontra-se o sujeito de um verbo perguntando a este o seguinte: Que(m) é que ........? A resposta a essa pergunta é o sujeito.

- Que é que não interessa? Resposta: as vantagens da morte, cujo núcleo é vantagens. O sujeito, portanto, é simples.

- Que é que consegue ser eterno? Resposta: os sentimentos de gratidão e de amor, cujo núcleo é sentimentos. O sujeito, portanto, é simples.

- Quem é que não deve chamar-me? Resposta: vocês. O sujeito é oculto, pois o verbo está no imperativo: há um pedido: não me chamem de inesquecível. Sempre que o verbo estiver no modo imperativo, o sujeito será oculto, com exceção das expressões basta de e chega de, que não têm sujeito. "Amigos e amigas" é vocativo.

- Que é que cobre a minha alma? Resposta: Pedaços de dor e de saudade, cujo núcleo é pedaços. O sujeito, portanto, é simples.

- Que é que está limpo? Resposta: os meus olhos e o meu coração, cujos núcleos são olhos e coração. O sujeito, portanto, é composto.

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84- Qual a frase adequada quanto à concordância verbal?

  • Sou eu que primeiro saio.
  • É cinco horas da tarde.
  • Da cidade à praia é dois quilômetros.
  • Dois metros de tecido são pouco para o terno.
  • Nenhuma das anteriores está correta.

- Quando o sujeito for o pronome relativo que, o verbo concordará com o elemento antecedente: eu saio primeiro: Sou eu que primeiro saio.

- O verbo ser, apesar de ser impessoal, concorda com o número indicador de horas e de distância: São cinco horas. / São dois quilômetros.

- O verbo ser é invariável quando seu sujeito for quantidade no plural e o predicativo do sujeito fora uma destas palavras ou expressões: muito, pouco, o bastante, o suficiente, uma fortuna, uma miséria...: Dois metros de tecido é pouco.

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85- Onde há erro?

  • Prepararam-se as tarefas conforme havia sido combinado.
  • Deve haver pessoas interessadas na discussão do problema.
  • Fazem cem anos que Memórias Póstumas de Brás Cubas teve sua primeira edição.
  • Devem existir razões para ele retirar-se do grupo.
  • Um e outro descendiam de famílias ilustres.

- O pronome se será denominado de partícula apassivadora quando acompanhar verbo transitivo direto e transformará o objeto direto em sujeito: Prepararam-se as tarefas = As tarefas foram preparadas.

- O verbo haver significando existir, acontecer ou ocorrer, ou indicando tempo decorrido, é impessoal, por isso fica no singular obrigatoriamente. Havendo locução verbal, o auxiliar também ficará no singular: Deve haver pessoas interessadas.

- O verbo fazer, indicando tempo decorrido, é impessoal, por isso fica na terceira pessoa do singular: Faz cem anos.

- O verbo existir não é impessoal, mas sim concorda com o sujeito, que, na frase, é razões. Como há locução verbal, o verbo auxiliar é o que concorda com o sujeito: Devem existir razões...

- Quando o sujeito for a expressão um e outro, o verbo tanto poderá ficar no singular quanto no plural: Um e outro descendia... / Um e outro descendiam...

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86- Onde não há erro?

  • Ainda resta cerca de vinte alunos.
  • Haviam inúmeros assistentes na reunião.
  • Tu e ele saireis juntos.
  • Foi eu quem paguei as suas dívidas.
  • Há de existir professores esforçados.

- Quando o sujeito for uma destas expressões – mais de, menos de, cerca de, perto de – acompanhada de número no plural, o verbo terá de concordar com o numeral: Ainda restam cerca de vinte alunos.

- O verbo haver significando existir, acontecer ou ocorrer, ou indicando tempo decorrido, é impessoal, por isso fica no singular obrigatoriamente: Havia inúmeros assistentes na reunião.

- Quando o sujeito for representado por pessoas gramaticais diferentes, ocorrerá a seguinte concordância: havendo pronome de primeira pessoa (eu ou nós), a concordância se dará com a primeira pessoa do plural. Não havendo pronome de primeira pessoa, e havendo o pronome tu mais algum outro termo, a concordância tanto se dará na segunda pessoa do plural, vós, quanto na terceira, vocês: Tu e ele saireis juntos / Tu e ele sairão juntos.

- Quando o sujeito for o pronome relativo quem, o verbo ficará na terceira pessoa do singular: Fui eu quem pagou as suas dívidas.

- O verbo existir não é impessoal, mas sim concorda com o sujeito, que, na frase, é professores esforçados. Como há locução verbal, o verbo auxiliar é o que concorda com o sujeito: Hão de existir professores esforçados...

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87- Enumere (1) cantamos, (2) cantais e (3) cantam

( ) Ele e ela ....................

( ) Eu e tu ......................

( ) Ele e eu ....................

( ) Eu e ela ....................

( ) Tu e ele ....................

- Quando o sujeito for representado por pessoas gramaticais diferentes, ocorrerá a seguinte concordância: havendo pronome de primeira pessoa (eu ou nós), a concordância se dará com a primeira pessoa do plural. Não havendo pronome de primeira pessoa, e havendo o pronome tu mais algum outro termo, a concordância tanto se dará na segunda pessoa do plural, vós, quanto na terceira, vocês: Tu e ele saireis juntos / Tu e ele sairão juntos. As frases, portanto, ficam assim:

Ele e ela cantam

Eu e tu cantamos

Ele e eu cantamos

Eu e ela cantamos

Tu e ele cantais / cantam

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88- Quais frases estão adequadas?

  • Eram duas horas da tarde.
  • Fui eu que resolvi o problema.
  • Hoje são sete de março.

- O verbo ser, apesar de ser impessoal, concorda com o número indicador de horas e de distância: Eram duas horas.

- Quando o sujeito for o pronome relativo que, o verbo concordará com o elemento antecedente: eu resolvi = Fui eu que resolvi.

- O verbo ser, ao indicar datas, tanto pode ficar no singular quanto no plural: Hoje é sete de março. (= Hoje é dia sete de março) / Hoje são sete de março (= Hoje são sete dias de março). Claro que se for o primeiro dia do mês, o verbo ficará no singular.

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89- Sr. Professor, peço ao Sr. A fineza de me ...................... a quinta lição, e .............. a ..................... anterior decisão.

  • enviar – reconsiderar – sua
  • enviardes – reconsiderardes – vossa
  • enviar – reconsiderar – vossa
  • enviardes – reconsiderardes – sua
  • enviardes – reconsiderar – vossa

"Sr." é pronome de tratamento, por isso representa a terceira pessoa do singular. Todos os termos que se referem a pronomes de tratamento devem ficar na terceira pessoa do singular: enviar – reconsiderar – sua.

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90- ................... V. Excelência, se não me apresento pessoalmente ..................., embora aqui esteja, sempre ...................... .

  • Perdoai-me – a vós – a vosso dispor
  • Perdoe-me – ao Sr. – ao seu dispor
  • Perdoai-me – a V. Excelência – a seu dispor
  • Perdoe-me – a V. Excelência – a seu dispor
  • Perdoai-me – a V. Excelência – ao dispor de V. Excelência

"V. Excelência" é pronome de tratamento, por isso representa a terceira pessoa do singular. Todos os termos que se referem a pronomes de tratamento devem ficar na terceira pessoa do singular: Perdoe-me – seu dispor.

Há duas respostas possíveis: Perdoe-me – ao Sr. – ao seu dispor e Perdoe-me – a V. Excelência – a seu dispor.

É facultativo o uso de artigo diante de pronomes possessivos adjetivos, ou seja, dos pronomes possessivos que acompanham substantivo.

