Quem sendo sujeito
O pronome relativo "quem" somente exercerá a função de sujeito de verbo quando for indefinido, ou seja, quando não substituir termo algum e equivaler a "a(s) pessoa(s) que", como ocorre no título do livro de Içami Tiba:
- "Quem ama, educa" = A pessoa que ama educa.
Quando "quem" for sujeito de dois verbos subsequentes, como ocorre na frase acima, pode haver vírgula entre as orações, diferentemente do que ocorre com a regra geral, que diz que não se separa sujeito de verbo por vírgula. Pode-se também deixar a frase sem ela.
- Quem estabelece limites, tem filhos educados.
- Quem estabelece limites tem filhos educados.
- Quem lê mais, pensa melhor.
- Quem lê mais pensa melhor.
Existem frases em que usamos pronomes pessoais "eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas" junto de "quem" que trazem dúvida quanto à concordância verbal. Qual o adequado? "Fomos nós quem fez isso" ou "Fomos nós quem fizemos isso"?
Há gramáticas que afirmam estar adequada a frase "Fomos nós quem fizemos isso" pela semelhança com "Fomos nós que fizemos isso"; esta, sim, de acordo com a norma padrão. Se, porém, analisarmos com mais apuro, veremos o equívoco:
Ao usar "que", o verbo tem de concordar com o termo antecedente. Com "quem" não ocorre isso, pois a ordem dos termos está inversa. A ordem direta é está:
- Quem fez isso fomos nós.
Essa frase equivale a esta:
- As pessoas que fizeram isso fomos nós.
Há, portanto, o pronome relativo indefinido "quem". Quando isso ocorrer, o verbo terá de ficar no singular, esteja a frase na ordem direta ou inversa.
- Quem estabeleceu a ordem foram os policiais.
- Os policiais foram quem estabeleceu a ordem.
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Um comentário:
Existe alguma norma que não seja padrão?
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