sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Literatura Jesuítica - Séc. XVI

Os jesuítas, membros da Companhia de Jesus, ordem religiosa fundada por Inácio de Loyola em 1534, vieram para a América com o intuito de catequizar – instruir em matéria religiosa – os gentios que aqui viviam e também os colonos que para cá vinham. Gentio é o nome dado pelos cristãos àqueles que professavam o paganismo, ou seja, aqueles que não haviam sido batizados.
Como os portugueses eram extremamente religiosos, julgavam que os que não haviam sido batizados viviam em pecado, por isso precisavam do batismo para salvar sua alma, já que este sacramento da Igreja Católica significa um renascer espiritual, com a purificação de todas as culpas e pecados.
Esses homens eram bastante instruídos e cultos; estudavam filosofia, teologia e magistério, dentre outras disciplinas e ciências. Com isso, seu trabalho não se limitava a “ensinar religião” a índios e colonos. Produziam uma literatura diferente da dos viajantes, que só descreviam a terra e o homem brasileiros: escreviam poesias e teatro religiosos e pedagógicos, com o objetivo não tão somente artístico, mas de conversão dos gentios e de catequese dos colonos e seus filhos.
O mais importante dos jesuítas que aqui aportaram, sem dúvida alguma, foi José de Anchieta, cognominado de Apóstolo do Brasil, o fundador da cidade de São Paulo, poeta, gramático, teatrólogo e historiador. Produziu sua vasta obra em quatro idiomas: português, castelhano, latim e tupi.
Além de Anchieta, deve-se destacar também o Padre Manuel da Nóbrega, que escreveu cartas de grande valor literário e histórico.

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