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91- Onde há erro?

  • A maioria das mulheres é inteligente.
  • A maioria das mulheres são inteligentes.
  • Uma ou outra forma estão certas.
  • Ainda vai haver noites frescas.
  • Pedimos que Vossa Senhoria vos digneis receber-nos.

- Quando o sujeito for uma palavra coletiva acompanhada de substantivo no plural, o verbo tanto pode ficar no singular quanto no plural: A maioria das mulheres é inteligente. / A maioria das mulheres são inteligentes.

- Quanto o sujeito for a expressão um e outro ou uma e outra, o verbo tanto poderá ficar no singular quanto no plural: Uma e outra forma está certa. / Uma e outra forma estão certas.

- O verbo haver significando existir, acontecer ou ocorrer, ou indicando tempo decorrido, é impessoal, por isso fica no singular obrigatoriamente. Havendo locução verbal, o auxiliar também ficará no singular: Ainda vai haver noites frescas.

- "V. Senhoria" é pronome de tratamento, por isso representa a terceira pessoa do singular. Todos os termos que se referem a pronomes de tratamento devem ficar na terceira pessoa do singular: Pedimos que Vossa Senhoria se digne receber-nos.

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92- Há muitas pessoas que .................. a própria personalidade, tornando-se ................ de objetos.

  • renega – escrava
  • renegam – escravas
  • renega – escravos
  • renegam – escravo
  • renega – escravas

- Quando o pronome relativo que for sujeito, o verbo concordará com o elemento antecedente: muitas pessoas renegam = Há muitas pessoas que renegam.

- Quem é que se torna escravo de objetos? Resposta: muitas pessoas, portanto elas tornam-se escravas de objetos.

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93- Onde há erro?

  • Não se assistia a tais espetáculos aqui.
  • Podem-se respeitar essas convenções.
  • Pode-se perdoar aos exilados.
  • Há de se fazer muitas alterações.
  • Não se trata de problemas graves.

- O pronome se será denominado de partícula apassivadora quando acompanhar verbo transitivo direto e transformará o objeto direto em sujeito:

  • Podem-se respeitar essas convenções = Essas convenções podem ser respeitadas.
  • Há de se fazer muitas alterações = Muitas alterações hão de ser feitas.

- O pronome se será denominado de índice de indeterminação do sujeito quando acompanhar verbo transitivo indireto que tenha objeto indireto expresso na oração. Quanto isso ocorrer, o verbo ficará na terceira pessoa do singular:

  • Não se assistia a tais espetáculos aqui, pois assistir é verbo transitivo indireto, e tais espetáculos, objeto indireto.
  • Pode-se perdoar aos exilados, pois perdoar é verbo transitivo indireto, e exilados, objeto indireto.
  • Não se trata de problemas graves, pois tratar é verbo transitivo indireto, e problemas graves, objeto indireto.

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94- "Eu não sou o homem que tu procuras, mas desejava ver-te, ou, quanto menos, possuir o teu retrato." Se o pronome tu fosse substituído por Vossa Excelência, em lugar das palavras destacadas no texto transcrito, haveria, respectivamente, as seguintes formas:

  • procurais, ver-vos, vosso
  • procura, vê-la, seu
  • procura, vê-lo, vosso
  • procurais, vê-la, vosso
  • procurais, ver-vos, seu

- "V. Excelência" é pronome de tratamento, por isso representa a terceira pessoa do singular. Todos os termos que se referem a pronomes de tratamento devem ficar na terceira pessoa do singular: procura, vê-la, seu.

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95- Quantas semanas ..................... para eles ..................... o trabalho?

  • é necessário, terminassem
  • é necessário, terminar
  • são necessários, terminarem
  • são necessários, terminem
  • são necessárias, terminarem

- Que é que é necessário? Resposta: semanas. Eis o sujeito, portanto. Como semanas está no plural e é feminino, a concordância deve seguir o gênero e o número: semanas são necessárias.

- As semanas são necessárias para eles fazerem o quê? Resposta: para eles terminarem o trabalho. O pronome eles é o sujeito do verbo terminar.

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96- Onde não há erro?

  • Não se pensam em miséria com dinheiro no bolso.
  • Estudaram-se esta matéria.
  • Esclareceram-se as dúvidas.
  • Comentaram-se muito durante a estréia da peça.
  • Convocou-se os candidatos à Prefeitura.

- O pronome se será denominado de partícula apassivadora quando acompanhar verbo transitivo direto e transformará o objeto direto em sujeito:

  • Esta matéria foi estudada = Estudou-se esta matéria.
  • As dúvidas foram esclarecidas = Esclareceram-se as dúvidas.
  • Os candidatos à Prefeitura foram convocados = Convocaram-se os candidatos à Prefeitura.

- O pronome se será denominado de índice de indeterminação do sujeito quando acompanhar verbo transitivo indireto que tenha objeto indireto expresso na oração. Quanto isso ocorrer, o verbo ficará na terceira pessoa do singular:

Não se pensa em miséria com dinheiro no bolso, pois pensar é verbo transitivo indireto, e miséria, objeto indireto.

- O pronome se será denominado de índice de indeterminação do sujeito quando acompanhar verbo intransitivo sem sujeito expresso na oração Quanto isso ocorrer, o verbo ficará na terceira pessoa do singular:

  • Comentou-se muito durante a estréia da peça.

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97- Onde há erro?

  • Faltam ainda alguns passos seguros para a aquisição de uma vida pacífica.
  • Existem criações sensatas capazes de superar até as mais espantosas maldades.
  • As desilusões que a perturbam hoje já passaram alguns dias comigo.
  • De sinceras intenções, as pessoas estão saturadas.
  • Exatamente irreais, suas palavras só contém valores supérfluos.

Os verbos derivados de ter e de vir recebem acento agudo na terceira pessoa do singular do presente do indicativo e acento circunflexo na terceira pessoa do plural do presente do indicativo:

  • Todos os dias ele mantém a calma.
  • Todos os dias eles mantêm a calma.
  • Todos os dias ele intervém em meus negócios.
  • Todos os dias eles intervêm em meus negócios.

O erro, portanto, está na última frase, pois o sujeito do verbo conter está no plural: palavras: Elas contêm.

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98- .................... existir discos voadores, mas muitos testemunhos já ............... que ..................... considerar-se absurdos.

  • Podem, houve, podem
  • Pode, houve, podem
  • Podem, houveram, pode
  • Pode, houve, pode
  • Podem, houveram, podem

- O verbo existir não é impessoal, mas sim concorda com o sujeito, que, na frase, é discos voadores. Como há locução verbal, o verbo auxiliar é o que concorda com o sujeito: Podem existir discos voadores...

- O verbo haver significando existir, acontecer ou ocorrer, ou indicando tempo decorrido, é impessoal, por isso fica no singular obrigatoriamente: Já houve testemunhos.

- O pronome se será denominado de partícula apassivadora quando acompanhar verbo transitivo direto e transformará o objeto direto em sujeito: podem considerar-se absurdos = absurdos podem ser considerados.

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99- Onde há concordância adequada?

  • O funcionamento dos dois hemisférios cerebrais são necessários tanto para as atividades artísticas como para as científicas.
  • As diferentes divisões e subdivisões a que se submetem a área de ciências humanas provocam uma indesejável pulverização de domínios do conhecimento.
  • Normalmente, a aplicação de métodos quantitativos e exatos acabam por distorcer as linhas de raciocínio em ciências humanas.
  • Uma das premissas básicas do conjunto de assunções teóricas e epistemológicas do trabalho que ora vem a lume é a concepção da Arte como uma entre as muitas formas por meio das quais o conhecimento humano se expressa.
  • Não existem fórmulas precisas ou exatas para avaliar uma obra de arte, não existe um padrão de medida ou quantificação, tampouco podem haver modelos rígidos pré-estabelecidos.

