sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Literatura Informativa - Séc. XVI

No séc. XVI, os únicos habitantes do Brasil eram os índios, nome dado aos indivíduos pertencentes a qualquer um dos povos aborígines das Américas. Eles não tinham a mesma cultura que os europeus e não conheciam a escrita nem a religião da civilização europeia. Consequentemente, não tinham condições de produzir uma literatura.
Os viajantes portugueses, e todos os outros que para cá vieram, ficavam embevecidos com a beleza que aqui encontravam – as praias, as matas, o relevo, os animais – e escandalizados com a naturalidade dos habitantes destas terras, pois estes andavam nus sem sentimento de pudor algum.
Esses sentimentos de embevecimento e de escandalização levavam os mais sensíveis – pintores, escritores, os artistas em geral – a produzir uma arte diferente da que se produzia na europa. Lá, estavam em pleno Renascimento; aqui, a produção literária se restringia a relatos sobre o Brasil – que ainda não existia como nação – nos quais os autores – Pero Vaz de Caminha, Pero Lopes de Souza, Gabriel Soares de Souza, dentre outros – que vinham do outro lado do Oceano, descreviam minuciosamente o homem e a terra que contemplavam.
Não houve, portanto, no séc. XVI, uma literatura do Brasil, e sim uma literatura no Brasil, ou sobre o Brasil. Os escritos não representam uma produção literária de fato, mas têm um valor histórico extraordinário, pois são os únicos documentos que mostram como era o Brasil daquela época.

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