segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Primeiras manifestações literárias no Brasil.



Nos anos de 1500, não havia uma literatura brasileira, pois os habitantes não tinham a cultura da escrita. Os que aqui viviam eram os indígenas, que não sabiam ler nem escrever. Os textos que foram produzidos naquela época, eram de dois tipos: os dos viajantes, que relatavam tudo o que viam sobre a terra e os seus habitantes, denominados de Literatura Informativa ou Literatura dos Viajantes, e os dos jesuítas, cuja intenção era a de catequizar os gentios, denominados de Literatura Jesuítica.
 A produção literária no Brasil, no século XVI, portanto, era restrita às literaturas de viagens e jesuíticas de caráter religioso.
A obra literária jesuítica, relacionada às atividades catequéticas e pedagógicas, raramente assumiam um caráter apenas artístico. O nome mais destacado é o do padre José de Anchieta.
Esse período também é conhecido como Quinhentismo, nome ligado a um referencial cronológico — as manifestações literárias no Brasil tiveram início em 1500, época da colonização portuguesa — e não a um referencial estético.
As produções literárias deste período constituem um painel da vida dos anos iniciais do Brasil colônia, retratando os primeiros contatos entre os europeus e a realidade da nova terra.
As produções literárias neste período, portanto, não se prendem à literatura portuguesa nem aos valores da cultura greco-latina.



O primeiro documento histórico sobre nossa terra foi a “Carta de Achamento do Brasil”, escrita por Pero Vaz de Caminha ao Rei de Portugal, D. Manuel, onde retrata o primeiro contato dos portugueses com os índios, que desconheciam hierarquia ou categoria social lusitanas, por isso, quando subiram ao navio português, ignoraram o capitão, que se posicionou perante eles como o líder português. 
A comunicação entre os dois grupos não ocorreu sem problemas, pois uns não falavam a língua dos outros. Comunicavam-se por meio de sinais, e os portugueses, mostrando objetos e animais aos índios, o que despertou muito interesse a estes. Um deles pegou umas contas de rosário e “folgou muito com elas”, o que significa que se divertiu muito com elas.
Pero Vaz de Caminha contou que os índios andavam nus sem o menor constrangimento, inclusive deitando-se no chão sem se preocuparem em esconder suas vergonhas.

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