Encontra-se o sujeito de um verbo perguntando a este o seguinte: Que(m) é que ........? A resposta a essa pergunta é o sujeito.

- Que é que é necessário? Resposta: O funcionamento dos dois hemisférios cerebrais, cujo núcleo é funcionamento. Como o núcleo do sujeito está no singular, o verbo também deverá ficar no singular: O funcionamento dos dois hemisférios cerebrais é necessário.

- Que é que se submete? Resposta: a área de ciências humanas, cujo núcleo é área. Como o núcleo do sujeito está no singular, o verbo também deverá ficar no singular: As diferentes divisões e subdivisões a que se submete a área de ciências humanas...

- Que é que acaba por distorcer as linhas de raciocínio? Resposta: a aplicação de métodos quantitativos e exatos, cujo núcleo é aplicação. Como o núcleo do sujeito está no singular, o verbo também deverá ficar no singular: a aplicação de métodos quantitativos e exatos acaba por distorcer as linhas de raciocínio.

- O verbo haver significando existir, acontecer ou ocorrer, ou indicando tempo decorrido, é impessoal, por isso fica no singular obrigatoriamente. Havendo locução verbal, o auxiliar também ficará no singular: tampouco pode haver modelos rígidos pré-estabelecidos.

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100- Onde há erro?

  • Isso são verdadeiros absurdos.
  • Os Andes ficam na América.
  • Entre nós não haviam segredos.
  • Isso não passa de absurdos comentários.
  • Menos de dois alunos disputam a vaga.

O verbo haver significando existir, acontecer ou ocorrer, ou indicando tempo decorrido, é impessoal, por isso fica no singular obrigatoriamente: Entre nós não havia segredos.

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101- Não chove ............... meses; mas a esperança e o vigor que sempre ................. no sertanejo não o ................ .

  • faz, existiu, abandonou
  • faz, existiram, abandonaram
  • fazem, existiu, abandonou
  • fazem, existiram, abandonaram
  • fazem, existiu, abandonaram

- O verbo fazer, indicando tempo decorrido, é impessoal, por isso fica na terceira pessoa do singular: Não chove faz meses.

- O verbo existir não é impessoal, mas sim concorda com o sujeito, que, na frase, é o pronome relativo que. Quando o sujeito for o pronome relativo que, o verbo concordará com o elemento antecedente, que é composto: a esperança e o vigor. Quando o verbo estiver depois do sujeito composto cujos núcleos sejam ligados pela conjunção e, fica no plural: a esperança e o vigor que sempre existiram.

- Que é que nunca o abandonou? Resposta: a esperança e o vigor, por isso, abandonaram, no plural.

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102- Não ............... ainda sete horas, e já ................. muitas pessoas que ................. o início do expediente.

  • seriam, haviam, aguardava
  • seriam, havia, aguardavam
  • seria, haviam, aguardava
  • seria, haviam, aguardavam
  • seria, havia, aguardavam

- O verbo ser, apesar de ser impessoal, concorda com o número indicador de horas: Não eram ainda sete horas.

- O verbo haver significando existir, acontecer ou ocorrer, ou indicando tempo decorrido, é impessoal, por isso fica no singular obrigatoriamente: Já havia muitas pessoas.

- Quem é que aguardava? Resposta: muitas pessoas, no plural, por isso aguardavam, também no plural.

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103- Já .............. uns doze anos que ele não voltava à terra natal, por isso não sabia que lá ................. ocorrido mudanças.

  • deviam fazerem, havia
  • devia fazer, haviam
  • devia fazer, havia
  • deviam fazer, haviam
  • deviam fazer, havia

- O verbo fazer, indicando tempo decorrido, é impessoal, por isso fica na terceira pessoa do singular. Havendo locução verbal, o auxiliar também ficará no singular: Já devia fazer uns doze anos.

- O verbo haver, sendo auxiliar de locução verbal cujo verbo principal esteja no particípio, tem sujeito e com ele concorda: Que é que havia ocorrido? Resposta: mudanças. Este é o sujeito, um substantivo no plural; o verbo fica, então, no plural: haviam ocorrido mudanças.

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104- A apuração dos dois crimes ................. até que se .................... provas decisivas.

  • vai continuar, encontrarem
  • vão continuar, encontre
  • vão continuar, encontrem

- Que é que vai continuar? Resposta: a apuração dos dois crimes, cujo núcleo é apuração. Como o núcleo do sujeito está no singular, o verbo também deverá ficar no singular: A apuração dos dois crimes vai continuar.

- O pronome se será denominado de partícula apassivadora quando acompanhar verbo transitivo direto e transformará o objeto direto em sujeito: que se encontrem provas = que provas sejam encontradas.

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105-

I- Isto ................ migalhas.

II- Nossa vida ..................... loucuras.

III- Vocês ................... meu castigo.

IV- As cores vermelha e negra ..................... a marca do brasão.

V- Hoje .................. doze de janeiro.

  • são, eram, serão, eram, são
  • é, eram, serão, era, é
  • são, era, serão, era, são
  • é, eram, serão, eram, são
  • são, eram, serão, era, é

- O verbo ser ficará no plural quando o sujeito e o predicativo do sujeito forem numericamente diferentes, ou seja, quando um estiver no singular e o outro, no plural: Isto são migalhas. / Nossa vida eram loucuras. / Vocês serão meu castigo. / As cores serão a marca.

- O verbo ser, ao indicar datas, tanto pode ficar no singular quanto no plural: Hoje é doze de janeiro. (= Hoje é dia doze de janeiro) / Hoje são doze de janeiro (= Hoje são doze dias de janeiro). Claro que se for o primeiro dia do mês, o verbo ficará no singular.

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sexta-feira, 25 de julho de 2008

Maxivest II (de 39 a 48)

39- Se você .............. no próximo domingo e .................. de tempo .................. assistir à final do campeonato.

  • vir – dispor – vá
  • vir – dispuser – vai
  • vier – dispor – vá
  • vier – dispuser – vá
  • vier – dispor – vai

Frase iniciada pela conjunção condicional se ou pela conjunção temporal quando exige o verbo conjugado no futuro do subjuntivo, tempo que deriva da terceira pessoa do plural (eles) do pretérito perfeito do indicativo (ontem), retirando-se as letras –am.

Ontem eles vieram: retirando-se as letras –am, forma-se a estrutura verbal vier. Esta é a base do futuro do subjuntivo: Se eu vier; Quando eu vier; Se você vier no próximo domingo.

Ontem eles puseram: retirando-se as letras –am, forma-se a estrutura verbal puser. Esta é a base do futuro do subjuntivo: Se eu puser; Quando eu puser.

Todos os verbos terminados em –por são derivados de pôr. Eles têm, portanto, conjugação idêntica à desse verbo: Se eu dispuser; Quando eu dispuser; Se você dispuser de tempo.

Imperativo é o modo verbal que indica ordem, pedido, conselho, apelo. Forma-se o imperativo afirmativo de você, de nós e de vocês, conjugando o verbo no presente do subjuntivo: Espero que você vá... O imperativo afirmativo de ir para você é, portanto, .

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40- Ele ............ que lhe .............. muitas dificuldades, mas enfim .............. a verba para a pesquisa.

