Transposição
de vozes verbais:
Diz-se que a oração está na voz ativa,
quando o sujeito pratica a ação verbal, e na passiva, quando a sofre. Por exemplo,
em “O funcionário reviu o processo”, a oração está na ativa, pois o sujeito “o
funcionário” praticou a ação de rever o processo; em “O processo foi revisto
pelo funcionário, na voz passiva, pois o sujeito “o processo” sofre a ação.
A transposição de uma voz a outra é bem
simples: Para passar da ativa para a passiva, acrescenta-se o verbo “ser”,
mantendo-se o mesmo tempo e modo do verbo da voz ativa e põe-se o termo que
sofre a ação como sujeito. Na frase apresentada, o verbo “rever” está conjugado
no pretérito perfeito do indicativo; o verbo “ser”, então, tem de estar também
no pretérito perfeito: “foi”. Para passar da passiva para a ativa, faz-se o
contrário: retira-se o verbo “ser”, mantendo-se o outro verbo no mesmo tempo e
modo, e põe-se o termo que pratica a ação como sujeito.
A frase “Dois funcionários devem rever o
processo” está na voz ativa, pois o sujeito “dois funcionários” pratica a ação
verbal. Para passar para a passiva, acrescenta-se o verbo “ser”, mantendo-se o
mesmo tempo e modo, e põe “o processo” como sujeito: “O processo deve ser
revisto pelos dois funcionários”.
A frase “Os ensaios estão sendo traduzidos
por uma equipe de profissionais muito competentes” está na voz passiva, pois o
sujeito “o processo” sofre a ação verbal. Para passar para a voz ativa,
retira-se o verbo “ser”, mantendo-se o mesmo tempo e modo, e põe-se “uma equipe
de profissionais muito competentes” como sujeito: “Uma equipe de profissionais
muito competentes está traduzindo os ensaios”.
Verbos derivados de ter, pôr, vir e ver:
Um verbo é derivado de outro quando mantém as mesmas características
estruturais deste. Por exemplo, será derivado de “ter” todo verbo que for
terminado em “tenho” na primeira pessoa do singular do presente do indicativo.
De “pôr” o que for terminado em “ponho”. De “vir”, terminado em “venho”. De “ver”,
em “vejo”. Todas as pessoas do verbo derivado têm conjugação idêntica à do
primitivo. Veja estes exemplos:
Manter: eu mantenho, então ele manteve, nós mantivemos, eles
mantiveram, se nós mantivéssemos, quando ela mantiver, ele mantém, eles mantêm.
Propor: eu proponho, então ele propôs, nós propusemos, eles propuseram,
se nós propuséssemos, quando ela propuser, ele propõe, eles propõem.
Intervir: eu intervenho, então ele interveio, nós interviemos, eles intervieram,
se nós interviéssemos, quando ela intervier, ele intervém, eles intervêm.
Prever: eu prevejo, então ele previu, nós previmos, eles previram, se
nós prevíssemos, quando ela previr, ele prevê, eles preveem.
O verbo “prover”, cujo significado é “abastecer”, porém, apesar de a
primeira pessoa do singular do presente do indicativo ser conjugada eu provejo,
os demais tempos não seguiram a conjugação do verbo “ver”, e sim de qualquer
outro terminado em “er”, como escrever: ele proveu, nós provemos, eles
proveram, se nós provêssemos, quando ela prover.
O verbo “precaver” é mais ‘estranho’ ainda: no presente do indicativo
só há a conjugação das pessoas “nós” e “vós”: nós nos precavemos, vós vos
precaveis. No presente do subjuntivo, nenhuma pessoa é conjugada. Nos demais
tempos, todas as pessoas são conjugadas como “escrever”: ele se precaveu, nós nos
precavemos, eles se precaveram, se nós nos precavêssemos, quando ela se precaver.
Correlações entre alguns tempos verbais:
Alguns tempos verbais “andam juntos”. Por exemplo,
quando se usar um verbo no presente do indicativo acompanhado da conjunção
integrante “que”, o próximo verbo deverá ser conjugado no presente do
subjuntivo. Por exemplo: ‘Espero que ele proponha um acordo”; “É preciso que o
Governo mantenha a política salarial”; “É necessário que a polícia intervenha”.
O futuro do presente muitas vezes “anda junto”
do futuro do subjuntivo: “Quando você for, eu também irei”; “Se todos se
mantiverem calmos, eu também me manterei”.
O futuro do pretérito “anda junto” do
pretérito imperfeito do subjuntivo: “Se você fosse, eu também iria”; “Se todos
se mantivessem calmos, eu também me manteria”.
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