domingo, 24 de abril de 2011

Influência greco-latina e de passagens bíblicas.

As literaturas portuguesa e brasileira sempre sofreram – e ainda sofrem – grande influência das mitologias grega e romana e também da Bíblia. Por isso há presença constante de deuses gregos e romanos e de passagens bíblicas nos romances, contos, teatro e poesias da nossa literatura.

Os poemas épicos, em geral, apresentam forte influência da mitologia greco-latina. Um exemplo disso é “Odisseia”, texto de Homero, em que o herói, Ulisses (Odisseu, em grego), tem seu barco tragado para o fundo do mar, em razão de uma onda gigantesca jogada por Posêidon, o deus do mar. Ulisses é salvo pela deusa Leucoteia, que lhe estende a mão, salvando-o. Ela o leva até a terra dos feácios, cujo rei, Alcínoo, ajuda-o a voltar para casa. Ulisses, enfim, poderá reocupar seu trono e rever sua mulher, Penélope, e seu filho, Telêmaco. Penélope consegue esperar seu marido por vinte anos sem ceder aos pretendentes, tecendo a mortalha de seu sogro: durante o dia, ela a tecia e, à noite, desfazia o trabalho para retomá-lo no dia seguinte.

Um exemplo bastante conhecido do uso de passagem bíblica na literatura é o do poema de Camões, no qual conta a história de Jacó, que servira a Labão por sete anos para casar-se com sua filha Raquel. Labão, porém, lhe dá Lia, sua primogênita. Jacó serve a Labão por mais sete anos para, enfim, ter Raquel como sua esposa. Camões mudou a passagem bíblica. Nela, Jacó trabalha por sete anos, casa-se com Lia, depois casa-se com Raquel e serve a Labão por mais sete anos, já casado com Raquel. No poema, Jacó trabalha por sete anos, casa-se com Lia, serve a Labão por mais sete anos e só depois disso se casa com Raquel.

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