  • receara – opusessem – obtera
  • receara – opusessem – obtivera
  • receiara – opossem – obtivera
  • receiara – oposessem – obtera
  • receara – opossem – obtera

Os verbos terminados em –ear são irregulares. Haverá o acréscimo da letra i ao radical das seguintes pessoas: eu, tu, ele e eles do presente do indicativo e eu, tu, ele e eles do presente do subjuntivo. Todas as demais pessoas de todos os demais tempos não têm o acréscimo de i. O certo, portanto, é Ele receara.

O verbo opor está indicando uma hipótese condicional, por isso deve ser conjugado no pretérito imperfeito do subjuntivo, tempo que deriva da terceira pessoa do plural (eles) do pretérito perfeito do indicativo (ontem), retirando-se as letras –ram e acrescentando-se a desinência –sse.

Ontem eles puseram: retirando-se as letras –ram e acrescentado-se a desinência sse, forma-se a estrutura verbal pusesse. Esta é a base do pretérito imperfeito do subjuntivo: Se eu pusesse.

Todos os verbos terminados em –por são derivados de pôr. Eles têm, portanto, conjugação idêntica à desse verbo: Se eu opusesse; "... que lhe opusessem".

Os verbos derivados têm conjugação idêntica à do verbo primitivo.

Para descobrir se os verbos terminados em vir, em ver e em ter são derivados de vir, de ver e de ter basta conjugá-los na primeira pessoa do singular do presente do indicativo (Tempo que caracterizamos com a frase Todos os dias...): se esta pessoa for terminada em venho, em vejo e em tenho, o verbo será derivado, respectivamente, de vir, de ver e de ter. Por exemplo:

Eu provenho, convenho, advenho, intervenho (verbos convir, advir e intervir): são, portanto, derivados de vir.

Eu prevejo, antevejo, revejo (verbos prever, antever e rever): são, portanto, derivados de ver.

Eu entretenho, retenho, mantenho, obtenho (verbos entreter, reter,
manter e obter): são, portanto, derivados de ter.

- Ele viria, portanto O enxoval conviria...

- Eles vieram, portanto Os policiais intervieram...

O verbo obter deve ser conjugado como o verbo ter, pois Todos os dias eu obtenho. É, portanto, derivado de ter. Este se conjuga tivera, e não "tera". O verbo obter, então, tem de ficar obtivera.

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41- Se você .............. e o seu irmão ..................., quem sabe você ................. o dinheiro.

  • requeresse – interviesse – reouvesse
  • requisesse – intervisse – reavesse
  • requeresse – intervisse – reavesse
  • requeresse – interviesse – reavesse
  • requisesse – interviesse – reouvesse

O verbo requerer tem conjugação especial: No presente do indicativo e no presente do subjuntivo tem conjugação idêntica à do verbo querer, exceto a primeira pessoa do presente do indicativo, que fica Eu requeiro. Nos demais tempos, tem conjugação regular, seguindo, por exemplo, a do verbo escrever: Se eu escrevesse – Se eu requeresse.

Intervir é derivado de vir, pois Eu intervenho. Toda a conjugação é, portanto, idêntica à do verbo vir: Se eu viesse – Se eu interviesse.

O verbo reaver tem conjugação especial: no presente do indicativo só existem as pessoas nós e vós: nós reavemos, vós reaveis. No presente do subjuntivo, nenhuma pessoa existe. É, portanto, verbo defectivo. Nos demais tempos, segue a conjugação de haver: Se houvesse – Se reouvesse.

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42- Indique a frase onde houver forma verbal incorreta:

  • Os vegetais clorofilados sintetizam seu próprio alimento.
  • Se ela vir de carro, chame-me.
  • Lembramos-lhes que o eucalipto é uma excelente planta para o reflorestamento.
  • Há rumores de que pode haver novo racionamento de gasolina.
  • Ele intermedeia o negócio.

Frase iniciada pela conjunção condicional se ou pela conjunção temporal quando exige o verbo conjugado no futuro do subjuntivo, tempo que deriva da terceira pessoa do plural (eles) do pretérito perfeito do indicativo (ontem), retirando-se as letras –am.

Ontem eles vieram: retirando-se as letras –am, forma-se a estrutura verbal vier. Esta é a base do futuro do subjuntivo: Se eu vier; Quando eu vier; Se ela vier de carro.

O verbo intermediar tem conjugação especial: no presente do indicativo e no presente do subjuntivo, as pessoas eu, tu, ele e eles têm o acréscimo da letra e ao radical: eu intermedeio, ele intermedeia, eles intermedeiam; que eu intermedeie, que eles intermedeiem. O mesmo ocorre com os verbos mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar.

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43- Onde não há erro na forma verbal?

  • Minha mãe hesitou; tu não hesitastes.
  • Esta página vale por meses; quero que valha para sempre.
  • Tu tiveste dezessete anos; vós tivesteis sempre a mesma idade.
  • A análise das minhas emoções é que entrava no meu plano; vós não entravais.
  • Achavam-se lindo e diziam-no; achaveis-me lindo e dizíeis-mo.

O pretérito perfeito do indicativo é o único tempo em que a segunda pessoa do singular não possui a desinência s: ste é a desinência referente a tu; stes, referente a vós: tu não hesitaste; tu tiveste; vós tivestes.

Em três tempos verbais, na segunda pessoa do plural (vós), há a troca da vogal a pela vogal e:

- pretérito imperfeito do indicativo (vós entráveis)

- pretérito mais-que-perfeito do indicativo (vós entráreis)

- futuro do pretérito (vós entrareis)

A forma verbal da segunda pessoa do plural (vós) recebe acento nos seguintes tempos:

- pretérito imperfeito do indicativo (vós acháveis)

- pretérito mais-que-perfeito do indicativo (vós acháreis)

- futuro do pretérito (vós acharíeis)

- pretérito imperfeito do subjuntivo (se vós achásseis)

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44- onde há erro?

  • Não chores, cala, suporta a tua dor.
  • Não chore, cala, suporta a tua dor.
  • Não chora, cale, suporte a sua dor.
  • Não chores, cales, suportes a sua dor.
  • Não chores, cale, suporte a tua dor.

Imperativo é o modo verbal que indica ordem, pedido, conselho, apelo.

Forma-se o imperativo afirmativo de tu e de vós, conjugando o verbo no presente do indicativo e retirando a letra s da estrutura verbal: Todos os dias tu calas, tu suportas; retirando-se a letra s: cala; suporta

Forma-se o imperativo afirmativo de você, de nós e de vocês, conjugando o verbo no presente do subjuntivo: Espero que você cale, que você suporte.

Forma-se o imperativo negativo de todas as pessoas, conjugando o verbo no presente do subjuntivo: Espero que tu chores, que você chore, que vocês chorem: Não chores, tu; Não chore, você.

A frase apresentada tem duas possibilidades: ser conjugada na segunda pessoa do singular (tu) ou na terceira (você). Se usar o pronome possessivo de segunda pessoa (tua), os verbos têm de ser conjugados na segunda pessoa:

Não chores; cala, suporta a tua dor.

Se usar o pronome possessivo na terceira pessoa (sua), os verbos têm de ser conjugados na terceira pessoa:

Não chore, cale, suporte a sua dor.

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45- Aponte onde a segunda forma está incorreta como plural da primeira:

  • Tu ris – vós rides
  • Ele lê – eles lêem
  • Ele tem – eles têm
  • Ele vem – eles vêem
  • Eu ceio – nós ceamos

Vêem é a terceira pessoa do plural do presente do indicativo do verbo ver. A do verbo vir é Eles vêm.

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46- A correlação está correta em qual opção?

  • Se você não interferisse, ele faria o trabalho sozinho.
  • Se você não interferir, ele fazia o trabalho sozinho.
  • Se você não interferir, ele faria o trabalho sozinho.
  • Se você não interfere, ele faria o trabalho sozinho.
  • Se você não interferisse, ele faz o trabalho sozinho.

Frase iniciada pela conjunção condicional se ou pela conjunção condicional caso exige o verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo.

Na Língua Portuguesa, há algumas interações entre alguns tempos verbais dignas de nota:

- O futuro do subjuntivo interage com o futuro do presente: Quando você for, eu também irei.

- O presente do subjuntivo interage com o futuro do presente: Caso você vá, eu também irei.

- O pretérito imperfeito do subjuntivo interage com o futuro do pretérito (jamais com o pretérito imperfeito do indicativo): Se você fosse, eu também iria (e não Se você fosse, eu também ia).

As interações possíveis na frase apresentada são as seguintes:

Se você não interferisse, ele faria o trabalho sozinho.

Se você não interferir, ele fará o trabalho sozinho.

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47- Onde há o pretérito mais-que-perfeito do verbo ser?

  • Não seria o caso de você se acusar?
  • Quando cheguei, ele já se fora, muito zangado.
  • Se não fosse ele, tudo estaria perdido.
  • Bem depois se soube que não fora ele o culpado.
  • Embora não tenha sido divulgado, soube-se do caso.

O pretérito mais-que-perfeito do indicativo indica ação que ocorreu antes de outra ação ocorrida no pretérito perfeito do indicativo. É sempre terminado em ara, era, ira ou ora. Somente dois verbos são terminados em ora: ir e ser:

Ser: Ontem, quando você foi herói, eu já fora; Bem depois se soube que não fora ele o culpado.

Ir: Ontem, quando você foi embora, eu já fora; Quando cheguei, ele já se fora.

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48- Leia com atenção:

I- Pôr, eu ponho, mas e se na hora eu não pôr?

II – Valer, eu valho, mas e se na hora eu não valer?

III- Poder, eu posso, mas e se na hora eu não poder?

IV- Caber, eu caibo, mas e se na hora eu não couber?

Quais os períodos certos quanto ao uso dos verbos?

Frase iniciada pela conjunção condicional se exige verbo no futuro do subjuntivo, tempo que deriva da terceira pessoa do plural (eles) do pretérito perfeito do indicativo (ontem), retirando-se as letras –am.

Ontem eles puseram; Ontem eles valeram; Ontem eles puderam; Ontem eles couberam: retirando-se as letras –am, formam-se as estruturas verbais puser, valer, puder e couber. Esta é a base do futuro do subjuntivo:

Se na hora eu não puser?

Se na hora eu não valer?

Se na hora eu não puder?

Se na hora eu não couber?


 


 

Maxivest II (de 29 a 38)

29- Em qual opção o verbo está flexionado incorretamente?

  • O enxoval conviria às noivas dos bairros mais pobres.
  • Não despeças os carregadores antes do desembarque.
  • Os policiais interviram nos protestos dos grevistas.
  • A noiva precaveu-se contra os prejuízos da mudança.
  • Eu expeço, primeiramente, as malas dos estudantes.

Os verbos terminados em –edir têm conjugação idêntica à do verbo pedir, com exceção dos terminados em –gredir, que são conjugados como agredir.

- Não peças, portanto Não despeças os carregadores...

- Eu peço, portanto Eu expeço...

Os verbos derivados têm conjugação idêntica à do verbo primitivo.

Para descobrir se os verbos terminados em vir, em ver e em ter são derivados de vir, de ver e de ter basta conjugá-los na primeira pessoa do singular do presente do indicativo (Tempo que caracterizamos com a frase Todos os dias...): se esta pessoa for terminada em venho, em vejo e em tenho, o verbo será derivado, respectivamente, de vir, de ver e de ter. Por exemplo:

Eu provenho, convenho, advenho, intervenho (verbos convir, advir e intervir): são, portanto, derivados de vir.

Eu prevejo, antevejo, revejo (verbos prever, antever e rever): são, portanto, derivados de ver.

Eu entretenho, retenho, mantenho (verbos entreter, reter e manter): são, portanto, derivados de ter.

- Ele viria, portanto O enxoval conviria...

- Eles vieram, portanto Os policiais intervieram...

Já o verbo precaver, que também pode ser pronominal (precaver-se) tem conjugação especial: No presente do indicativo só existem as pessoas nós e vós: nós precavemos, vós precaveis. É, então, um verbo defectivo. Nos demais tempos tem conjugação idêntica à do verbo escrever:

- Eu escrevi, portanto Eu precavi

- Ele escreveu, portanto Ele precaveu, A noiva precaveu-se...

- Eles escreveram, portanto Eles precaveram

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30- Em qual opção não há erro na voz passiva?

  • Lamentamos que o pouco tempo disponível venha a prejudicar o processo que foi iniciado de forma incorreta.
  • No quarto, já tinham sido espalhados vários colchões pelo chão, para acomodar os parentes que vinham de longe.
  • À distância, viam-se pequenos pontos de luz, a denunciar a presença de casas por ali.
  • Assim que começou a cursar Medicina, sentiu-se atraído para a área de neurologia.
  • A lembrança de sua convivência conosco ia sendo afastada à medida que os afazeres iam nos absorvendo.

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31- "Com o último trompejo do berrante, engarrafam no curral da estrada-de-ferro o rebanho" (Guimarães Rosa). A forma verbal engarrafam se encontra no tempo:

  • Presente do subjuntivo
  • Imperfeito do indicativo
  • Pretérito perfeito do indicativo
  • Presente do indicativo
  • Imperativo afirmativo

Características dos tempos verbais:

Indicativo:

  • Presente: indica ação corriqueira; exprime atualidade. Pode ser caracterizado por uma das frases a seguir: Todos os dias...; Anualmente...; Semanalmente...
  • Pretérito perfeito: ação realizada no passado; terminada no passado. Pode ser caracterizado pelo advérbio Ontem...
  • Pretérito imperfeito: indica ação em curso no passado. Pode ser caracterizado pela expressão Naquela época, todos os dias...
  • Pretérito mais-que-perfeito: indica uma ação ocorrida no passado anteriormente ao pretérito perfeito. Sempre é terminado em ara, era, ira e ora.
  • Futuro do presente: indica ação futura, que certamente acontecerá. Pode ser caracterizado pelo advérbio Amanhã...
  • Futuro do pretérito: era, antigamente, chamado de condicional por depender de uma condição. Por isso pode ser caracterizado pela expressão Se eu fosse você, eu ...ria. Sempre é terminado em ria.

Subjuntivo

  • Presente: indica um desejo de que algo aconteça, por isso pode ser caracterizado pela expressão Espero que...
  • Pretérito imperfeito: indica uma condição, por isso pode ser caracterizado pela expressão Se você ...sse, eu ...ria. Sempre tem a desinência sse.
  • Futuro: indica uma hipótese futura. Participa de oração geralmente iniciada pela conjunção se ou quando: Quando você fizer...

A forma verbal engarrafam, portanto, se encontra no presente do indicativo: Todos os dias eles engarrafam.

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32- "Um prólogo a um livro de versos é cousa que se não lê, e quase sempre com razão." (Sílvio Romero) O verbo :

  • Está na voz passiva e seu sujeito é que.
  • Está na voz ativa, seu sujeito é cousa e seu objeto direto é versos.
  • Está na voz reflexiva,e o sujeito versos pratica e recebe a ação, ao mesmo tempo.
  • Sugere reciprocidade de ação, pois há troca de ações entre os versos e quem os lê.
  • Funciona acidentalmente como verbo de ligação, com predicativo oculto.

Em "... cousa que se não lê", o verbo ler está acompanhado do pronome se. Ler é verbo transitivo direto, pois Quem lê, lê algo. Alguém não lê o quê? Resposta: cousa, que é o objeto direto de ler.

Verbo transitivo direto com objeto direto acompanhado do pronome se forma a chamada voz passiva sintética, em que se é partícula apassivadora e o objeto direto se transforma em sujeito, pois, na voz passiva, quem sofre a ação é o sujeito.

Quando, ao analisar sintaticamente um verbo, procurar qualquer função sintática, encontrar um substantivo (ou palavra substantivada) que esteja antes do verbo e, entre os dois, houver que, quem ou qual, provam-se três coisas:

a- que, quem, qual são pronomes relativos;

b- eles iniciam oração subordinada adjetiva;

c- a função que se estava procurando pertence ao pronome relativo.

Na frase apresentada ocorre tudo isso, ou seja, ao analisar o verbo ler, procurando a função de sujeito, encontramos o substantivo cousa; entre o verbo e o substantivo, há que, que é, então, pronome relativo. Ele inicia uma oração subordinada adjetiva, e a função que procurávamos (sujeito de ler) pertence a ele.

Ler, então, está na voz passiva, e seu sujeito é que.

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33- "Ontem à noite / Eu procurei / Ver se aprendia / Com é que se fazia / Uma balada / Antes d'ir / Pro meu hotel" (Oswald de Andrade: "Balada da Esplanada") Há uma locução verbal nesse texto. Essa locução é:

  • procurei ver
  • ver se aprendia
  • aprendia como é
  • é que se fazia
  • antes de ir

Locução verbal é a junção de dois verbos indicando apenas uma ação ou ligando o sujeito a sua qualidade. O verbo que indica a ação ou a qualidade é o verbo principal; o outro, o verbo auxiliar. Os principais verbos auxiliares são os seguintes: ter, haver, ser, estar, poder, dever, querer e ir.

A locução verbal do texto é procurei ver, pois são dois verbos indicando uma só ação.

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34- conforme o médico nos ........................, seu organismo agora já .................... o cálcio.

  • prevenira – retem
  • previnira – retém
  • provenira – retém
  • previnira – retem
  • prevenira – retém

O verbo prevenir é irregular: ocorre a troca do segundo e por i nas pessoas eu, tu, ele e eles do presente do indicativo, em todo o presente do subjuntivo e no imperativo: todos os dias eu me previno; espero que você se previna; previna-se contra os assaltos! Nos demais tempos, não ocorre essa troca, por isso o adequado é prevenira.

Os verbos derivados de ter e de vir (aqueles cuja primeira pessoa do singular do presente do indicativo é terminada em -tenho e em –venho) têm acento agudo na terceira pessoa do singular do presente do indicativo (ele retém) e acento circunflexo na terceira pessoa do plural do presente do indicativo (eles retêm).

A frase certa, então, é a seguinte: conforme o médico nos prevenira, seu organismo agora já retém o cálcio.

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35- Sem que ninguém tivesse ................, o próprio menino ....................-se contra os falsos amigos.

  • intervindo – precaviu
  • intervindo – precaveio
  • intervido – precaveu
  • intervido – precaveio
  • intervindo – precaveu

Os verbos derivados de ter e de vir (aqueles cuja primeira pessoa do singular do presente do indicativo é terminada em -tenho e em –venho) têm a mesma conjugação de ter e de vir.

Intervir é derivado de vir, pois Todos os dias eu intervenho, e não eu intervo. É, portanto, conjugado da mesma maneira de vir. Basta conjugar vir e acrescentar o prefixo inter- à estrutura verbal: Sem que ninguém tivesse vindo..., então Sem que ninguém tivesse intervindo...

O verbo precaver, que também pode ser pronominal (precaver-se) tem conjugação especial: No presente do indicativo só existem as pessoas nós e vós: nós precavemos, vós precaveis. É, então, um verbo defectivo. Nos demais tempos tem conjugação idêntica à do verbo escrever:

- Eu escrevi, portanto Eu precavi

- Ele escreveu, portanto Ele precaveu, "...o próprio menino precaveu-se contra os falsos amigos".

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36- Caso .................. realmente interessado, ele não ................ de faltar.

  • estiver – haja
  • esteja – houve
  • estivesse – houvesse
  • estivesse – havia
  • estiver – houve

Questão sem resposta, apesar de a Fundação Carlos Chagas ter apresentado a letra D (estivesse – havia).

Na Língua Portuguesa, há algumas interações entre alguns tempos verbais dignas de nota:

- O futuro do subjuntivo interage com o futuro do presente: Quando você for, eu também irei.

- O presente do subjuntivo interage com o futuro do presente: Caso você vá, eu também irei.

- O pretérito imperfeito do subjuntivo interage com o futuro do pretérito (jamais com o pretérito imperfeito do indicativo): Se você fosse, eu também iria (e não Se você fosse, eu também ia).

As interações possíveis na frase apresentada são as seguintes:

Caso estiver realmente interessado, ele não haverá de faltar. (futuro do subjuntivo x futuro do presente)

Caso esteja realmente interessado, ele não haverá de faltar. (presente do subjuntivo x futuro do presente)

Caso estivesse realmente interessado, ele não haveria de faltar. (pretérito imperfeito do subjuntivo x futuro do pretérito)

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37- Se algum dia a .............. chegar arrependida, ................ o teu ódio num forte abraço de perdão.

  • veres – esqueça
  • vires – esquecei
  • veres – esquece
  • vires – esqueça
  • vires – esquece

Frase iniciada pela conjunção condicional se ou pela conjunção temporal quando exige o verbo conjugado no futuro do subjuntivo, tempo que deriva da terceira pessoa do plural (eles) do pretérito perfeito do indicativo (ontem), retirando-se as letras –am.

Ontem eles viram: retirando-se as letras –am, forma-se a estrutura verbal vir. Esta é a base do futuro do subjuntivo: Se eu vir; Quando eu vir.

A segunda pessoa do singular (tu) do futuro do subjuntivo tem a desinência –es: Se tu vires; Quando tu vires.

Imperativo é o modo verbal que indica ordem, pedido, conselho, apelo. Forma-se o imperativo afirmativo de tu e de vós, conjugando o verbo no presente do indicativo e retirando a letra s: Todos os dias tu esqueces; retirando-se a letra s: Esquece o teu ódio.

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38- Quem .................. o Pedro, ou, pelo menos, ................ falar com ele, .............-o em meu nome.

  • ver – poder – advirta
  • vir – puder – adverta
  • vir – puder – advirta
  • ver – puder – adverta
  • vir – poder – adverta

Os verbos ver e poder estão usados em uma hipótese futura. Devem ser conjugados, portanto, no futuro do subjuntivo, tempo que deriva da terceira pessoa do plural (eles) do pretérito perfeito do indicativo (ontem), retirando-se as letras –am.

Ontem eles viram: retirando-se as letras –am, forma-se a estrutura verbal vir. Esta é a base do futuro do subjuntivo: Se eu vir; Quando eu vir; Quem vir o Pedro.

Ontem eles puderam: retirando-se as letras –am, forma-se a estrutura verbal puder. Esta é a base do futuro do subjuntivo: Se eu puder; Quando eu puder; Quem puder falar com ele.

O verbo advertir tem conjugação semelhante à do verbo divertir:

Eu me divirto – Eu advirto

Ele se diverte – Ele adverte

Espero que você se divirta – Espero que você o advirta.

Imperativo é o modo verbal que indica ordem, pedido, conselho, apelo. Forma-se o imperativo afirmativo de você, de nós e de vocês, conjugando o verbo no presente do subjuntivo. O imperativo afirmativo de advertir para você é, portanto, advirta.

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Maxivest II (de 59 a 79)

59- Em todas as frases, os termos em negrito exercem a função de sujeito, exceto em:

  • Quem sabe de que será capaz a mulher de seu sobrinho?
  • Raramente se entrevê o céu nesse aglomerado de edifícios.
  • Amanheceu um dia lindo, e por isso todos correram às piscinas.
  • Era somente uma velha, jogada num catre preto de solteiros.
  • É preciso que haja muita compreensão para com os amigos.

Sujeito é o termo sobre o qual o verbo enuncia algo. Encontra-se o sujeito de um verbo perguntando-se a este Que(m) é que ....?

Quem é que será capaz? Resposta: a mulher de seu sobrinho.

Que é que se entrevê? Resposta: o céu.

Que é que amanheceu? Resposta: um dia lindo.

Quem é que era somente uma velha? Resposta: não está escrito na oração o sujeito do verbo ser. Como o verbo está na terceira pessoa do singular, o sujeito é oculto.

Que é que é preciso? Resposta: que haja muita compreensão para com os amigos (oração subordinada substantiva subjetiva)

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60- Na oração "Esboroou-se o balsâmico indianismo de Alencar ao advento dos Rondons", a classificação do sujeito é:

  • oculto
  • inexistente
  • simples
  • composto
  • indeterminado

Sujeito é o termo sobre o qual o verbo enuncia algo. Encontra-se o sujeito de um verbo perguntando-se a este Que(m) é que ....?

Que é que se esboroou? Resposta: o balsâmico indianismo de Alencar. O sujeito é, portanto, simples, aquele que possui apenas um núcleo: indianismo.

Esboroar: reduzir a pó; desfazer.

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61- "Nesse momento começaram a feri-lo nas mãos, a pau." Nessa frase o sujeito do verbo é:

  • nas mãos
  • indeterminado
  • eles (determinado)
  • inexistente ou eles: dependendo do contexto
  • oculto

Quem é que começou a feri-lo? Resposta: Eles. Como não aparece a resposta na oração, mas pode-se colocar o pronome eles, o sujeito é indeterminado.

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62- "Ouviram do Ipiranga as margens plácidas / De um povo heróico o brado retumbante..." O sujeito desta afirmação com que se inicia o Hino Nacional é:

  • indeterminado
  • um povo heróico
  • as margens plácidas do Ipiranga
  • do Ipiranga
  • o brado retumbante

Os primeiros versos do Hino Nacional apresentam uma inversão primorosa. A ordem direta do período é a seguinte: As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico. O sujeito é, portanto, simples: as margens plácidas do Ipiranga.

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63- "Não faças a outrem o que não queres que te façam". O sujeito de faças é:

  • agente
  • indeterminado
  • paciente
  • inexistente
  • a oração que te façam

O verbo fazer está conjugado na segunda pessoa do singular do presente do indicativo (que tu não faças). Este é o sujeito, então: tu, sujeito simples agente. Simples por ter um só núcleo; agente por praticar a ação.

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64- "Não faças a outrem o que não queres que te façam". Na oração que não queres o sujeito é a palavra:

  • que
  • o
  • tu
  • te
  • outrem

O verbo querer está conjugado na segunda pessoa do singular do presente do indicativo (tu queres). Este é o sujeito, então: tu, sujeito simples agente. Simples por ter um só núcleo; agente por praticar a ação.

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65- "Minha alva Dinamene, a Primavera, / Que os campos deleitosos pinta e veste, / E, rindo-se, uma cor aos olhos gera / Com que na terra vem o Arco celeste / O cheiro, rosas, flores, a verde hera, / Com toda formosura amena agreste, / Não é para meus olhos, tão formosa / Como a tua, que abate o lírio e a rosa" (Camões)

Em Que os campos deleitosos pinta e veste, o sujeito dos verbos pinte e veste é:

  • os campos deleitosos
  • Minha alva Dinamene
  • Indeterminado
  • a Primavera
  • Que

Quem é que pinta e veste os campos deleitosos? Resposta: A primavera.

Há, porém, entre os verbos e "a Primavera", o pronome relativo que. Este é, portanto, o sujeito.

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66- "Quem diz o que quer, ouve o que não quer". Qual o sujeito do trecho que não quer?

  • que
  • ele
  • o
  • você
  • inexistente

Há, no período, o pronome relativo indefinido quem, que equivale a a pessoa que: A pessoa que diz o que quer ouve o que não quer. Nesse período, o sujeito do verbo dizer é o pronome relativo que e o sujeito do verbo ouvir é a pessoa. Como o pronome quem substitui a expressão a pessoa que, ele é sujeito de ambos nos verbos. O exame vestibular que apresentou essa oração apresentou como sujeito do verbo querer o pronome ele, o que não condiz com as regras gramaticais.

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67- Na oração Mas uma diferença houve..., o sujeito é:

  • agente
  • indeterminado
  • paciente
  • inexistente
  • oculto

O verbo haver é impessoal quando significar existir, acontecer ou ocorrer ou ainda quando indicar tempo decorrido. Nesses casos, fica obrigatoriamente na terceira pessoa do singular. Verbo impessoal é aquele que não tem sujeito: sujeito inexistente, portanto.

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68- "Éramos três velhos amigos na praia quase deserta". O sujeito dessa oração é:

  • subentendido
  • claro, composto e determinado
  • indeterminado
  • inexistente
  • claro, simples e determinado

O sujeito do verbo ser é o pronome nós, que não aparece escrito na oração. O sujeito, portanto, está oculto ou subentendido.

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69- Em "Na mocidade, muitas coisas lhe haviam acontecido", temos oração:

  • sem sujeito
  • com sujeito simples e claro
  • com sujeito oculto
  • com sujeito composto
  • com sujeito indeterminado

Que é que lhe haviam acontecido? Resposta: muitas coisas. Este é o sujeito, portanto: simples e claro.

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70- Observe as orações seguintes:

1- Dizem por aí tantas coisas...

2- Nesta faculdade acolhem muito bem os alunos.

3- Obedece-se aos mestres.

O sujeito está indeterminado:

  • somente na 1
  • na 2 somente
  • na 3 somente
  • em duas delas somente
  • nas três orações

O sujeito será indeterminado nos seguintes casos:

1- Verbo na terceira pessoa do plural de qualquer tempo do indicativo ou do subjuntivo sem clareza quanto a quem seja o sujeito na oração apresentada ou em anteriores. É o que ocorre na oração 1: Dizem por aí... e na 2: ...acolhem os alunos.

2- Verbo na terceira pessoa do singular acompanhado do pronome se, índice de indeterminação do sujeito. Isso ocorre com os seguintes verbos:

VTI acompanhado de OI; É o que ocorre na 3: Obedece-se aos mestres.

VL acompanhado de OS;

VTD acompanhado de OD preposicionado

VI, sem sujeito claro na oração.

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71- No período "Ser amável e ser egoísta são coisas distintas", o sujeito é:

  • indeterminado
  • "ser amável"
  • "coisas distintas"
  • "ser amável e ser egoísta"
  • Oculto

Que é que são coisas distintas? Resposta: Ser amável e ser egoísta. Este é o sujeito, portanto.

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72- Qual a concordância adequada?

  • Haviam muitos candidatos esperando a hora da prova.
  • Choveu pedaços de granizo na Serra Gaúcha.
  • Faz muitos anos que a equipe do IBGE não vem aqui.
  • Bateu três horas quando o entrevistador chegou.
  • Fui eu que abriu a porta para o agente do censo.

-Havia muitos candidatos: verbo haver significando existir é impessoal. Fica no singular obrigatoriamente.

- Choveram pedaços...: Que é que choveu? Resposta: pedaços... Este é o sujeito, portanto; um substantivo plural. O verbo tem de ficar, portanto, no plural.

- Faz muitos anos: verbo fazer indicando tempo decorrido é impessoal. Fica no singular obrigatoriamente.

- Bateram três horas: os verbos dar, bater e soar, ao indicarem horas, concordam com o numeral que indica as horas. Se o que marca as horas surgir como sujeito, os verbos passam a concordar com ele. Por exemplo: O relógio bateu três horas...

- Fui eu que abri...: Quem é que abriu? Eu abri. Ainda que haja o pronome relativo que como sujeito, o verbo concorda com o elemento que pratica a ação.

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73- Onde há erro de concordância?

  • Um ou outro escravo conseguiu a liberdade.
  • Não poderia haver dúvidas sobre a necessidade da imigração.
  • Faz mais de cem anos que a Lei Áurea foi assinada.
  • Deve existir problemas nos seus documentos.
  • Choveram papéis picados nos comícios.

- Quando o sujeito for a expressão um ou outro, o verbo ficará no singular. Se o sujeito for a expressão um e outro, o verbo poderá ficar no singular ou no plural.

- Verbo haver significado existir é impessoal. Fica no singular obrigatoriamente. Formando locução verbal, o auxiliar também fica no singular.

- Verbo fazer indicando tempo decorrido é impessoal. Fica no singular obrigatoriamente.

- Devem existir problemas: Que é que deve existir? Resposta: Problemas. Este é o sujeito; como está no plural, o verbo tem de ficar no plural.

- Que é que choveu? Resposta: papéis. Este é o sujeito; como está no plural, o verbo tem de ficar no plural.

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74- Qual a opção sem erro?

  • Soava seis horas no relógio da matriz quando eles chegaram.
  • Apesar da greve, diretores, professores, funcionários, ninguém foram demitidos.
  • José chegou ileso a seu destino, embora houvessem muitas ciladas em seu caminho.
  • Fomos nós quem resolvemos aquela questão.
  • O impetrante referiu-se aos artigos 37 e 38 que ampara sua petição.

- Soavam seis horas no relógio: os verbos dar, bater e soar, ao indicarem horas, concordam com o numeral que indica as horas. Se o que marca as horas surgir como sujeito, os verbos passam a concordar com ele. Por exemplo: Soava seis horas o relógio.

- Quem é que foi demitido? Resposta: ninguém. A função sintática de ninguém, na frase, é a de aposto resumidor. Excepcionalmente o verbo concorda com o aposto resumidor, e não com o sujeito composto.

- Verbo haver significado existir é impessoal. Fica no singular obrigatoriamente. Formando locução verbal, o auxiliar também fica no singular.

- Fomos nós quem resolveu aquela questão: Quando houver o pronome relativo quem e o elemento antecedente for aparentemente o sujeito do verbo posterior, este concorda com quem, ficando na terceira pessoa do singular. Para comprovar isso, basta inverter os termos: Quem resolveu aquela questão fomos nós. Há gramáticos, porém, que também admitem a concordância com o elemento antecedente.

- "... aos artigos 37 e 38 que amparam...: Que é que ampara sua decisão? Resposta: os artigos. Como aquilo que ampara está no plural, o verbo também tem de ficar no plural, ainda que o sujeito seja o pronome relativo que.

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75- Há concordância adequada em:

  • Ela o esperava já faziam duas semanas.
  • Na sua bolsa haviam muitas moedas de ouro.
  • Eles parece estarem doentes.
  • Devem haver aqui pessoas cultas.
  • Todos parecem terem ficado tristes.

- Verbo haver significado existir é impessoal. Fica no singular obrigatoriamente. Formando locução verbal, o auxiliar também fica no singular: Na sua bolsa havia muitas moedas de ouro; Deve haver aqui pessoas cultas.

- Verbo fazer indicando tempo decorrido é impessoal. Fica no singular obrigatoriamente: "... já fazia duas semanas".

- Estrutura verbal formada por parecer + infinitivo com sujeito no plural tem duas opções de concordância:

1- O verbo parecer concorda no plural, e o infinitivo não se flexiona: Eles parecem estar doentes; Todos parecem ter ficado tristes.

2- O verbo parecer fica no singular, e o infinitivo flexiona-se: Eles parece estarem doentes; Todos parece terem ficado tristes.

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76- É provável que ................. vagas na academia, mas não ................... pessoas interessadas; são muitas as formalidades a ................ cumpridas.

  • hajam – existem – ser
  • hajam – existe – ser
  • haja – existem – serem
  • haja – existe – ser
  • hajam – existem – serem

- Verbo haver significado existir é impessoal. Fica no singular obrigatoriamente: "... haja vagas..."

- O verbo existir não é impessoal; concorda com o sujeito: Que é que existe? Resposta: pessoas interessadas. Como o sujeito está no plural, o verbo também tem de ficar no plural: "... existem pessoas interessadas..."

- Verbo no infinitivo, na voz passiva, antecedido da preposição a, tem de concordar com o sujeito: Que é que será cumprido? Resposta: as formalidades. Como o sujeito está no plural, o verbo também tem de ficar no plural: "... as formalidades a serem cumpridas".

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77- ................... de exigências! Ou será que não ................ os sacrifícios que .................. por sua causa?

  • Chega – bastam – foram feitos
  • Chega – bastam – foi feito
  • Chegam – basta – foi feito
  • Chegam – basta – foram feitos
  • Chegam – bastam – foi feito

- Chega de exigências: Os verbos chegar e bastar, no imperativo, acompanhados da preposição de, são impessoais. Ficam no singular obrigatoriamente.

- Ou será que não bastam os sacrifícios: Que é que não basta? Resposta: os sacrifícios. Como o sujeito está no plural, o verbo também tem de ficar no plural

- foram feitos: Que é que foi feito? Resposta: os sacrifícios. Como o que foi feito está no plural, o verbo também tem de ficar no plural, ainda que o sujeito seja o pronome relativo que.

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78- Soube que mais de dez alunos se .................... a participar dos jogos que tu e ele ................ .

  • negou – organizou
  • negou – organizasteis
  • negaram – organizaste
  • negou – organizaram
  • negaram – organizastes

- Mais de dez alunos se negaram: quando o sujeito for representado por uma destas expressões: mais de, menos de, cerca de, perto de acompanhada de um numeral, o verbo concorda com o numeral.

- Tu e ele organizaram / organizastes: quando um sujeito composto tiver um dos núcleos sendo o pronome tu, o verbo tanto pode concordar na terceira pessoa do plural quando na segunda pessoa da plural.

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79- Suponho que ................... meios para que se .................. os cálculos de modo mais simples.

  • devem haver – realize
  • devem haver – realizem
  • deve haverem – realize
  • deve haver – realizem
  • deve haver – realize

- Verbo haver significado existir é impessoal. Fica no singular obrigatoriamente. Formando locução verbal, o auxiliar também fica no singular: Suponho que deve haver meios.

- VTD acompanhado de OD e do pronome se: o pronome se será partícula apassivadora, o OD se transformará em sujeito e o VTD concordará com o sujeito: realizar é VTD, pois Quem realiza, realiza algo, logo os cálculos funciona como sujeito de realizar, que tem de concordar com o sujeito: realizem.